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quinta-feira, 28 de abril de 2016

VÍDEOS E FOTOGALERIA - Conheça o Myanmar, o país dos Templos Budistas



Nesse post você não só conhecerá esses templos como também poderá imergir mais na cultura desse país tão misterioso, intrigante e incrível. Conheça o Myanmar, o país dos templos budistas.

Conhecendo o Myanmar:

O Myanmar é um país do sul da Ásia continental limitado ao norte e nordeste pela China, a leste pelo Laos, a sudeste pela Tailândia, ao sul pelo Mar de Andamão e pelo Canal do Coco, a oeste pelo Golfo de Bengala e a noroeste pelo Bangladesh e pela Índia. Em 2006, a capital do país foi transferida de Rangoon para Nepiedó.


O Myanmar, ou antiga Birmânia [ou ainda Burma, em Inglês], é um destino tão polêmico quanto belo. Os diversos povos que o formam sempre tiveram conflitos com seus vizinhos indianos, chineses e tailandeses, até serem dominados pelos britânicos, em um período de colonização que foi do século 19 até o fim da 2ª Guerra Mundial. Os birmaneses tiveram sua independência dos britânicos somente em 1948 e ainda estão se abrindo para o turismo.

Fragmentado pela gangorra política, hoje quem dá as cartas é uma junta militar. Como resultado de um embargo internacional, o país mergulhou no isolamento, com uma economia claudicante. A infraestrutura em geral é precária, com hotéis, transportes e restaurantes ora sem produtos básicos, ora sofrendo com apagões ou falta de manutenção.

Entretanto, a recompensa pra quem deseja conhecer o país são muitas. Visitar o Myanmar é fazer uma imersão numa Ásia mais genuína e com pouca influência ocidental. Lá, os monges são vistos a todo tempo, homens e mulheres usam Longyi [uma vestimenta típica], mulheres e crianças pintam o rosto com tanaka para se proteger do sol.
Vestimenta típica das mulheres do país.
Criança usando Tanaka no rosto para se proteger do sol.
A moeda do Myanmar é o Kyat e língua oficial do país é o Birmanês, que é abugida [em outras palavras, não utiliza o alfabeto, mas sim um sistema de representação diferente para os fonemas]. Pouca gente fala, de verdade, o inglês. Mas quem trabalha com o turismo normalmente tem um vocabulário em inglês de palavras fundamentais, então é possível comprar comida, se locomover etc usando palavras-chave e gestos. Mas conversar mesmo em inglês é mais raro. E o sotaque deles é bem difícil de se compreender.

Nota de 100 Kyats do Myanmar.
Como chegar?

 É através de Cingapura ou Tailândia, pelo aeroporto internacional de Yangon. Por terra, há postos fronteiriços com Tailândia e China, os mais utilizados, mas este meio é tão complexo e burocraticamente arriscado que é pouco recomendado. Entre os entraves existentes é que, caso você entre por uma determinada cidade fronteiriça, com o visto emitido localmente, você obrigatoriamente deve sair do país pelo mesmo local.

Como circular?


Boa parte das ferrovias e estradas estão em estado precário de conservação, o que faz de viagens fluviais e aéreas as mais convenientes para o turista. Note que boa parte do país encontra-se fechado ao estrangeiros, limitando os turistas aos destinos realmente mais populares, como YangonBaganInle Mandalay.

Companhias aéreas como Air Bagan, Myanmar Airways International e Mandalay Air operam com conforto limitado em aviões. Algumas companhias, principalmente as governamentais, possuem um histórico de segurança bem ruim. As privadas são mais caras, mas normalmente cumprem bem os horários. No entanto, confirme e reconfirme as partidas com antecedência para evitar surpresas.

E sem mais delongas, vamos conhecer o país:






TURISMO

Realizar turismo no Myanmar significa ir para um reino encantado ainda pouco conhecido, numa terra que acaba de se abrir para o mundo. A pouco, ainda em 2011 que os movimentos pró-democracia derrubaram o boicote ao turismo de estrangeiros da antiga Burma, rebatizada como Myanmar.

