Incapazes de convencer os portugueses das virtudes dos seus programas políticos os partidos da direita usam agora um único argumento eleitoral, rejeitam a participação em qualquer governo que envolva o PS, a condenação sumária começou por ser em relação a Sócrates, agora já é o PS, brevemente incluirá a próxima geração do PS. Ainda assim há subtilezas, Portas invoca a posições de Passos Coelho para ameaçar com a ingovernabilidade mas quando é directamente confrontado surgem dúvidas. Passos Coelho percebeu que estava a fazer chantagem e agora diz uma verdade de La Palice, se os portugueses não o escolherem não formará governo, termina a declaração com um sorriso cínico onde se percebe a sugestão "agora desenrasquem-se".
Depois de apostarem tudo na crise financeira forçando Portugal a negociar um pedido de apoio externo com um governo de gestão, os partidos da direita ameaçam agora com a bancarrota total criando uma situação de ingovernabilidade. A lógica é simples, ou os eleitores votam na direita mesmo que discordem dos seus projectos ou serão penalizados por uma crise política insolúvel e sofrerão consequências piores do que as que resultariam das medidas defendidas pela direita.
As sondagens davam uma queda contínua e desamparada do PSD, mas quando chegou ao empate técnico a direita deixou de discutir o IVA ou a TSU e até as Novas Oportunidades, agora o único tema em debate é a governabilidade, os jornalistas que acompanham os candidatos da direita deixaram de os questionar sobre o projecto de governo, agora questionam-nos até à exaustão. E as sondagens congelaram no empate técnico, o jornal Sol até descobriu que os hesitantes não hesitam em detestar Sócrates, poderão votar Portas ou Jerónimo de Sousa, mas no PS nem pensar. Não é difícil de adivinhar que enquanto Pedro Passos Coelho não recuperar as sondagens continuarão a prognosticar um empate técnico, o cenário que dá força à chantagem da ingovernabilidade.
A dúvida agora é saber se os portugueses estão dispostos a votar sobre chantagem ou se a rejeitam optando por votar no partido que apresenta o projecto com que mais se identificam. Certamente alguns ficarão na dúvida dando razão à estratégia da marketeira que o Relvas foi ao Brasil e que na viagem de avião foi-se informando sobre o que se pretendia dela entre umas marmeladas como secretário-geral do PSD (a crer no CM) e umas alcagoitas servidas pelas hospedeiras de bordo. Outros não só insistirão em votar em democracia e sentir-se-ão revoltados por se sentirem chantageados pela direita. A estratégia é perigosa para a direita e apenas revela que este é o único caminho que a direita encontrou para evitar a derrota.
A estratégia pode ser inteligente mas revela um grande desprezo pela liberdade de escolha que são o primeiro pressuposto de umas eleições democráticas. Revela também falta de consideração pelos eleitores, em vez de justificar as suas propostas e tentar convencer os eleitores das suas vantagens, a direita optou por criticar tudo o que foi feito e iniciar um exercício de exorcismo tentando forçar os eleitores que tencionem votar no PS de que estão possuídos por um diabo chamado Sócrates.
São estes senhores que estavam muito preocupados com a saúde da democracia e que durante muito tempo se queixaram da asfixia democra´tica.
Depois de apostarem tudo na crise financeira forçando Portugal a negociar um pedido de apoio externo com um governo de gestão, os partidos da direita ameaçam agora com a bancarrota total criando uma situação de ingovernabilidade. A lógica é simples, ou os eleitores votam na direita mesmo que discordem dos seus projectos ou serão penalizados por uma crise política insolúvel e sofrerão consequências piores do que as que resultariam das medidas defendidas pela direita.
As sondagens davam uma queda contínua e desamparada do PSD, mas quando chegou ao empate técnico a direita deixou de discutir o IVA ou a TSU e até as Novas Oportunidades, agora o único tema em debate é a governabilidade, os jornalistas que acompanham os candidatos da direita deixaram de os questionar sobre o projecto de governo, agora questionam-nos até à exaustão. E as sondagens congelaram no empate técnico, o jornal Sol até descobriu que os hesitantes não hesitam em detestar Sócrates, poderão votar Portas ou Jerónimo de Sousa, mas no PS nem pensar. Não é difícil de adivinhar que enquanto Pedro Passos Coelho não recuperar as sondagens continuarão a prognosticar um empate técnico, o cenário que dá força à chantagem da ingovernabilidade.
A dúvida agora é saber se os portugueses estão dispostos a votar sobre chantagem ou se a rejeitam optando por votar no partido que apresenta o projecto com que mais se identificam. Certamente alguns ficarão na dúvida dando razão à estratégia da marketeira que o Relvas foi ao Brasil e que na viagem de avião foi-se informando sobre o que se pretendia dela entre umas marmeladas como secretário-geral do PSD (a crer no CM) e umas alcagoitas servidas pelas hospedeiras de bordo. Outros não só insistirão em votar em democracia e sentir-se-ão revoltados por se sentirem chantageados pela direita. A estratégia é perigosa para a direita e apenas revela que este é o único caminho que a direita encontrou para evitar a derrota.
A estratégia pode ser inteligente mas revela um grande desprezo pela liberdade de escolha que são o primeiro pressuposto de umas eleições democráticas. Revela também falta de consideração pelos eleitores, em vez de justificar as suas propostas e tentar convencer os eleitores das suas vantagens, a direita optou por criticar tudo o que foi feito e iniciar um exercício de exorcismo tentando forçar os eleitores que tencionem votar no PS de que estão possuídos por um diabo chamado Sócrates.
São estes senhores que estavam muito preocupados com a saúde da democracia e que durante muito tempo se queixaram da asfixia democra´tica.
Publicada por Jumento
Sem comentários:
Enviar um comentário