1º Maio: três feridos em incidentes em Setúbal
por Agência Lusa , Publicado em 01 de Maio de 2011
Confrontos entre um grupo anarquista e forças de segurança no Largo da Fonte Nova, em Setúbal, resultaram em três feridos e várias pessoas identificadas pela PSP, disseram à Lusa fontes policiais e do Hospital São Bernardo. O grupo constituído por alguma dezenas de anarquistas, que trajavam de negro, seguiu de perto o tradicional desfile do 1.º de Maio da União de Sindicatos de Setúbal (USS), afeta à GGTP, que partiu da Praça de Quebedo em direção à avenida Luísa Todi, mas, segundo fonte sindical, não se registaram incidentes.
Segundo a mesma fonte, a partir de determinada altura os anarquistas acabaram por seguir outro percurso, em direção ao Largo da Fonte Nova.
Fonte policial adiantou que os incidentes terão começado quando as forças policiais chegaram ao local e foram recebidas com o arremesso de vários objetos, depois de terem sido alertadas por populares para o barulho e para alguns comportamentos menos próprios dos anarquistas.
“Os elementos da PSP tiveram de efetuar alguns disparos de shot-gun”, confirmou à Lusa um porta-voz da corporação, admitindo a possibilidade de haver alguns feridos ligeiros.
O Gabinete de Comunicação do Hospital São Bernardo confirmou à Lusa que deram entrada no serviço de urgência três pessoas que terão sofrido alguns ferimentos ligeiros, alegadamente nos incidentes que ocorreram na Fonte Nova, mas adiantou que já todos tiveram alta.
Contactado pela Lusa, um dos participantes no que classificou como uma "manifestação anti-capitalista" e que pediu o anonimato, disse que no final do protesto, "chegou um carro de patrulha da polícia que pediu para baixar [o som] da música que vinha da mala de um carro e pediu identificação a algumas pessoas que não se quiseram identificar".
Entretanto, prosseguiu, "chegou um carro da polícia de intervenção" ao Largo da Fonte Nova. "Tinham armas de balas de borracha e armas reais, gás pimenta e cassetetes", tendo a polícia e os manifestantes entrado em confrontos.
"Foi um cenário desmesurado para o que se estava a passar", concluiu.
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