Essa terra sem igual que ainda está em processo de transição da ditadura. O Myanmar esconde paisagens raras, templos budistas e pessoas de tamanha doçura que todo o viajante que desbrava o lugar se apaixona e regressa com aquela sensação boa de ter chegado a um recanto especial onde pouca gente pisou.

Conheça um pouco das belezas do país através 

do vídeo abaixo:


Yangon

Um dos melhores lugares para se visitar é Yangon, a maior cidade de Myanmar. Os amantes da natureza irão apreciar lagos deslumbrantes da cidade, parques obscuros e árvores tropicais verdejantes. No entanto, o maior atrativo por aqui é o Shwedagon Pagoda, um templo budista reluzente que pode ser visto de diversos pontos da cidade.

Cidade de Yangon, com vista para o templo Shwedagon Pagoda ao fundo.
Shwedagon Pagoda é o segundo maior templo budista do mundo. Segundo textos monásticos, sua cúpula central, que chega a 50 metros de altura, foi construído durante a vida de Buda, fato este, sendo contestado por arqueólogos que dizem ter sido construído entre o século VI e X pelos Mons.


Este lugar foi o primeiro centro religioso da Birmânia, e segundo a lenda, contém as relíquias de quatro antigos budas, com oito cabelos do Siddhartha Gautama.

Siddhartha Gautama
Localizado a 2 km do centro de Yangon, o pagode é baseado em uma plataforma pavimentada com mármore de 5,6 mil hectares, no cume da colina Singuttara, 51 metros acima da cidade. Ele domina o horizonte. É alcançado por escadas e elevadores situados nos quatro pontos cardeais. Dois Chinthes [leões míticos] monumentais guardam a entrada Sul; foram oferecido pelo rei Tharrawaddy Min durante a sua visita em 1841.




A construção principal atinge 98 metros de altura e sua base é feita de tijolos cobertos com milhares de placas de ouro[isso mesmo, ouro!]. É cercada por uma floresta de pagodes 64 pequenos "pagodões", que formam um pequeno recinto, com 4 grandes templos localizados nos pontos cardiais.

Na flecha encontra-se  uma espécie de coroa, chamado "hti" em birmanês, onde estão penduradas as 1.065 sinetas de ouro e 420 de prata, e um catavento ornamentado com pedras preciosas. Ele termina com o "seinbu", uma pequena esfera de ouro incrustado com milhares de diamantes, incluindo uma esmeralda de 76 quilates.

Lago Inle


O Lago Inle é um lugar rodeado por montanhas verdes e mais de 200 aldeias e povos flutuantes e esconde tudo o que um viajante busca: desde rotas para caminhadas, passeios de barca, rotas de bicicleta e inclusive para vinhedos.




O Lago Inle surpreende por suas belezas. É inesperado, lindo, sereno e incomum. Tem um dinamismo que não impede sua incrível tranquilidade. É enorme, são 500 quilômetros quadrados, onde num labirinto de canais laterais vivem 70 mil pessoas de diferentes etnias. Moram em casas sobre palafitas, com jardins, hortas e plantações suspensas. Trafegam sobre canoas e barcos, criam animais e vivem na mais perfeita ordem e sintonia com a natureza e suas comunidades.

As rotas que os barqueiros fazem percorrem diferentes mercados flutuantes e povoados de pescadores. Normalmente eles sabem onde pescar e quais são os melhores lugares para lhe dar uma boa recordação e uma boa foto. Também é possível comprar comida nos mercados e comer em qualquer um dos restaurantes flutuantes que estejam na rota, basta pedir ao barqueiro.




