No Festival de Gramado para exibição do filme “Aquarius”, atriz afirma ter sido um crime abrir o precedente com a tentativa de golpe contra Dilma Rousseff.
Atriz protagoniza o filme Aquarius e uma forte denúncia do golpe
“Nunca é suficiente repetir que é golpe. Ter criado esse precedente foi um crime”, disse a atriz Sonia Braga durante a abertura do Festival de Cinema de Gramado (RS) na última sexta-feira (26).
Sonia é a protagonista do filme “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, que abriu o festival. A sua fala iniciou uma grande manifestação do público aos gritos de “Fora, Temer!”.
O ministro interino da Cultura, Marcelo Calero, estava presente e foi chamado de golpista pela plateia.
O elenco de “Aquarius” já havia participado de um protesto no Festival de Cannes (França) contra o golpe a presidenta Dilma Rousseff.
A equipe do filme brasileiro, com o diretor Kléber Mendonça Filho e os atores Humberto Carrão e Maeve Jinkings à frente, exibiram cartazes em inglês e francês no topo da escadaria que leva ao Palácio dos Festivais denunciando o golpe articulado por Michel Temer.
“O mundo não pode aceitar este governo ilegítimo”, “Um golpe está acontecendo no Brasil”, “54.501.118 de votos foram queimados”, “Misóginos, racistas e impostores como ministros” e “Dilma, vamos resistir com você” foram alguns dos cartazes levados pelos artistas.
“Penso que o que está acontecendo, a manipulação da tomada do poder, tem que ser exposto ao mundo inteiro”, afirmou Sonia Braga à ocasião.
“O que me motivou foi um senso de cidadania”, disse Kleber Mendonça Filho, sobre os protestos em Cannes. “A democracia ainda é a melhor forma de sociedade. Quando se quebra esse processo, a situação torna-se problemática. Fora do sistema democrático tem quem não o aceite. Foi um gesto, mais do que um ato.”
Fonte: Agência PT notícias
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