Milhares de pessoas acompanharam a abertura
da Festa do Avante!, «num tempo em que se lança a ideia
de que já não se usa a mobilização e a participação política em iniciativas e comícios», lembrou Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral do PCP abriu esta tarde mais uma edição da Festa do «Avante!», chamando a atenção para que «num tempo em que ressurgem as vozes e os vaticínios do costume, num tempo em que se lança a ideia de que já não se usa a mobilização e a participação política em iniciativas e comícios, seja em campanha eleitoral, seja na vida quotidiana, eis que se juntam muitos mil para participar e saudar a abertura da quadragésima terceira edição da Festa do Avante!».
Perante uma vasta plateia de visitantes e militantes, construtores da Festa, na sua maioria jovens, Jerónimo de Sousa sublinhou que esta só é possível realizar-se com «milhares de horas de trabalho militante prestadas por homens, mulheres e jovens comprometidos na construção e realização do maior evento político e cultural num espaço de convívio fraterno e solidário, e onde os únicos privilegiados são as crianças».
Numa breve intervenção, o líder comunista teve oportunidade para falar da exigência que colocam, por um lado, «as forças que nunca se conformaram com a sua derrota em 2015» e que «não perdoam o seu afastamento do Governo, o adiamento dos planos para prosseguir o assalto aos direitos e rendimentos dos trabalhadores, dos reformados, dos pequenos e médios empresários, aos serviços públicos de saúde, de educação, dos transportes e da cultura», e, por outro, a «necessidade de dar mais força à CDU como garantia sólida e segura» para avançar.
Jerónimo de Sousa chamou ainda a atenção para a «versão revanchista da política de direita em 2015», que, não desistindo dos seus objectivos, mas sem condições para os recuperar de imediato, quer hoje duas coisas: «garantir a maioria absoluta do PS e ao mesmo tempo enfraquecer a CDU». Para tal, acrescentou, ensaia «novas e artificiosas bipolarizações, utilizando a mais ridícula e falsa argumentação para ocultar aquilo que é uma evidência, o voto na CDU conta, e conta bem, para impedir a maioria absoluta do PS».
No final da sua intervenção, o secretário-geral do PCP deu início a uma visita ao recinto da Festa, por onde já passeiam e convivem largos milhares de visitantes.
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