Um governo poderá aumentar alguns impostos, criar incentivos e adotar muitas outras medidas, mas poucas decisões dos governos terão mais impacto nas empresas e no consumo do que as políticas dos bancos. Em Portugal uma boa parte das empresas depende do financiamento dos bancos e o padrão de consumo de muitos particulares depende igualmente do acesso ao crédito. A intenção de um governo de promover o consumo pode ser contrariada pelos bancos, se estes orientarem os recursos financeiros para o financiamento das empresas. De igual modo, a intenção governam,ental de estimular o investimento pode confrontar-se com uma atitude mais conservador, por parte dos bancos, no financiamento das empresas.
As decisões dos bancos têm um grande impacto na economia, destas decisões depende o investimento das empresas, o tipo de apostas setoriais da economia, os níveis de poupança e do consumo. Se a banca apostar no setor da construção civil para investir os seus recursos, é provável que a economia tenda a crescer dinamizada por este setor. Se a banca n~qo quiser correr risco com novos projetos ou com novas empresas, o empreendedorismo dificilmente ganha expressão.
É neste contexto que a CGD ganha uma especial importância, quase sem bancos nacionais, como bancos como o BCP a atravessarem uma fase de vacas magras, com a instabilidade a que temos assistido no BPI e com o BES quase “congelado” pouco mais resta ao país do que a CGD. Não se sugere necessariamente que a CGD oriente a sua gestão em função do programa económico do governo. Mas pode ser rigorosa na concessão de crédito, promovendo as empresas cumpridoras, como pode ser equilibrada na gestão dos recursos, evitando tendências especulativas e lucros fáceis.
A CGD não é apenas um banco público, é também o maior banco comercial português e da forma como é gerido depende muito o futuro da economia, É importante que a CGD apoie a economia, que seja cuidadoso no crédito ao consumo, que seja equilibrado na forma como financia o investimento, que aposte nas empresas mais competitivas e que apoiem as regras, que no momento de correr riscos o faça apostando no empreendedorismo, em vez de apostar em "berardices", golpes ou negócios obscuros.
É isto que se espera da CGD, é isto que leva muitos a defenderem que a CGD se mantenha como banco público. E isto exige uma gestão competente e honesta. Será que todos os partidos que estão tomando posições em relação à CGD estão preocupados com o seu futuro, ou há por aí quem espere que se registe na CGD a desgraça de que estavam à espera com a notação da DBRS?
O mais importante nesta gestão da CGD não são os argumentos dignos de telenovelas que por aí se vão discutindo, o que importa mesmo é saber se a CGD vai ser bem ou mal gerida, se vai usar os recursos financeiros a que tem acesso em favor do país ou com golpes duvidosos, se vai dar lucros que financiem o OE ou se daqui a alguns anos empurra o país para mais uma bancarrota. Por aquilo que se ouve, há políticos que parecem estarem contra uma gestão competente da CGD e tudo fazem para que o banco fique paralisado mais meia dúzia de meses.
O mais importante nesta gestão da CGD não são os argumentos dignos de telenovelas que por aí se vão discutindo, o que importa mesmo é saber se a CGD vai ser bem ou mal gerida, se vai usar os recursos financeiros a que tem acesso em favor do país ou com golpes duvidosos, se vai dar lucros que financiem o OE ou se daqui a alguns anos empurra o país para mais uma bancarrota. Por aquilo que se ouve, há políticos que parecem estarem contra uma gestão competente da CGD e tudo fazem para que o banco fique paralisado mais meia dúzia de meses.
jumento.blogspot.pt
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