Quando ouvimos sobre "pioneirismos históricos," a nossa tendência é pensar em coisas boas: o primeiro homem no espaço, o primeiro homem na Lua, o primeiro bebê de proveta e outras grandes conquistas da humanidade. Mas há um outro conjunto bem mais sombrio de estreias históricas: casos de morte, de loucura, tortura e assassinato que inspiraram tendências perturbadoras. Aqui estão dez delas.
10 – O primeiro atirador em uma escola
As pessoas tem levado tiros nas escolas desde que as armas de fogo foram inventadas. Mas na maioria dos casos, existe um alvo óbvio e uma causa óbvia, uma relação plausível entre vítima e atirador. Foi somente no século XX que se registrou o primeiro caso de um louco invadir uma escola, percorrer sala de aula por sala de aula, e, aleatoriamente, começar a atirar sobre as crianças.
Em 20 de junho de 1913, um desempregado de 29 anos de idade chamado Heinz Jacob Friedrich Ernst Schmidt entrou em uma escola em Bremen, na Alemanha, e matou quatro meninas. Uma quinta aluna morreu ao quebrar o pescoço enquanto tentava fugir. Todas tinham entre cinco e seis anos de idade. Vários adultos que tentaram parar Schmidt sofreram ferimentos graves, até que um cocheiro entrou no edifício com um tridente e conseguiu imobilizar o assassino. O verdadeiro motivo para o massacre nunca foi esclarecido. Quando foi levado para o hospício penal, Schmidt disse em meio às lágrimas: "Eu fui o primeiro, mas outros virão." A veracidade da frase pode ser contestada, mas quanto a profecia implícita, a história cuidou que se cumprisse.
9 – Os primeiros campos de concentração
Em 1896, a Espanha colonial tinha um problema. Guerrilhas armadas lutavam para arrancar Cuba do controle espanhol e entregá-lo ao povo cubano. Temendo a perda de sua ilha, a Espanha despachou para lá o general Valeriano Weyler. O raciocínio desse homem era que não sendo possível distinguir os cubanos comuns dos insurgentes, a solução era aprisionar toda a população em acampamentos batizados de "campos de reconcentração."
Mal conservados, sem abrigo e praticamente sem comida, os campos logo se transformaram em valas comuns. A fome assolava os presos. Doenças varriam acampamento por acampamento. Centenas de milhares de homens, mulheres e crianças morreram. Aqueles que se recusavam a ser internados foram executados na hora. Ao todo, estima-se que 400.000 civis tenham morrido no que é conhecido como o "Holocausto Cubano." Quando fotos desses acampamentos chegaram ao resto do mundo, provocaram uma reação pública contra a Espanha. Infelizmente, o horror desses campos reviveria através das décadas posteriores em lugares como Belsen, Gakovo, Chacabuco, Auschwitz e Guantánamo.
8 – O primeiro ataque aéreo
No início do século XX, o conceito de guerra aérea ainda era assunto de ficção científica, o famoso escritor britânico H.G Wells escreveu vários livros usando o tema como argumento. Porém, tudo mudaria na Líbia, em 01 de novembro de 1911. Naquele dia, o Tenente Cavotti, um aviador italiano, lançou quatro bombas de seu avião sobre posições turcas estacionadas em Trípoli.
As próximas semanas presenciaram uma campanha de "ataques aéreos" sobre toda a cidade. Bases árabes viram granadas cair sobre elas. Posições turcas foram golpeadas. Um hospital de campanha foi acidentalmente bombardeado, provocando a indignação internacional. Apenas 30 anos depois, na Segunda Guerra Mundial, o mesmo princípio seria usado para devastar Londres, Pearl Harbor e as principais cidades da Alemanha e do Japão.
7 – A primeira campanha terrorista moderna
As raízes do terrorismo podem ser rastreadas até ao século I a.C, mas foi somente na década de 1880 que um grupo de pessoas, em busca de vingança e por disputas políticas, decidiu atacar civis usando bombas. Nesse ano, a Irmandade da Republicana Irlandesa, respondeu ao que considerava ser crimes britânicos cometidos contra seu país, com uma campanha de terrorismo que tinha como alvo principal o metrô de Londres.
