O Frenético, voraz e insaciável Musaranho
Uma criatura que vive nos limites, com uma fome insaciável e devora tudo em seu caminho.
Os musaranhos fazem parte da ordem da Soricomorpha, animais de pequeno porte e possuem hábitos insetívoros. Medem cerca de 10 cm [alguns ultrapassam 2,5 cm] e pesam cerca de 15 gramas. Se especializaram em vários habitats: uns habitam vegetações densas, outros são trepadores, alguns vivem debaixo da neve e outros ainda caçam na água.
Musaranho Elefante [Macroscelides proboscideus] |
Musaranho Fingui |
Para entender melhor sobre esse animal surpreendente, assista ao vídeo abaixo:
Ao nascer, pelado e de olhos fechados, o musaranho é menor que uma abelha e pesa pouco mais de dois gramas. Vive, em média, de um a dois anos. Quando é atacado por um inimigo, solta um odor igual ao dos gambás. Suas glândulas salivares contêm um veneno tão forte quanto o das serpentes. Suas principais presas são insetos como as baratas, larvas e também caramujos, mas conseguem enfrentar animais maiores e perigosos como escorpiões e cobras.
São invulgares entre os mamíferos pois são dos poucos a possuírem veneno e, tal como os morcegos e os cetáceos, algumas espécies usam ecolocalização. São também dos poucos a nascerem com dentes permanentes e a não terem osso zigomático.
O musaranho vive no Norte da África, Oeste da Ásia, Europa e América do Norte e como visto, é conhecido por seus hábitos estranhos e por ser totalmente exagerado em tudo o que faz.
Sua vida é alvo de cientistas que estudam a evolução das espécies, pois é o animal que mais se assemelha aos primeiros mamíferos verdadeiros descendentes dos répteis mamaliformes, como o Melanodon, que viveu na América do Norte há 160 milhões de anos. Por isso, é considerado o mais primitivo dos primatas atuais.
Melanodon |
VÍDEO
- Um musaranho é capaz de matar um ser humano?
Em humanos o veneno do musaranho causa inchaços no local atingido, e em poucos segundos causa sensações de queimadura, inchaço e dores agudas, queda da pressão sanguínea, diminuição do ritmo cardíaco e inibição respiratória. Uma mordida, porém, não é suficiente para matar uma pessoa. Essa substância tóxica geralmente não é utilizada como mecanismo de defesa, mas sim para ataque.
O fantástico e estranho Ornitorrinco
Conheça o ornitorrinco, esse animal silencioso, curioso e incrível, que parece mais ser uma mistura de ave, mamífero e réptil.
É um mamífero semiaquático natural da Austrália e Tasmânia. Juntamente com as equidnas, formam o grupo dos monotremados, os únicos mamíferos ovíparos [que botam ovos] existentes. A espécie é monotípica, ou seja, não tem subespécies ou variedades reconhecidas.
Possui hábitos noturnos e alimenta-se principalmente de insetos e invertebrados, tais como moluscos, crustáceos, vermes, insetos, pequenos peixes ou girinos. Ocasionalmente também come algumas plantas. Após capturar seu alimento debaixo da água [geralmente em riachos], o ornitorrinco armazena-o dentro de bolsas, tal como fazem por exemplo os hamsters. Assim que regressa a terra firme, mastiga e engole os alimentos. Uma vez que não possui dentes, o ornitorrinco usa as placas córneas das maxilas para conseguir mastigar.
É um animal ovíparo, cuja fêmea põe cerca de dois ovos, que incuba por aproximadamente dez dias num ninho especialmente construído. Os monotremados recém-eclodidos apresentam um dente similar ao das aves (um carúnculo), utilizado na abertura da casca. A fêmea não possui mamas, e o leite é diretamente lambido dos poros e sulcos abdominais. Os machos têm esporões venenosos nas patas, que são utilizados principalmente para defesa territorial e contra predadores. Possui uma cauda similar a de um castor.
Para saber mais sobre o ornitorrinco, assista ao documentário abaixo do Discovery Channel.
É um mamífero semiaquático natural da Austrália e Tasmânia. Juntamente com as equidnas, formam o grupo dos monotremados, os únicos mamíferos ovíparos [que botam ovos] existentes. A espécie é monotípica, ou seja, não tem subespécies ou variedades reconhecidas.
Possui hábitos noturnos e alimenta-se principalmente de insetos e invertebrados, tais como moluscos, crustáceos, vermes, insetos, pequenos peixes ou girinos. Ocasionalmente também come algumas plantas. Após capturar seu alimento debaixo da água [geralmente em riachos], o ornitorrinco armazena-o dentro de bolsas, tal como fazem por exemplo os hamsters. Assim que regressa a terra firme, mastiga e engole os alimentos. Uma vez que não possui dentes, o ornitorrinco usa as placas córneas das maxilas para conseguir mastigar.
