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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Viva a privatização dos CTT!



Quando Os CTT eram públicos, se  o carteiro trazia uma encomenda registada, tocava à campainha para saber se estava alguém em casa antes de deixar um postalzinho a avisar que devia passar pelo posto do correio para a levantar. 

Agora, o carteiro não perde tempo com essa minudência. Deixa o postalzinho e eu que vá ao posto levantar.


Quando os CTT eram públicos ia ao posto dos CTT da minha área de residência, tirava uma senha e esperava a minha vez num lugar sentado e protegido. 

Agora, que os CTT foram privatizados, as pessoas chegam ao posto e, se lá estiverem mais de 3 pessoas têm de esperar em pé, na rua, à chuva ou à torreira do sol. 
Sem senhas, numa base"first to come, first to go" que alguns chicos espertos aproveitam para boicotar.


Quando os CTT eram públicos, o posto da minha área de residência tratava de assuntos postais, vendia produtos financeiros de poupança, livros e a lotaria.


Agora, que integra esse maravilhoso mundo da iniciativa privada, o posto dos CTT da minha área de residência parece a loja do "Tem Tudo". 

Chamam-lhe posto multifunções, ou multisserviços, os funcionários que  estão no front desk parecem extraterrestres acabados de aterrar num planeta onde tudo lhes é estranho. 

Até a simples tarefa de verificar um documento, ou fazer um simples registo, é algo de sobrenatural que torna uma ida àquele serviço público explorado por privados, uma aventura irrepetível.


Só uma coisa não mudou substancialmente, excepto num pequeno pormenor. 

Quando eram públicos, os CTT  davam lucro. Agora, que são privados, dão ainda mais lucro. Quando eram públicos, os lucros revertiam ( supostamente) para os contribuintes. 

Agora, que são privados, os lucros são distribuídos pelos acionistas e pelas chefias mais eficientes ( leia-se: aquelas que conseguem despedir mais pessoal). 

É apenas um pequeno pormenor, mas faz toda a diferença!


cronicasdorochedo.blogspot.pt

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