O suspeito foi parado às três da manhã nos arredores de Milão, numa operação stop de rotina e disparou contra o agente que lhe pediu os papéis de identificação: Acabou por ser abatido a tiro por um dos policias, que ficou ferido mas não corre perigo de vida.
A identificação de Anis Amri foi confirmada através de impressões digitais.
"É sem qualquer sombra de dúvida, Anis Amri", afirmou o ministro italiano, que repetiu elogios aos agentes envolvidos e à forma "exemplar" como agiram.
VÍDEO
Minniti deu poucos detalhes sobre o que sucedeu, acrescentando que as investigações continuam e que poderá haver mais "desenvolvimentos".
Parte da investigação debruça-se agora sobre o percurso de Amri depois desde segunda-feira. A polícia berlinense identificou-o durante uma operação de vigilância rotineira a uma mesquita, horas depois do atentado mas antes de ele ser considerado suspeito.
Apesar de ter lançado um mandado de detenção europeu e oferceido 100 mil euros por informações sobre o paradeiro de Anis Amri, a polícia alemã acreditava que Anis Amri ainda se encontrava em Berlim e ferido.
Esta manhã a polícia dinamarquesa anunciou por seu lado na rede social Twitter que tinha sido avistado no norte do país um homem que correspondia à descrição de Anis Amri, tendo sido lançada uma operação na região.
Anis Amri acabou por ser morto em Itália, ao reagir violentamente numa operação de rotina. Terá gritado "Alá é grande!" quando disparou.
A revista italiana Panorama publicou um pequeno vídeo do local onde o tunisino foi abatido, às três da manhã na praça I Maggio a Sesto S.Giovanni.
De acordo com a revista, Anis Amri foi abatido por um agente ainda em estágio, com nove meses de serviço, que o atingiu mortalmente tendo ficado ferido num ombro com uma bala de calibre 22.
Anis Amri, de origem tunisina, já tinha vivido em Itália, onde chegou via Lampedusa em 2011. Esteve preso em Palermo durante quatro anos, por furtos, violência e fogo posto, antes de seguir para a Alemanha, onde chegou em 2015.
De acordo com o seu pai, Mustafa Amri, que o descrevia esta semana como "violento", terá sido na prisão italiana que Anis se aproximou do extremismo muçulmano e se radicalizou.
Anis Amri só se tornou suspeito do atentado de segunda-feira em Berlim depois das análises forenses terem encontrado papéis de asilo em seu nome na cabine do camião de 40 toneladas lançado sobre a feira de Natal berlinense.
Impressões digitais encontradas na porta do camião e na cabine do veículo, indicando que ele o tinha conduzido, vieram adensar as suspeitas.
A polícia alemã está sob uma chuva de críticas, depois de ter deixado escapar o suspeito entre os dedos. Anis Amri já tinha sido investigado na Alemanha por ligações ao extremismo islâmico e estava na lista de mais de 500 suspeitos considerados capazes de levar a cabo atentados.
Mas nem quando foi detido por posse de papéis de identidade falsos foi deportado.
No início de 2016, Amri estaria a preparar um assalto para conseguir dinheiro para comprar armas que iria usar num atentado. As investigações não resultaram em dados concretos e acabaram por ser abandonadas.
Apesar de estar na lista de suspeitos "perigosos" o paradeiro de Anis Amri era absolutamente desconhecido das autoridades. A sua última morada oficial era um centro de refugiados que ele abandonara há vários meses.
www.rtp.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário