Um sacerdote católico assegurou em entrevista ao jornal La Stampa, que Emanuela Orlandi, uma jovem de 15 anos, foi sequestrada por altos prelados do Vaticano para fazer-la partícipe das festas sexuais que se realizam na Santa Sede.
Gabriel Amorth, de 85 anos e chefe dos exorcistas do Vaticano, nomeado por João Paulo II, tomou parte nas investigações que levam a cabo para esclarecer o desaparecimento da jovem, ocorrido em 1983, logo que saíra do apartamento onde vivia, na Cidade do Vaticano.
Amorth se apresentou como o encarregado de recrutar, assistido por gendarmes do estado papal, à meninas jovens para reuniões clandestinas.
"A rede envolve pessoal diplomático de uma embaixada estrangeira na Santa Sede. Penso que Emanuella acabou sendo vítima deste círculo", declarou o sacerdote.
Em entrevista ao jornal italiano "La Stampa" e reproduzida pelo jornal britânico "Telegraph", Amorth diz que o Vaticano está por trás do desaparecimento. Segundo ele, Emanuela foi sequestrada para participar de festas sexuais e seu corpo teria sido desmembrado.
"Isso foi um crime de motivação sexual. Festas eram organizadas, com um policial do Vaticano atuando como o 'recrutador' das meninas", disse Amorth.
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O misterioso desaparecimento de Emanuela Orlandi
Emanuela Orlandi desapareceu no ano de 1983, e até hoje se desaparecimento não foi solucionado, o que levou muitas pessoas a criarem diversas teorias para o acontecimento. Abaixo poderemos conferir um pouco melhor essa história e algumas das teorias mais famosas.
Emanuela Orlandi (nascida em 14 de janeiro de 1968) foi uma jovem que desapareceu misteriosamente em 22 de junho de 1983. A vítima, filha de um cidadão do Vaticano, funcionário da Prefeitura da Casa Pontifícia, desapareceu em circunstâncias misteriosas com a idade de 15 anos.
Isso poderia parecer à primeira vista um desaparecimento "normal" de uma adolescente, mas logo se tornou um dos casos mais obscuros da história italiana que envolvem o Estado do Vaticano, o Estado Italiano, o Instituto para as Obras de Religião (IOR), a Banda della Magliana, o Banco Ambrosiano e os serviços secretos de vários países, pelo que ainda não foi totalmente resolvido.
Em junho de 2008, Sabrina Minardi, testemunha no julgamento contra a Banda della Magliana e ex-namorada do líder da gangue, Enrico De Pedis, afirmou que Emanuela Orlandi teria sido sequestrada, e em seguida, morta e jogada em um misturador de cimento em Torvaianica, pela organização criminosa de De Pedis. O criminoso, que possuía contatos com o arcebispo Paul Marcinkus através de Roberto Calvi (já que a Magliana injetava dinheiro no banco controlado pelo Vaticano) teria dito a ela que o sequestro foi uma ordem de Marcinkus, que queria enviar uma "mensagem para alguém acima deles". Segundo Sabrina, o pai da jovem Emanuela "terá visto documentos que não devia ter visto", sendo necessário mantê-lo calado. A publicação do depoimento Sabrina Minardi provocou protestos do Vaticano.
Em 14 de maio de 2012, a polícia italiana exumou o corpo do gangster De Pedis, depois de receber uma denúncia anônima de que um túmulo no Vaticano continha pistas sobre o paradeiro de Emanuela. O corpo de De Pedis estava realmente enterrado na Basílica de Santo Apolinário, juntamente com papas e cardeais, entretanto o corpo de Emanuela não foi encontrado. Segundo fontes, o cardeal Ugo Poletti, em “face a um montante tão conspícuo, deu sua benção” para o sepultamento do criminoso na Basílica.
Em maio de 2012, surge a versão do padre Gabriele Amorth, que afirmou que ela foi raptada por um membro da polícia do Vaticano para orgias sexuais, e então assassinada. Amorth diz que o incidente envolveu também os agentes de uma embaixada estrangeira não identificada. Outras fontes policiais afirmam que o sequestro foi feito por terroristas extremistas muçulmanos para exigir a libertação de Mehmet Ali Agca da prisão após ele ter atirado no Papa João Paulo II.
Fontes: Filosofia Imortal, Wikipédia e Uol
noitesinistra.blogspot.pt
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