É um animal ovíparo, cuja fêmea põe cerca de dois ovos, que incuba por aproximadamente dez dias num ninho especialmente construído. Os monotremados recém-eclodidos apresentam um dente similar ao das aves (um carúnculo), utilizado na abertura da casca. A fêmea não possui mamas, e o leite é diretamente lambido dos poros e sulcos abdominais. Os machos têm esporões venenosos nas patas, que são utilizados principalmente para defesa territorial e contra predadores. Possui uma cauda similar a de um castor.
Para saber mais sobre o ornitorrinco, assista ao documentário abaixo do Discovery Channel.
VÍDEO
O ornitorrinco é endêmico da Austrália, onde é encontrado no leste de Queensland e Nova Gales do Sul no leste, centro e sudoeste de Vitória, Tasmânia, e ilha King. Foi introduzido no extremo oeste da ilha Kangaroo, entre 1926 e 1949, onde ainda mantém uma população estável. A espécie está extinta na Austrália Meridional, onde era encontrada nas Colinas de Adelaide e na Cordilheira do Monte Lofty.
A espécie é dependente de rios, córregos, lagoas e lagos, podendo também ser encontrada em represas e diques para irrigação. A distribuição geográfica mostra considerável flexibilidade tanto na escolha do habitat quanto na adaptabilidade a uma variação de temperatura. O ornitorrinco é capaz de enfrentar tanto as altas temperaturas das florestas tropicais de Queensland, como áreas montanhosas cobertas por neve em Nova Gales do Sul. A distribuição atual desse animal mudou muito pouco desde a colonização da Austrália, e continua a ocupar grande parte de sua distribuição histórica.
Características:
O ornitorrinco possui cabeça arredondada e uma espécie de bico que se assemelha ao do pato. Seu corpo e sua cauda são cobertos por um pelo muito fino, embora denso para que o mantenha aquecido. A cauda é achatada, como a de um castor e entre seus dedos possui membranas adaptadas para nadar.
Os machos são ligeiramente maiores que as fêmeas, medindo cerca de 60 centímetros de comprimento e pesando até 2,5 kd. Um ornitorrinco vive em média cerca de 12 anos, podendo chegar aos 15.
É um excelente nadador e existem relatos de ornitorrincos que conseguiram ficar submersos até cerca de 10 minutos. Ao mergulhar seus olhos, ouvidos e narinas ficam protegidas por membranas de pele que os deixam cegos e surdos debaixo da água.
Para se guiar e localizar alimentos nesse estado o ornitorrinco se utiliza das terminações nervosas sensíveis contidas no seu bico, o chamado sentido de eletrorrecepção, ou seja, a capacidade de encontrar suas presas ao detectar os campos elétricos gerados pelas contrações musculares de suas presas [tal como fazem os tubarões]. Ele ainda consegue determinar a direção e a distância da prese sempre que esta desloca-se e faz isso com grande precisão.
Veneno:
Uma das peculiaridades do ornitorrinco é ser um mamífero venenoso, embora seja uma característica exclusiva dos machos e que só seja produzido durante a época do acasalamento. Os cientistas suspeitam ser uma arma de defesa de território de modo a afastar machos rivais.
Observe mais de perto onde fica o exporão:
Ainda não acredita que o veneno do ornitorrinco é possante e perigoso? Veja o relato abaixo, de pessoas que foram "picadas" por um ornitorrinco e esclareça suas dúvidas:
Reprodução:
Quando as crias dos ornitorrincos estão dentro de um ovo, tem um dente na ponta do bico chamado dente do ovo. Este destina-se a perfurar a casca do ovo. Pouco tempo depois do nascimento este dente cai.
A sua reprodução não ocorre até o ornitorrinco completar dois anos. Isto é, em parte, devido ao fato do macho ser incapaz de produzir o esperma até essa altura e de a fêmea não estar receptiva em todas as estações. Para que a reprodução possa ocorrer, os órgãos reprodutivos da fêmea e os do macho terão de aumentar de tamanho.
Alcançam o seu tamanho máximo entre Julho e Agosto, altura em que a cópula ocorre. Durante todo esse tempo o corpo da fêmea adapta-se de modo a produzir o leite para as suas crias, a partir de dois mamilos (glândulas sudoríparas modificadas) localizados no seu abdômen, cercados por pelo. Acredita-se que os jovens obtêm esse leite pressionando estas duas áreas que fazem com que o leite seja jorrado em direção às suas bocas.
