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Terão sido os Lusitanos o primeiro povo a habitar a região que hoje corresponde ao território de Portugal? Estudos indicam que os lusitanos não foram os primeiros, nem sequer os segundos. Descubra a fantástica história dos Estrímnios, esquecidos pelos livros de história, mas que povoaram o nosso país muito antes dos famosos Lusitanos aqui chegarem.
Os Estrímnios (em latim: Oestremni são dados como o primeiro povo nativo conhecido de Portugal. Oestremni significaria (povo do) extremo ocidente. Estendiam o seu território da Galiza (Noroeste de Espanha) até ao Algarve.
A primeira invasão documentada ocorreu muito antes do nascimento de Cristo, quando os Ofis ou Sefes e outras tribos entraram na Península Ibérica e colonizaram as terras férteis dos Estrímnios, perto dos rios Douro e Tejo.
Vindos de leste, chegaram os Sefes, guiados pela sua deusa-serpente, Ofiusa. Estes eram menos numerosos que os Estrímnios.
No entanto, os Estrímnios eram um povo de agricultores pacíficos e os Sefes, além de bons guerreiros, possuíam uma religião mais desenvolvida e quase exterminaram os Estrímnios, tendo sobrevivido apenas alguns povoados dispersos pelo território que antigamente dominavam.
Mais tarde chegaram à Hispânia os Galaicos e os Lusitanos, tendo encontrado vestígios da grande destruição causada pela guerra que os Sefes moveram contra os Estrímnios – povoados destruídos, campos de cultivo arrasados, sepulcros violados e reutilizados pelos Sefes – e povo de Ofiusa reagiu com violência à chegada destes novos povos ao território que tinha acabado de conquistar.
Referindo-se a uma época mais recente, Estrabão na sua “Geografia” dá-nos conta que os Lusitanos, o mais poderoso dos povos ibéricos, habitavam entre o Douro e o Tejo.
Este povo de hábitos rudes dormia no chão, alimentava-se de carne de bode e pão feito a partir de farinha de bolotas e praticava sacrifícios humanos durante os quais examinavam as vísceras das vítimas para predizer o futuro.
Apesar de as fronteiras da Lusitânia não coincidirem com as de Portugal de hoje, os povos que aqui habitaram são a base etnológica dos portugueses do centro e sul. Desde épocas remotas que esta faixa territorial foi ocupada pelo homem. Dos tempos pré-históricos restam vestígios como as grutas naturais e artificiais de Estoril, Cascais, Peniche, Palmela e Escoural.
Esta, descoberta acidentalmente por uma detonação de uma pedreira e estudada de imediato pelo dr. Farinha dos Santos, que encontrou intactos os restos de trogloditas que em remotas eras as ocuparam como refúgio, abrigo e jazida funerária; outras jazidas com restos de paleolítico e neolítico, são os conceiros do vale do Tejo e Sado, em Muge, da ribeira de Magos, dos arredores da Figueira.
Mas principalmente a cultura megalítica, com os dólmens ou antas, monumentos de falsas cúpulas de Alcalar no Algarve, que teve no nosso território um dos seus maiores focos de expansão, constitui um testemunho, que desde épocas longínquas este território foi um «habitat» privilegiado.
Supõe-se que o Périplo de um navegador marselhês, efectuado por volta de 520 a.C. que descreve a sua viagem marítima ao longo das costas da península, tenha sido aproveitado por Rufo Festo Avieno, escritor do século IV para compor a Ode Marítima.
No seu poema, Avieno refere-se aos Estrímnios, que podem ser considerados o mais antigo povo identificado neste território, procedente do Norte de África. O poema ainda refere que as regiões da costa cantábrica eram habitadas pelos Dráganas, e a sul, na actual região do Algarve, os Cinetes ou Cónios.
Muitos dos povos antigos que entraram na Península Ibérica deixaram no território da Lusitânia vestígios bem marcados dos contactos comerciais e de influência cultural, nomeadamente, e perfeitamente acentuados e reveladores de uma assimilação mais profunda, são os vestígios da ocupação romana e também os das invasões dos visigodos e dos árabes.
Alguns historiadores antigos referem-se ao ouro da Lusitânia, riqueza que como a prata é hoje testemunhada pela frequência dos achados em Portugal, de numerosas jóias típicas fabricadas com esses metais — colares, braceletes, pulseiras, arrecadas, etc.
