Johana de La Torre garante também não existe ditadura, nem repressão, no país. Entrevista TSF/DN no dia em que o Presidente da República começa uma visita de dois dias a Cuba.
Entrevistada pela TSF e pelo Diário de Notícias, a embaixadora cubana em Portugal garante que a prova de que não existem presos políticos em Cuba é que "há grupos de oposição ao governo que viajam para a União Europeia". Johana de La Torre revela que, na semana passada, "estiveram no Parlamento Europeu" e são "pessoas que estão contra o processo de aproximação" aos Estados Unidos.
A diplomata assegura também que, em Cuba, não existe ditadura. Simplesmente, nem todos pensam da mesma forma, mas não é correto falar de repressão. "Não há nenhuma ditadura que se aguente 60 anos", considera De La Torre.
No dia em que Marcelo Rebelo de Sousa começa uma visita oficial de dois dias a Cuba, a embaixadora em Portugal considera que a viagem do Presidente da República não podia ser mais oportuna. "Marca o momento excelente" que as relações entre os dois países atravessam.
Johana de La Torre agradece o apoio do parlamento português ao fim do bloqueio americano a Cuba. "Não basta mudar a retórica (...) é preciso acabar com o abismo entre o discurso e a realidade". A representante diplomática cubana garante que "sempre foi política"de Havana, o "empenho" na relação com os Estados Unidos.
Nesta entrevista à TSF e ao DN, a embaixadora desvaloriza a necessidade de o país adotar o multipartidarismo, considerado um sistema próprio das democracias. "Nos Estados Unidos, há apenas dois partidos e vocês acham que isso são eleições".
De La Torre recusa também a ideia de que não existam eleições livres em Cuba.
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