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A lista de convidados do jantar de Campos Ferreira, no restaurante Jockey, no centro hípico de Lisboa (um tradicional ponto de encontro dos críticos de Rio) juntava alguns dos que, desde 2002, foram dos seus mais próximos no Parlamento, e tinha nomes de peso.
A começar por dois ex-líderes do PSD: Pedro Passos Coelho e Luís Marques Mendes - isto, recorde-se, na semana em que Mendes esteve debaixo de fogo por causa do seu comentário semanal na SIC. Luís Montenegro, pré-anunciado candidato à liderança e ex-líder parlamentar, também lá estava, assim como Hugo Soares, o líder de bancada que Rio afastou. Havia ainda outros dois ex-líderes parlamentares (e ministros de Passos): José Pedro Aguiar Branco e Luís Marques Guedes. Não faltaram igualmente três antigos secretários-gerais - Miguel Relvas, Marco António Costa e Matos Rosa, todos com fortes ligações ao passismo, e Pedro Pinto, líder da poderosa distrital de Lisboa.
A reunião de tanta gente crítica ou distante em relação a Rui Rio não impediu, por outro lado, que também se juntasse ao grupo o atual vice-presidente Manuel Castro Almeida (jantou na mesa de Rio, mas depois passou no jantar alternativo para o café).
No convívio, que juntou também empresários e outros amigos de Campos Ferreira, não se falou só de política mas a situação do PSD foi um dos temas em destaque. Um dos presentes disse qo Expresso que "Rio ficou com as orelhas a arder" - e não por boas razões.
E houve um caso muito comentado entre os convivas - o facto de, nos discursos de abertura do jantar do grupo parlamentar, nem o líder da bancada, Fernando Negrão, nem o presidente do partido, terem assinalado que aquele foi o dia de despedida de Luís Campos Ferreira (que foi apoiante de Rio nas diretas).
Eleito pela primeira vez em 2002, o deputado pelo círculo de Viana do Castelo apenas interrompeu a presença na Assembleia da República enquanto foi secretário de Estado da Cooperação, no Governo do Passos.
Fez na quarta-feira o seu discurso de despedida, assistiu às intervenções de Negrão e Rio no jantar do grupo parlamentar e depois seguiu para a sua festa, que mais parecia um jantar de conspiração anti-Rio.
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