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Ucraniano nascido em Odessa, o judeu Ze’ev Jabotinsky foi o chefe supremo da Irgun Zvai Leumi (Organização Nacional Militar), fundada em 1937 com objetivo de estabelecer um estado judeu-fascista na Palestina. Apesar de judeu, Jabotinsky compartilhava das mesmas ideias racistas que o austríaco Adolf Hitler colocaria em prática anos depois. Em “A muralha de ferro”, livro escrito por ele em 1926, Jabotinsky diz: “Nunca poderemos permitir coisas como o matrimônio misto porque a preservação da integridade nacional só é possível mediante a pureza racial, e para tal, temos de ter esse território onde nosso povo constituirá os habitantes racialmente puros.” Em 1946, o Irgun Zvai Leumi explodiu parte do hotel Rei Davi, sede do poder britânico em Jerusalém, matando 91 pessoas. No mesmo ano, um ataque a bomba no escritório do governo britânico em Jerusalém deixou nove mortos. O terror continuou no restante da década com vários assassinatos de lideranças britânicas na Palestina, policiais, soldados e civis.
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O acupunturista Shoko Asahara foi o fundador do Aum Shinrikyo (Ensinamento da Verdade Suprema). Fundado em 1984, o movimento prega o fim do mundo através de um Armagedom nuclear; a raça humana será destruída exceto aqueles que se juntarem ao Aum Shinrikyo. Aos seus seguidores, Asahara dizia ter poderes sobrenaturais tais como levitar e ler mentes. Além disso, sua urina era vendida como bebida mágica. O Aum Shinrikyo é o responsável pelo pior ataque terrorista da história do Japão, quando em 1995 lançou o gás letal Sarin no metrô de Tóquio, matando 13 pessoas e intoxicando mais de seis mil. Mais de mil pessoas ficaram com sequelas, que vão desde a cegueira a problemas de locomoção. Antes do ataque ao metrô, o Aum havia assassinado um advogado e toda sua família e testado o gás Sarin em uma cidade rural matando oito pessoas. Asahara foi condenado à pena de morte em 2006 e aguarda execução. Vinte anos depois do ataque, o apocalipse pregado pelo guru ainda não aconteceu.
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Timothy James McVeigh, ex-fuzileiro das forças armadas dos Estados Unidos, foi um excelente soldado, tendo ganho a medalha de bronze por seus feitos na Guerra do Golfo em 1990. Durante sua estadia no exército, era notória sua disposição para aguentar a dor nos mais terríveis exercícios impostos por seus superiores; o que para os outros era uma tortura, para Timothy, era um prazer. Depois de deixar o exército, começou a destilar sua raiva contra o governo americano que acusava de tirano. Escreveu cartas para jornais acusando o governo americano de roubar seu próprio povo através dos altos impostos. Em 1995, arquitetou e executou sozinho o segundo pior ataque terrorista da história dos Estados Unidos: deixou um caminhão bomba em frente ao edifício Alfred P. Murrah na Cidade de Oklahoma. A explosão matou 168 pessoas. Ele esperava, com esta ação, inspirar uma revolta contra o governo americano. Acusado de 11 crimes federais, McVeigh foi executado com uma injeção letal no dia 11 de junho de 2001, apenas quatro anos após receber a pena de morte.
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Theodore Kaczynski, o Unabomber, escritor, ativista político e brilhante matemático norte-americano graduado pela Universidade de Harvard. Tinha PhD em matemática e era especialista na “teoria da função geométrica”. Em sua tese de PhD, um membro da banca chegou a dizer: “Provavelmente apenas 10 pessoas em todo país entenderiam essa tese“. Em 1969, aos 26 anos, abandona o posto de professor na Universidade de Berkeley para iniciar segundo ele: “A guerra contra o desenvolvimento da sociedade industrial”. Segundo Kaczynski, a Revolução Industrial e suas consequências foram um desastre para a raça humana, roubando das pessoas a autonomia e infligindo no mundo natural danos irreversíveis. Em sua cruzada para tentar reverter essa situação, enviou dezenas de bombas para cientistas nos EUA, deixando um rastro de medo, mortes e amputações. Seu alvo preferido eram cientistas da computação e geneticistas. Foi preso em 3 de abril de 1996 após uma denúncia do seu irmão. Foi condenado a prisão perpétua.
2 comentários:
Com um abraço,aqui deixo o meu Muito Obrigado ao meu amigo comprovinciano e camarada António Garrochinho pela publicação dêste e doutros interessantes apontamentos históricos desconhecidos por mim,assim como para a maioria dos portugueses.
EU É QUE AGRADEÇO JOSÉ ! UM ABRAÇO
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