Na virada do século, locais de prostituição eram corriqueiros pelas ruas de Nova York. Na época, a profissão era considerada uma solução para casamentos em crise
Entre o fim do século 19 e início do 20, tudo o que um homem norte-americano deveria fazer era folhear um diário para escolher o seu melhor bordel. Um editorial da época, em New Orleans, dizia: “A extensão da prostituição não tem paralelo no mundo civilizado. Os homens raramente procuram disfarçar”.
Na época, considerava-se que a prostituição ajudava a manter casamentos unidos, uma vez que os homens podiam satisfazer seus desejos sexuais quando quisessem. Além disso, a prática não era considerada crime. Nas chamadas Casas Obscenas, trabalhavam mulheres de 13 a 50 anos (com uma média de 21), entre moças pobres que precisavam de dinheiro e donas de casa que fugiam da monotonia.
Em meados de 1850, a prostituição ganhou visibilidade. Bordéis se multiplicavam pelas ruas de Nova York, assim como boates, bares, casas de jogos e salões de dança. Um exemplo eram os bordéis Tenderloin (ou Filé Mignon), que ficavam bem no meio de alguns dos principais imóveis de Manhattan: a poucos metros da Broadway, do Metropolitan Opera house e do Carnegie Hall.
No entanto, reformadores protestantes tinham outro nome para a área: O Circo de Satanás. Thomas Talmage, ministro e reverendo presbiteriano, chegou a considerar Nova York como a moderna Gomorra, por permitir a existência de tanto pecado e sacrilégio.
Mulheres de luxo
Os anúncios de jornais promoviam as garotas como “companheiras cultas, agradáveis e sofisticadas”. Alguns estabelecimentos eram movimentados e enérgicos: em Haymarket, os homens literalmente dançavam com as prostitutas, como em uma casa de shows.
Em bordéis extravagantes dirigidos por madames franceses, como o Soubrette Row, todas as aCtividades eram permitidas – causando choque até mesmo nas profissionais de outras casas. Em 1890, Soubrette Row era conhecido em todo o país como o lugar ideal para prazeres indecentes.
Com o andamento do século 20, visões conservadoras transformaram os bordéis em locais ilícitos. Entre 1910 e 1915, liderado pela classe média protestante, o movimento de criminalização das Casas Obscenas tornou a prostituição uma prática ilegal em quase todos os estados dos EUA.
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