Eis a comunicação social corporativa a dar gás a uma manif como nunca deu a nenhuma da CGTP-IN. Foram horas de tempo de antena para juntar meia dúzia de neo-nazis.
Toda a gente pôde ver as figuras do PNR passeando-se confiantemente entre os transeuntes. Mas a organização nega "ligações à extrema direita" e a revista Sábado coloca entre parêntises - sem que o entrevistado o tenha dito - (extrema esquerda). Afinal há que confundir, manipular e mistificar.
O que se está a passar em Portugal, Espanha, Itália e um pouco por todo o mundo ocidental, mais não é do que a transposição da metodologia CIA/Escola de Chicago, com tantos frutos usada na América latina.
Perante governos que se dizem sociais democratas, socialistas ou trabalhistas, a direita conservadora neoliberal, apoiada pelo dinheiro do grande capital, sabe que a social democracia já cumpriu o seu papel histórico: impedir o progresso da revolução social e a superação do capitalismo enquanto modo de produção dominante.
Com o fim da URSS, nenhuma barreira sobra, na perspectiva do grande capital, para que imponham o estado policia. Eis o capitalismo na sua fase imperialista em todo o seu esplendor.
Começam por agitar dizendo que "os políticos são todos iguais", criam sindicatos financiados pelos patrões para instabilizar a sociedade e retirar influencia aos movimentos sindicais de classe (vide a sindicalista bastonária dos enfermeiros), iniciam protestos de rua mais ou menos violentos.
Acenam com a corrupção, os escândalo e o roubo dos políticos. Perante a confusão, os governos (que ainda são assumidos como social democratas) têm de repelir a violência. Inicia-se a batalha comunicacional, com acusações de repressão... Acaba-se no populismo, culpam-se os comunistas e os socialistas, e elegem-se governos recionários como o de Macri (Argentina), Bolsonaro (Brasil), 5 estrelas na Itália, guerra na Venezuela, neonazis na Ucrânia... Foi assim nos anos 30 na Europa, nos anos 70 da América Latina e será assim uma e outra vez, até que, todos juntos, criemos algo de muito diferente.
Já a comunicação social corporativa da classe dominante, dá gás e fogo à peça. Ilude (confunde direita com esquerda, extrema direita com extrema esquerda, comunismo com fascismo), fazendo dos maus bons e dos bons maus. cria a confusão, aliena as massas. E no fim, ficam a mandar mais do que nunca.
A história ensina-nos muito e desde os anos 70 que o grande capital transnacional usa esta táctica... Só não a vê quem está distraída, alienado ou cego....
Deixo uma só questão: Conhecem algum regime fascista que tenha acabado com o capitalismo? Conhecem algum que não tenha oligarquizado o capital, concentrando a riqueza em meia dúzia de famílias?
Fica o desafio!
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