Pouco se sabe acerca do ritual de acasalamento do ornitorrinco, mas as observações de animais em cativeiro, forneceram algumas pistas relativamente a este processo. Começará, então, com um processo natatório em que o macho e a fêmea se vão aproximando, para que no final se possa realizar o contato. Este comportamento é iniciado a maior parte das vezes pela fêmea.
Curiosidades interessantes:
- As características atípicas do ornitorrinco fizeram com que o primeiro espécime empalhado levado para a Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um embuste [isto é, algo falso, acreditavam naquela época que fizeram um empalhamento com vários animais diferentes que já existiam, e que isso era uma montagem].
- Atualmente é o ícone nacional da Austrália, aparecendo como mascote em competições e eventos e em uma das faces da moeda de vinte centavos de dólar australiano. É uma espécie pouco ameaçada de extinção.
Distribuição atual em vermelho, área em amarelo corresponde a introdução. |
Características:
O ornitorrinco possui cabeça arredondada e uma espécie de bico que se assemelha ao do pato. Seu corpo e sua cauda são cobertos por um pelo muito fino, embora denso para que o mantenha aquecido. A cauda é achatada, como a de um castor e entre seus dedos possui membranas adaptadas para nadar.
Os machos são ligeiramente maiores que as fêmeas, medindo cerca de 60 centímetros de comprimento e pesando até 2,5 kd. Um ornitorrinco vive em média cerca de 12 anos, podendo chegar aos 15.
É um excelente nadador e existem relatos de ornitorrincos que conseguiram ficar submersos até cerca de 10 minutos. Ao mergulhar seus olhos, ouvidos e narinas ficam protegidas por membranas de pele que os deixam cegos e surdos debaixo da água.
Para se guiar e localizar alimentos nesse estado o ornitorrinco se utiliza das terminações nervosas sensíveis contidas no seu bico, o chamado sentido de eletrorrecepção, ou seja, a capacidade de encontrar suas presas ao detectar os campos elétricos gerados pelas contrações musculares de suas presas [tal como fazem os tubarões]. Ele ainda consegue determinar a direção e a distância da prese sempre que esta desloca-se e faz isso com grande precisão.
Veneno:
Uma das peculiaridades do ornitorrinco é ser um mamífero venenoso, embora seja uma característica exclusiva dos machos e que só seja produzido durante a época do acasalamento. Os cientistas suspeitam ser uma arma de defesa de território de modo a afastar machos rivais.
VÍDEO
Ainda não acredita que o veneno do ornitorrinco é possante e perigoso? Veja o relato abaixo, de pessoas que foram "picadas" por um ornitorrinco e esclareça suas dúvidas:
Reprodução:
Quando as crias dos ornitorrincos estão dentro de um ovo, tem um dente na ponta do bico chamado dente do ovo. Este destina-se a perfurar a casca do ovo. Pouco tempo depois do nascimento este dente cai.
A sua reprodução não ocorre até o ornitorrinco completar dois anos. Isto é, em parte, devido ao fato do macho ser incapaz de produzir o esperma até essa altura e de a fêmea não estar receptiva em todas as estações. Para que a reprodução possa ocorrer, os órgãos reprodutivos da fêmea e os do macho terão de aumentar de tamanho.
Alcançam o seu tamanho máximo entre Julho e Agosto, altura em que a cópula ocorre. Durante todo esse tempo o corpo da fêmea adapta-se de modo a produzir o leite para as suas crias, a partir de dois mamilos (glândulas sudoríparas modificadas) localizados no seu abdômen, cercados por pelo. Acredita-se que os jovens obtêm esse leite pressionando estas duas áreas que fazem com que o leite seja jorrado em direção às suas bocas.
Pouco se sabe acerca do ritual de acasalamento do ornitorrinco, mas as observações de animais em cativeiro, forneceram algumas pistas relativamente a este processo. Começará, então, com um processo natatório em que o macho e a fêmea se vão aproximando, para que no final se possa realizar o contato. Este comportamento é iniciado a maior parte das vezes pela fêmea.
Curiosidades interessantes:
- As características atípicas do ornitorrinco fizeram com que o primeiro espécime empalhado levado para a Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um embuste [isto é, algo falso, acreditavam naquela época que fizeram um empalhamento com vários animais diferentes que já existiam, e que isso era uma montagem].
- Atualmente é o ícone nacional da Austrália, aparecendo como mascote em competições e eventos e em uma das faces da moeda de vinte centavos de dólar australiano. É uma espécie pouco ameaçada de extinção.
tudorocha.blogspot.pt
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