8 – O primeiro ataque aéreo
No início do século XX, o conceito de guerra aérea ainda era assunto de ficção científica, o famoso escritor britânico H.G Wells escreveu vários livros usando o tema como argumento. Porém, tudo mudaria na Líbia, em 01 de novembro de 1911. Naquele dia, o Tenente Cavotti, um aviador italiano, lançou quatro bombas de seu avião sobre posições turcas estacionadas em Trípoli.
As próximas semanas presenciaram uma campanha de "ataques aéreos" sobre toda a cidade. Bases árabes viram granadas cair sobre elas. Posições turcas foram golpeadas. Um hospital de campanha foi acidentalmente bombardeado, provocando a indignação internacional. Apenas 30 anos depois, na Segunda Guerra Mundial, o mesmo princípio seria usado para devastar Londres, Pearl Harbor e as principais cidades da Alemanha e do Japão.
7 – A primeira campanha terrorista moderna
As raízes do terrorismo podem ser rastreadas até ao século I a.C, mas foi somente na década de 1880 que um grupo de pessoas, em busca de vingança e por disputas políticas, decidiu atacar civis usando bombas. Nesse ano, a Irmandade da Republicana Irlandesa, respondeu ao que considerava ser crimes britânicos cometidos contra seu país, com uma campanha de terrorismo que tinha como alvo principal o metrô de Londres.
Em 30 de outubro de 1883, duas bombas explodiram na linha ferroviária metropolitana da cidade. Uma explodiu cedo demais e só danificou o túnel. A outra atingiu diretamente um carro que passava. Quatro pessoas ficaram gravemente feridas, mais de duas dezenas sofreram ferimentos leves. Era o início de uma campanha de terror que somaria mais de 80 vítimas. Além do metrô, marcos históricos e jornais também viraram alvo dos ataques.
Ironicamente, as únicas mortes que resultaram dessas explosões foram as dos próprios terroristas: em 13 de dezembro de 1884, três deles acidentalmente detonaram uma bomba que estava sendo armada na Ponte de Londres. Os três morreram na explosão.
6 – A primeira marcha da morte
Nós costumamos associar marchas da morte com a brutalidade alemã e japonesa na Segunda Guerra Mundial, porém, a primeira marcha da morte moderna foi conduzida por soldados americanos.
Ironicamente, as únicas mortes que resultaram dessas explosões foram as dos próprios terroristas: em 13 de dezembro de 1884, três deles acidentalmente detonaram uma bomba que estava sendo armada na Ponte de Londres. Os três morreram na explosão.
6 – A primeira marcha da morte
Nós costumamos associar marchas da morte com a brutalidade alemã e japonesa na Segunda Guerra Mundial, porém, a primeira marcha da morte moderna foi conduzida por soldados americanos.
O ano era 1838. O governo dos Estados Unidos vinha relocando tribos nativas americanas durante a maior parte da década. Muitas dessas remoções resultaram em suas próprias tragédias, no entanto, foram os cherokees, sob o olhar atento do general Scott, que seriam vitimas da primeira marcha da morte moderna.
Sempre sob a mira das armas dos soldados, os cherokees foram forçados a marchar cerca de 2000 quilômetros para um território escolhido para eles pelos brancos. O mau tempo, a fome e as doenças mataram milhares de pessoas no caminho. Estima-se hoje que 5.000 cherokees tenham morrido nesta marcha, assassinados por um governo inescrupuloso. Aqueles que sobreviveram, se viram distantes de casa, com poucos pertences e pouca esperança para o futuro. Essa política brutal, seria usada contra os americanos nativos vez após outra vez, pelas décadas seguintes.
5 – A primeira revolução moderna
A primeira revolução moderna pode ser rastreada à uma data específica: 1688, o ano da Revolução Gloriosa da Grã-Bretanha.
De acordo com o historiador Ted Vallance, esta revolução pode ser classificada como a primeira da era moderna, não apenas por causa da violência que a acompanhou, mas também por causa do choque cultural por trás dela. Vallance defende que todas as revoluções anteriores viram progressistas se chocando contra os tradicionalistas. A partir de 1688, o que passou a se ver foram dois grupos de progressistas se chocando um contra o outro, culminando em violência e na profunda transformação do Estado. Em outras palavras, era a primeira vez que dois grupos queriam mudar a sociedade de forma tão drástica, que era preciso eliminar o outro para fazê-lo.
