Louis Henri Loison, general francês, nasceu em 1771 e faleceu em Dezembro de 1816. Participou na primeira invasão francesa, sob o comando de Junot. Foi autor de numerosas pilhagens e de actos violentos, que lhe valeram a fama de homem cruel. Ficou conhecido como "o Maneta"
Em Setembro de 1791, torna-se sub-tenente de um batalhão de voluntários da região do Rio Mosa, do qual viria, mais tarde, a ser tenente.
Nomeado capitão duma brigada da legião do norte, foi promovido ao grau de ajudante de general em Maio de 1793, pela sua bravura. Serviu com as divisões do exército francês que actuaram na actual Bélgica, tendo sido responsável pela pilhagem da abadia de Orval.
A rapidez da sua ascensão foi o prémio de verdadeiros talentos militares e duma coragem que chegava a ser temerária. Dizia-se, na altura, que não tinha nem apego, nem humanidade, nem elevação de carácter. Os seus companheiros de armas diziam que nem sequer desejava a ser reconhecido.
Após a batalha de Austerlitz, o general Loison foi nomeado Grande-Águia da Ordem Nacional da Legião de Honra, pela bravura demonstrada naquela batalha.
No início de 1806, perdeu o braço esquerdo num acidente de caça, o que o impediu de liderar a sua Divisão nas campanhas desse ano e do ano seguinte. Participou no cerco de Colberg, na Prússia, ao comando de uma Divisão de reserva, tendo então sido nomeado Governador do novo Reino da Vestfália, que Napoleão criara para Jerónimo, o seu irmão mais novo.
Em 1807, fez a campanha de Portugal, sob o comando de Junot. Em 1809, comandou o exército reservista espanhol. Integrado no grande exército de 24 de Maio de 1812, foi designado para organizar uma divisão de 10 000 homens, em Königsberg, que deveria estar na primeira linha.
O então imperador Napoleão dirigiu sérias reprimendas ao general e ordenou que fosse preso, por não se encontrar à cabeça da sua divisão, ao chegar perto do inimigo, antes de Vilnius, argumentado que essa fora a causa da perda das tropas dessa mesma divisão.
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Foi retirado do activo compulsivamente a 15 de Novembro de 1815 e morreu nas suas terras de Chikel, perto de Liège, a 30 de Dezembro de 1816, aos 45 anos, após 20 anos de pilhagens sob a capa de General da revolução e do Império franceses.
O seu nome encontra-se inscrito no arco do triunfo, na secção virada para Oeste.
Durante a primeira invasão francesa, Loison tornou-se famoso em Portugal pela sua crueldade, torturando e matando numerosas pessoas. O general perdera um braço, num acidente de caça, tendo, por essa razão, ganho a alcunha de "o maneta".
Ficou no imaginário popular associado à expressão "mandar ou ir para o maneta", com o significado original de ir para a tortura ou para a morte. Na actualidade a expressão pode significar "dar cabo de alguém ou de alguma coisa", "destruir", "escangalhar-se", "estragar-se", "perder-se e não ter recuperação".
A fama de crueldade valeu-lhe serem-lhe dedicados diversos versos.
O povo dizia:
Entre os títeres generais
entrou um génio altivo
que ou era o Diabo vivo
ou tinha os mesmos sinais...
Aos alheios cabedais
lançava-se como seta,
namorava branca ou preta,
toda a idade lhe convinha.
Consigo três Emes tinha:
Manhoso, Mau e Maneta.
E dizia também:
Que generais é que devem
morrer ao som da trombeta?
Os três meninos da ordem:
Jinot, Laborde e Maneta.
O Jinot mai-lo Maneta
julgam Portugal já seu:
É do demo que os carregue
e também a quem lho deu.
Fontes: wikipédia
www.arqnet.pt/exercito/loison.html
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