Você já parou para pensar em tudo o que as pobres mulheres do passado eram obrigadas a usar para que elas pudessem ficar com cinturinhas minúsculas enquanto desfilavam com aqueles vestidões enormes? Elas tinham uma verdadeira parafernalha em baixo das saias.
E não eram apenas espartilhos e saiotes que a mulherada usava debaixo das saias não! Antes do desenvolvimento de calcinhas e sutiãs, que só começaram a surgir em meados do século 15, boa parte das peças usadas sob as roupas tinha como principal objetivo proteger as pessoas do frio. Depois disso, como você poderá conferir a seguir, alguns itens bem curiosos começaram a aparecer — ou se esconder! — sob os vestidos.
1 – Pantalets
As peças da imagem acima eram tipicamente usadas por mulheres e crianças e fizeram parte dos guarda-roupas até meados do século 19. Até então, as roupas de baixo femininas não contavam com fechamento, pois, além de na época as pessoas acharem que era mais saudável deixar as “intimidades” bem arejadas, imagine a dificuldade de baixar calcinhas ou abrir fundilhos na hora de ir ao banheiro com todo aquele pano dos vestidos! E mais: imagine o malabarismo durante uma balada da época, algo como um baile formal regado a bebidinhas! Segundo Therese, os pantalets começaram se tornar démodé depois de essas peças passarem a serem equipadas com botões, dando às mulheres a opção de proteger suas partes íntimas, se quisessem.
2 – Bolso portátil
Embora pareça um avental estilizado, o acessório acima era uma espécie de bolso portátil usado pelas mulheres antes de as bolsas de mão começarem a entrar em circulação — lá pelo século 19. Afinal, mesmo no passado a mulherada sentia necessidade de carregar uma porção de coisas com elas, então nada melhor do que um bolsão que podia ser escondido discretamente entre as dobras dos vestidos.
Esses bolsos eram feitos de algodão e normalmente ficavam ocultos sob o volume das roupas. Eles provavelmente eram acessados através de uma abertura nas saias, e, segundo Therese, não demorou muito até as mulheres se darem conta de que podiam costurar um pedaço de tecido diretamente na abertura de seus vestidos, dando origem aos bolsos internos.
3 – Pannier
Você já deve ter visto imagens de Maria Antonieta — Rainha Consorte da França e Navarra que perdeu a cabeça em 1793 — usando vestidos superarmados, não é mesmo? Pois essa moda surgiu na corte espanhola no século 17 e acabou chegando à França; de lá, se espalhou para o resto da Europa.
De acordo com Therese, a estrutura ficava presa à cintura e era praticamente uma obra de engenharia manter as saias dos vestidos armadas e o mais volumosas possível. Aliás, o tamanho das vestimentas era um indicativo da riqueza das damas, e o ideal é que as saias fossem amplas o suficiente para dificultar a passagem das mulheres pelas portas.
4 – Crinolina
Bem, como você deve imaginar, além de muito caros e absurdos, não devia ser muito prático usar vestidões largos como os que descrevemos no item anterior. Assim, no século 19 as mulheres resolveram adotar uma moda mais simples, passando a usar vestidos menos volumosos. Bem, ao menos ao que diz respeito ao volume nas laterais!
Apesar de os vestidos terem se tornado mais modestos, eles continuavam sendo feitos com uma enorme quantidade de tecido. E nada como uma bela armação para que as mulheres tivessem mais liberdade de movimento e não se enroscassem nas próprias saias.
Assim surgiu a crinolina — composta por uma série de aros de metal mantidos no lugar através de tiras de tecido —, que, além de oferecer certo suporte aos vestidos, permitia que o peso das roupas fosse melhor distribuído.
5 – Polisson
Como você sabe, não é de hoje que moda das cinturas fininhas e bumbuns avantajados está por aí! Segundo Therese, o uso da crinolina começou a decair no final do século 19, e, para conseguir ressaltar as curvas femininas, a mulherada passou a espremer o torso e cintura dentro de espartilhos apertados, enquanto destacava os traseiros — que, convenhamos, ficavam escondidos debaixo de tanto pano — com os polissons.
Na verdade, os polissons nada mais eram do que armações em miniatura que ficavam presas à cintura e, ao aumentar o volume do traseiro, criavam a impressão de que as cinturas eram ainda mais finas. Essas estruturas estavam disponíveis em diversas opções — como uma série de babados, almofadinhas e até aros de metal — e eram muito mais confortáveis do que as crinolinas ou panniers.
Fonte:Megacurioso
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