Milhares de taxistas manifestam-se, esta sexta-feira, em Lisboa, Porto e Faro. A marcha lenta, em Lisboa, vai ser abreviada, porque os taxistas vão ser recebidos pelo presidente da AR, Ferro Rodrigues.
Os taxistas em protesto contra a Uber, no Porto, já chegaram à Câmara Municipal, onde os representantes estão a ser recebidos pelo presidente da autarquia, Rui Moreira. Centenas de taxistas concentraram-se junto ao Castelo do Queijo ao início da manhã e fizeram-se à estrada cerca das 9.30 horas, com destino à baixa portuense.
Em Lisboa, os taxistas também foram recebidos pela Presidente da Câmara, Fernando Medina, cerca das 12.30 horas. Enquanto a delegação de representantes dos taxistas era recebida pelo autarca, na rua ouvia-se "Grândola Vila Morena", o hino nacional e muitas palmas.
Segundo a organização do protesto, estarão cerca de cinco mil taxistas em protesto na capital.
A marcha segue para o Parlamento, onde os representantes dos taxistas vão ser recebidos pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e pelos deputados da sexta comissão de Economia.
A confirmação da audição, revelada ao JN por dirigentes do setor, levou os taxistas a abreviar as paragens previstas para a marcha lenta, que depois de ter saído do aeroporto só volta a parar na Câmara de Lisboa, seguindo daí para a Assembleia da República.
Em Lisboa, os taxistas concentraram-se, na manhã desta sexta-feira, junto ao Campus da Justiça, em Lisboa, cerca das 7 horas da manhã, tendo saído para a estrada pouco após as 9 horas.
Os taxistas lisboetas chegaram ao aeroporto da Portela às 10.20 horas. Em marcha lenta, demoraram uma hora a percorrer os três quilómetros entre o Parque das Nações e a aerogare.
A chegada à Portela foi assinalada com um buzinão, entre palavras de ordem gritadas ao megafone. O slogan "Uber ilegal é roubo nacional" é omnipresente. Cerca de 300 táxis, que estavam no aeroporto, juntaram-se à manifestação, que tem como destino final a Assembleia da República.
A organização do protesto revelou algum descontentamento com a paragem longa no aeroporto. "Isto está a dar a ideia que estamos a fazer um bloqueio ao aeroporto, o que não é a nossa intenção de maneira nenhuma ", adiantou ao JN Vitor Cardinal, dirigente da ANTRAL .
"A intenção não é criar bloqueios à cidade", disse aquele responsável. "Não queremos ficar mal vistos", assegurou. Cerca das 10.30, junto à Rotunda do Relógio, uma coluna de mais algumas centenas de taxistas, proveniente da Segunda Circular, juntou-se à caravana, que segue agora para o centro da cidade.
Em Faro, cerca de 300 táxis vão concentrar-se no aeroporto de Faro. Apesar de a Uber estar pouco presente no Algarve, os taxistas protestam contra o transporte feito por carrinhas, muitas vezes de forma ilegal.
A Uber está a avisar, na sua plataforma, que devido ao protesto dos taxistas deverá haver menos carros disponíveis e um aumento substancial de pedidos do seu serviço.
O ambiente é de relativa tranquilidade, mas, a manifestação contra a Uber deverá paralisar o trânsito em toda a cidade.
Nas ruas de Lisboa está um efetivo policial equivalente ao mobilizado para um Benfica-Sporting. A PSP destacou "várias centenas de efetivos" par acompanhar este protesto, explicou ao JN o subcomissário Hugo Abreu, das Relações Públicas do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa.
Ainda antes das 9 horas, o PCP, representado pelo deputado Bruno Dias, juntou-se à concentração dos taxistas no Parque das Nações, num ato de solidariedade.
Nas conversas informais com alguns profissionais, o JN registou as queixas habituais contra a Uber, com todos a exigirem que o Governo faça cumprir a lei e corte o sinal da aplicação da Uber.
Com milhares de bandeiras e autocolantes com a inscrição "Uber ilegal é roubo nacional", a caravana preparava-se para arrancar cerca das 8.45 horas, quase uma hora depois da hora prevista.
http://www.jn.pt
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