Para ver melhor as belezas desse lugar surpreendente, na cidade de Nyaungshwe, em que há até as famosas 
mulheres-girafa, veja o vídeo abaixo:


Mandalay

Pôr do sol em Mandalay.
Mandalay é a segunda maior cidade do país e foi a última capital do Império Birmanês. É a outra porta de entrada e saída de turistas, com voos internacionais, além de destino de cruzeiros e fica às margens do Rio Irrawaddy.



Apesar da aura de mistério e sedução que o nome exala, é uma cidade feia e caótica, com muitas ruas ainda de terra, esgotos a céu aberto aqui e ali, um emaranhado de construções empilhadas e de fachadas gastas. Mas apesar desses problemas, ainda assim tem suas surpresas!
A maioria, entretanto, se concentra em seus arredores, em cidades que um dia já foram a capital do país ou importantes postos da realeza e que guardam, cada uma à sua maneira, resquícios dos templos de glória do Myanmar. Vamos conhecê-las!?

Buda dourado de Mahamuni Paya



É uma atração proibida para as mulheres. Os homens podem subir no buda, tocá-lo e também colar folhas de ouro na estátua. A estátua possui 4 metros de altura, é absolutamente impressionante e milhares de peregrinos vão todos os dias até ali, vindo de todo o país. Essa é a figura de buda mais venerada do Myanmar. É interessante perceber como ela está desfigurada – depois de décadas e décadas de folhas de ouro sendo acrescentadas na imagem, ela está muito mais “gordinha”.

Percorrer a maior ponte de madeira do mundo


Amarapura está a apenas 11 km de distância de Mandalay e foi uma das últimas capitais reais do Myanmar, atualmente sua maior atração é uma ponte de pedestres erguida em 1.849 apenas com tábuas de madeira, totalizando 1,2 km de extensão, o que faz dela a maior ponte de madeira do mundo.

Tão bonito quanto o cenário bucólico desenhado pelo Lago Taunthaman é o vai-e-vem em cima da ponte, por onde peregrinam centenas de monges e comerciantes todos os dias, especialmente ao nascer e ao pôr do sol.

Ir de charrete até Inwa


Maha Aungmye Bonzan
Inwa foi capital por mais de 400 anos, e as suas belas ruínas contam boa parte dessa história. Para chegar até lá, é preciso atravessar um canal a bordo de um pequeno ferry e, uma vez lá, a melhor maneira de circular é se render ao ritmo lento das charretes – o que acaba deixando tudo com mais graça. Entre as principais atrações estão o mosteiro de Maha Aungmye Bonzan [na foto acima] e o monastério de Bagaya Kyaung [na foto abaixo], todo de madeira, e , ambos do século 19.

Templo Bagaya Kyaung visto por fora.
Templo Bagaya Kyaung visto por dentro.
Pegar um barco e conhecer o Mingun Paya 


Para conhecer o Mingun Paya, um antigo monastério inacabado do Século 18, que teria sido o maior do mundo se tivesse sido concluído, é necessário pegar um Ferry e realizar um passeio de cerca de uma hora.

O barco sobe lentamente o mítico Rio Ayeyarwady até ancorar numa prainha de areia íngreme cheia de carros de boi, o Mingun Paya é a atração oficial da vila, junto com o segundo maior sino do planeta. Recordes de lado, é no dia a dia a maior alegria de Mingun, com dezenas de monges tomando banho no rio e crianças brincando nas ruas de terra.




Sagaing Hill


Do outro lado do Rio Ayeyarwady existe Sagaing, um pequeno povoado montanhoso com centena de monastérios e conventos. Avistá-los individualmente não é particularmente interessante. Mas se você subir todas os mais de 380 degraus de escadas até Saigang Hill terá uma vista deslumbrante desse conjunto de templos.

Bagan

A maior atração turística do Myanmar e um dos sítios arqueológicos mais ricos de todo o continente asiático, Bagan é uma cidade basicamente rural com quase nenhum toque de urbanização. No passado a Birmânia foi uma nação poderosa, comandada por um sábio rei que começou a construir milhares de templos e conquistar pela alma cada representante do seu povo.


