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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Em editorial do «Público» Uma torpe calúnia de Manuel Carvalho



O director do «Público» escreve hoje o seguinte a propósito do voto ontem aprovado na AR: «O PCP não desaprendeu a velha arte de apagar os personagens ou temas incómodos da fotografia e ontem teve o condão de envolver na sua tradição os parceiros da esquerda, o Bloco e o PS, para condenarem o denominado museu de Salazar

Sobre isto apenas três notas :

1. O PCP não só não pretende apagar nada nem ninguém porque, com as limitações decorrentes de já terem passado 49 anos sobre a morte do ditador e 45 sobre o fim da ditadura fascista, é o partido que mais persistentemente se esforça por manter viva a memória desse tempo sombrio e ignóbil e, mesmo agora, com a sua movimentação contra o Museu Salazar, os comunistas e outros democratas o que mais tem feito é  lembrar em vez de apagar.

2. O Manuel Carvalho que agora escreveu isto é o mesmo Manuel Carvalho que em  24 de Agosto escrevia que «O maior perigo dessa iniciativa está na condescendência bairrista com que o ditador vai ser tratado. Tudo o que o autarca (socialista!) de Santa Comba tem dito veladamente é que a terra tem o dever de homenagear os seus “grandes homens” ou os seus “estadistas”.  E ao fazê-lo nos espaços da infância de Salazar, no microcosmo rural e bafiento que vai da escola primária à capela ou ao cemitério, só nos resta uma expectativa sobre o que pode ser esse “centro interpretativo”: uma homenagem branqueadora e normalizadora de Salazar num ambiente dominado pelos valores tacanhos que sempre defendeu

3. Pelo próprio editorial de hoje se percebe que o que mudou para Manuel Carvalho desde 24 de Agosto foram as «garantias» dadas por  «historiadores insuspeitos». Ora Manuel Carvalho parece desconhecer que mesmo entre «historiadores insuspeitos» há muitas divergências na caracterização do salazarismo (una defendem que foi fascismo, outros que foi apenas um «regime autoritário»). E eu, por mim, custa-me a acreditar que a Câmara de Santa Comba Dão tenha gasto 150 mil euros na compra do espólio de Salazar para o deixar ficar a apodrecer num qualquer armazém municipal.

otempodascerejas2.blogspot.com


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