4 – As primeiras armas biológicas
Em 1347, as forças mongóis cercavam a importante cidade portuária de Caffa, na Ucrânia moderna. À procura de novas maneiras para atacar os moradores sitiados, um general desconhecido ordenou a seus homens que colocassem corpos infectados com a peste negra nas catapultas e os jogassem para dentro da cidade. Este incidente, além de ser o primeiro registro de guerra bacteriológica da história, pode também, indiretamente, ter moldado o mundo moderno.
De acordo com a Enciclopédia Britânica, havia muitos comerciantes italianos em Caffa. Há uma boa chance de que eles rapidamente voltaram para casa quando viram a peste se espalhando pela cidade sitiada, o que resultou na doença chegar à Europa. Como sabemos, a praga então devastou o continente, matando cerca de 25 milhões de pessoas e mudando o curso da história.
3 – A primeira guerra química
Embora seja mais associada com a Primeira Guerra Mundial, a guerra química ainda parece ser uma aberração moderna: o tipo de coisa que os nossos antepassados teriam considerado como um horror além da compreensão. Por isso, pode ser uma surpresa descobrir que há evidências científicas dela ter sido utilizada já em 256 d.c.
Sempre sob a mira das armas dos soldados, os cherokees foram forçados a marchar cerca de 2000 quilômetros para um território escolhido para eles pelos brancos. O mau tempo, a fome e as doenças mataram milhares de pessoas no caminho. Estima-se hoje que 5.000 cherokees tenham morrido nesta marcha, assassinados por um governo inescrupuloso. Aqueles que sobreviveram, se viram distantes de casa, com poucos pertences e pouca esperança para o futuro. Essa política brutal, seria usada contra os americanos nativos vez após outra vez, pelas décadas seguintes.
5 – A primeira revolução moderna
A primeira revolução moderna pode ser rastreada à uma data específica: 1688, o ano da Revolução Gloriosa da Grã-Bretanha.
De acordo com o historiador Ted Vallance, esta revolução pode ser classificada como a primeira da era moderna, não apenas por causa da violência que a acompanhou, mas também por causa do choque cultural por trás dela. Vallance defende que todas as revoluções anteriores viram progressistas se chocando contra os tradicionalistas. A partir de 1688, o que passou a se ver foram dois grupos de progressistas se chocando um contra o outro, culminando em violência e na profunda transformação do Estado. Em outras palavras, era a primeira vez que dois grupos queriam mudar a sociedade de forma tão drástica, que era preciso eliminar o outro para fazê-lo.
4 – As primeiras armas biológicas
Em 1347, as forças mongóis cercavam a importante cidade portuária de Caffa, na Ucrânia moderna. À procura de novas maneiras para atacar os moradores sitiados, um general desconhecido ordenou a seus homens que colocassem corpos infectados com a peste negra nas catapultas e os jogassem para dentro da cidade. Este incidente, além de ser o primeiro registro de guerra bacteriológica da história, pode também, indiretamente, ter moldado o mundo moderno.
De acordo com a Enciclopédia Britânica, havia muitos comerciantes italianos em Caffa. Há uma boa chance de que eles rapidamente voltaram para casa quando viram a peste se espalhando pela cidade sitiada, o que resultou na doença chegar à Europa. Como sabemos, a praga então devastou o continente, matando cerca de 25 milhões de pessoas e mudando o curso da história.
3 – A primeira guerra química
Embora seja mais associada com a Primeira Guerra Mundial, a guerra química ainda parece ser uma aberração moderna: o tipo de coisa que os nossos antepassados teriam considerado como um horror além da compreensão. Por isso, pode ser uma surpresa descobrir que há evidências científicas dela ter sido utilizada já em 256 d.c.
Em 2009, arqueólogos descobriram restos de betume e cristais de enxofre em escavações em Dura-Europos, na Síria, no local exato onde vinte corpos de soldados romanos que morreram asfixiados foram descobertos em 1930, pintando um quadro terrível de alguma batalha esquecida.
Dura-Europos havia sido conquistada pelos romanos, que lá instalaram uma grande guarnição. Por volta de 256 d.C, a cidade foi submetida a um cerco feroz por um exército do novo e poderoso império persa sassânida.
