A primeira vista, um recente vídeo do parque Shallotte River Swamp Park, localizado na Carolina do Norte, pode suscitar alarmes: no meio de uma lagoa congelada, só aparece o focinho dos jacarés. Os animais não se movem, permanecem com as mandíbulas fechadas, e qualquer visitante dessa reserva natural poderia facilmente pensar que estão mortos. Mas estas "máquinas de sobrevivência", segundo o apelido dos empregados do parque, não são abatidas pelas baixas temperaturas, por muito que pareçam petrificadas pelo gelo.
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Assim é sua peculiar técnica para sobreviver ao inverno. A temperatura corporal doas répteis, em geral, varia de acordo com a temperatura do ambiente. Por esse motivo são conhecidos como animais de sangue frio. A temperatura é responsável por ativar e manter as funções vitais do organismo: respiração, batimento cardíaco e metabolismo em geral. Eles diminuem sua atividade e entram em estado de brumação (dormência), um processo biológico que reduz seu metabolismo.
Podem permanecer submersos na água até 24 horas sem respirar, como também passar meses sem ingerir alimento algum. Mas, sendo animais precavidos, de maneira instintiva, se percebem a chegada do frio, colocam seus focinhos acima da lagoa para poder respirar quando a água congele. Quando retorna o calor e o gelo derrete, os jacarés se tornam ativos e se livram deste voluntário cativeiro auto-imposto.
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