Em planícies douradas emolduradas por florestas e rios, foram surgindo construções espetaculares, que transcendiam do plano material para o espiritual.  Mais de 3 mil estupas foram erguidas, das quais 2.217 permanecem de pé, como prova do legado soberbo da população que ali vivera.


Em Bagan não espere encontrar templos grandiosos e ricos, todas as construções são bem rústicas, quase sem cores e pedras preciosas como ouro. Aqui o que realmente impressiona é a quantidade e tudo isso misturado entre as vilas. A visão do horizonte cheio de templos é linda.



E o que mais impressiona, é que você pode ver tudo de cima, aproveitando um passeio em imensos balões que sobrevoam a neblina da manhã.



Veja esse último vídeo e conheça Bagan do 
alto, num voo de balão:


Outras regiões:

Além dessas regiões, cuja maioria possui destinos de bate-volta próximos, outras que atraem mais turistas são Hsipaw, para quem busca fazer hiking e conhecer mais as tribos das montanhas, Ngapali, para curtir o litoral e o Monte Kyaiktiyo, onde está uma pedra sagrada para os birmaneses.

Algumas áreas do país têm a visitação restrita, especialmente áreas de fronteira e nos estados Kayah, Chin e o Kachin.

Hipsaw
Ngapali Beach
Monte Kyaiktiyo




Longhi.
E para terminar, veja uma coletânea de imagens bem interessantes de diversos lugares desse país surpreendente:














Fontes Pesquisadas:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Myanmar
http://viajeaqui.abril.com.br/paises/mianmar
http://emdep.vn/di/5-trai-nghiem-bien-ban-thanh-nguoi-myanmar-trong-tich-tac-2015060816350052.htm
http://photography.nationalgeographic.com/photography/photo-of-the-day/young-monk-old-bagan/
http://www.viajesim.com/2014/08/myanmar-na-pratica.html
http://www.terramundi.com.br/asia/mianmar
https://thehimalayantimes.com/myanmar/the-garden-city-of-the-east-yangon/https://descubraflordelotus.wordpress.com/2014/04/28/maiores-templos-budistas-do-mundo/https://pt.wikipedia.org/wiki/Pagode_Shwedagon 
http://www.viajaporlibre.com/blog/myanmar-un-lugar-magico-llamado-el-lago-inle/
http://interata.squarespace.com/jornal-de-viagens/2013/4/17/inle-lake-mianmar-a-serena-beleza-de-um-lago.html
http://www.oddcities.com/shwedagon-pagoda-yangon-myanmar/
http://www.viajesim.com/2014/08/myanmar-na-pratica.html
http://viajeaqui.abril.com.br/blog/viajar-bem-barato/myanmar-5-programas-imperdiveis-em-mandalay-e-arredores/
http://mochilaotrips.com/mandalay-vale-a-pena-conhecer/
http://www.ourglobaltrek.com/mandalay/
https://ricasrucksack.com/2013/09/13/visiting-mingun-pagoda/
http://trekdigest.blogspot.com.br/2014/12/9-beautiful-buddhas-in-bagan-myanmar.html
http://www.viajesim.com/2015/05/17-curiosidades-sobre-o-myanmar.html
http://blogs.estadao.com.br/aprendendo-no-mundo/monges-do-mianmar/
http://www.amazing-angkor.com/the-monks-burma/
http://blog.reallyrightstuff.com/bts-scottstulberg/
http://www.projeto101paises.com.br/2015/03/bagan-cidade-de-mais-de-2-mil-templos.html
http://www.viaggio-mondo.com/2011/10/bagan-cidade-dos-3-mil-templos.html
https://catracalivre.com.br/geral/viagem-acessivel/indicacao/bagan-a-incrivel-cidade-com-mais-de-2000-templos/

tudorocha.blogspot.pt

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