A teoria é que os persas enfrentaram os invasores, queimando os cristais em túneis que levavam ao forte romano, para tanto, eles utilizaram foles para soprar o ar tóxico até os seus inimigos, o que causou inconsciência em segundos e morte em minutos. Se a história for verdadeira, seria o mais antigo relato de guerra química para o qual temos provas, ocorrido cerca de 1.800 anos antes depois da famosa Batalha em Ypres.
2 – O primeiro genocídio
Não foram apenas as armas químicas cuja estreia ocorreu durante a época romana. O genocídio é registrado primeira vez na história durante a Terceira Guerra Púnica (149-146 a.C).
Dura-Europos havia sido conquistada pelos romanos, que lá instalaram uma grande guarnição. Por volta de 256 d.C, a cidade foi submetida a um cerco feroz por um exército do novo e poderoso império persa sassânida.
A teoria é que os persas enfrentaram os invasores, queimando os cristais em túneis que levavam ao forte romano, para tanto, eles utilizaram foles para soprar o ar tóxico até os seus inimigos, o que causou inconsciência em segundos e morte em minutos. Se a história for verdadeira, seria o mais antigo relato de guerra química para o qual temos provas, ocorrido cerca de 1.800 anos antes depois da famosa Batalha em Ypres.
2 – O primeiro genocídio
Não foram apenas as armas químicas cuja estreia ocorreu durante a época romana. O genocídio é registrado primeira vez na história durante a Terceira Guerra Púnica (149-146 a.C).
Cansados de guerrear contra a cidade de Cartago, os romanos tomaram a decisão de destruí-la totalmente. E embora saibamos que o saque de cidades junto com o assassinato de seus habitantes não era incomum na época, raramente era tão feroz quanto ao que houve em Cartago. Os romanos não estavam interessados em simplesmente ganhar uma vantagem tática ou acabar com o poderio dos inimigos, eles odiavam tanto os cartagineses que desejavam aniquilá-los.
Para isso, eles cercaram a cidade, os moradores foram abatidos ou vendidos como escravos; depois, os romanos passaram a desmantelar Cartago tijolo por tijolo; em seguida, queimaram o que restou, até que sobrassem somente as cinzas. Há ainda especulações de que eles jogaram sal sobre a terra, para que nada crescesse por lá novamente, eles queriam ter certeza que seus odiados inimigos nunca pudessem voltar para casa.
1 – As primeiras câmaras de gás
Hoje nós associamos as câmaras de gás com os horrores do Holocausto. Mas os nazistas não foram os primeiros a usar esse método para exterminar os indesejáveis. Essa “honra” vai para as forças turcas e curdas durante o genocídio armênio.
Em 1915, o Estado otomano decidiu exterminar os armênios da face da Terra. Milhares de pessoas foram presas, executadas ou mandadas para marchas da morte no deserto, sob o sol escaldante; outras foram levadas para o deserto da Síria, onde se tornaram as primeiras vítimas de câmara de gás da história. Sob as ordens de seus captores, os civis armênios foram trancafiados em uma grande caverna, as forças turcas então bombearam fumaça para dentro dela, até que todos os prisioneiros tivessem morrido por asfixia. Estima-se que milhares de pessoas morreram dessa maneira.
Para isso, eles cercaram a cidade, os moradores foram abatidos ou vendidos como escravos; depois, os romanos passaram a desmantelar Cartago tijolo por tijolo; em seguida, queimaram o que restou, até que sobrassem somente as cinzas. Há ainda especulações de que eles jogaram sal sobre a terra, para que nada crescesse por lá novamente, eles queriam ter certeza que seus odiados inimigos nunca pudessem voltar para casa.
1 – As primeiras câmaras de gás
Hoje nós associamos as câmaras de gás com os horrores do Holocausto. Mas os nazistas não foram os primeiros a usar esse método para exterminar os indesejáveis. Essa “honra” vai para as forças turcas e curdas durante o genocídio armênio.
Em 1915, o Estado otomano decidiu exterminar os armênios da face da Terra. Milhares de pessoas foram presas, executadas ou mandadas para marchas da morte no deserto, sob o sol escaldante; outras foram levadas para o deserto da Síria, onde se tornaram as primeiras vítimas de câmara de gás da história. Sob as ordens de seus captores, os civis armênios foram trancafiados em uma grande caverna, as forças turcas então bombearam fumaça para dentro dela, até que todos os prisioneiros tivessem morrido por asfixia. Estima-se que milhares de pessoas morreram dessa maneira.
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