O governo do Reino Unido aprovou novos poderes de vigilância que os opositores tacharam como "perigosos" e "terríveis", indica Zack Whittaker, do site ZDNet.
A nova lei foi apresentada em maio de 2012 pela então secretária do Interior Theresa May e sobreviveu a duas intensas tentativas de ratificação em vários conflitos com a coalização governante anterior. Quatro anos mais tarde, com May exercendo o cargo de primeira ministra, ambas câmaras do parlamento deram luz verde ao projeto.
As organizações promotoras de liberdades civis criticaram a lei, argumentando que a partir de agora o governo poderá "registrar tudo o que fazemos na internet".
A lei obriga s provedores de internet a gravarem o ano todo o histórico de seus clientes em tempo real, colocando a informação à disposição de inúmeras repartições do Estado. Também concede um poder às agência de inteligência para hackearem computadores e aparelhos eletrônicos de cidadãos, exceto de jornalistas e outros profissionais, que contarão com proteções periféricas.
Segundo o diretor da Open Rights Group, Jim Killock, trata-se da iniciativa "de vigilância mais extrema já aprovada em democracia", o que gerou inclusive a rejeição de representantes das Nações Unidas e de empresas privadas.
Há algumas garantias, uma vez que um agente judicial independente deverá autorizar expressamente os registros, cujo uso será fiscalizado por um comissário especial de investigações.
O governo disse insistentemente que a lei não é nova, mas sim uma mera atualização da antiga Lei da Regulação dos Poderes de Investigação (RIPA), revelada durante o escândalo de Edward Snowden, que permitia intervir sobre as redes.
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