O cobre, em abundância, extraía-se das minas do Sul. O chumbo encontrava-se, segundo Plínio, na cidade lusitana de Medubriga Plumbaria, que da abundância local daquele minério teria recebido o nome.
Os Estrímnios (em latim: Oestremni são dados como o primeiro povo nativo conhecido de Portugal. Oestremni significaria (povo do) extremo ocidente. Estendiam o seu território da Galiza (Noroeste de Espanha) até ao Algarve.
A primeira invasão documentada ocorreu muito antes do nascimento de Cristo, quando os Ofis ou Sefes e outras tribos entraram na Península Ibérica e colonizaram as terras férteis dos Estrímnios, perto dos rios Douro e Tejo.
Vindos de leste, chegaram os Sefes, guiados pela sua deusa-serpente, Ofiusa. Estes eram menos numerosos que os Estrímnios.
No entanto, os Estrímnios eram um povo de agricultores pacíficos e os Sefes, além de bons guerreiros, possuíam uma religião mais desenvolvida e quase exterminaram os Estrímnios, tendo sobrevivido apenas alguns povoados dispersos pelo território que antigamente dominavam.
Mais tarde chegaram à Hispânia os Galaicos e os Lusitanos, tendo encontrado vestígios da grande destruição causada pela guerra que os Sefes moveram contra os Estrímnios – povoados destruídos, campos de cultivo arrasados, sepulcros violados e reutilizados pelos Sefes – e povo de Ofiusa reagiu com violência à chegada destes novos povos ao território que tinha acabado de conquistar.
Referindo-se a uma época mais recente, Estrabão na sua “Geografia” dá-nos conta que os Lusitanos, o mais poderoso dos povos ibéricos, habitavam entre o Douro e o Tejo.
Este povo de hábitos rudes dormia no chão, alimentava-se de carne de bode e pão feito a partir de farinha de bolotas e praticava sacrifícios humanos durante os quais examinavam as vísceras das vítimas para predizer o futuro.
Apesar de as fronteiras da Lusitânia não coincidirem com as de Portugal de hoje, os povos que aqui habitaram são a base etnológica dos portugueses do centro e sul. Desde épocas remotas que esta faixa territorial foi ocupada pelo homem. Dos tempos pré-históricos restam vestígios como as grutas naturais e artificiais de Estoril, Cascais, Peniche, Palmela e Escoural.
Esta, descoberta acidentalmente por uma detonação de uma pedreira e estudada de imediato pelo dr. Farinha dos Santos, que encontrou intactos os restos de trogloditas que em remotas eras as ocuparam como refúgio, abrigo e jazida funerária; outras jazidas com restos de paleolítico e neolítico, são os conceiros do vale do Tejo e Sado, em Muge, da ribeira de Magos, dos arredores da Figueira.
Mas principalmente a cultura megalítica, com os dólmens ou antas, monumentos de falsas cúpulas de Alcalar no Algarve, que teve no nosso território um dos seus maiores focos de expansão, constitui um testemunho, que desde épocas longínquas este território foi um «habitat» privilegiado.
Supõe-se que o Périplo de um navegador marselhês, efectuado por volta de 520 a.C. que descreve a sua viagem marítima ao longo das costas da península, tenha sido aproveitado por Rufo Festo Avieno, escritor do século IV para compor a Ode Marítima.
No seu poema, Avieno refere-se aos Estrímnios, que podem ser considerados o mais antigo povo identificado neste território, procedente do Norte de África. O poema ainda refere que as regiões da costa cantábrica eram habitadas pelos Dráganas, e a sul, na actual região do Algarve, os Cinetes ou Cónios.
Muitos dos povos antigos que entraram na Península Ibérica deixaram no território da Lusitânia vestígios bem marcados dos contactos comerciais e de influência cultural, nomeadamente, e perfeitamente acentuados e reveladores de uma assimilação mais profunda, são os vestígios da ocupação romana e também os das invasões dos visigodos e dos árabes.
Alguns historiadores antigos referem-se ao ouro da Lusitânia, riqueza que como a prata é hoje testemunhada pela frequência dos achados em Portugal, de numerosas jóias típicas fabricadas com esses metais — colares, braceletes, pulseiras, arrecadas, etc.
O cobre, em abundância, extraía-se das minas do Sul. O chumbo encontrava-se, segundo Plínio, na cidade lusitana de Medubriga Plumbaria, que da abundância local daquele minério teria recebido o nome.
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