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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

FOTOGALERIA - SAGRADO MARFIM - Desde a proibição do comércio internacional de marfim, em 1989, centenas de milhares de elefantes foram abatidos e milhões de dólares foram negociados em virtude desta exploração ilegal.


Sagrado Marfim

brent stirton god's ivory (1)
Guarda-florestal retirando a presa de um elefante abatido no Amboseli National Park, Quênia. O marfim foi salvo dos contrabandistas. O elefante, como podem ver, não teve esta sorte.
Desde a proibição do comércio internacional de marfim, em 1989, centenas de milhares de elefantes foram abatidos e milhões de dólares foram negociados em virtude desta exploração ilegal.
O curioso é que um grande mercado explorador de marfim tem escapado das críticas: a religião. Católicos, budistas, muçulmanos, entre outras crenças, manifestam sua fé por meio de artefatos de marfim. Estes ícones são abençoados por monges e padres e presenteados entre chefes de Estado. Jamais algum chefe de tráfico de marfim foi pego e incriminado, o que mantém este comércio secular inabalável. Cada item de marfim comprado representa um elefante morto.
O fotojornalista Brent Stirton, da National Geographic, trabalhou com o jornalista Bryan Christy, da agência Getty, durante três anos. O trabalho fotojornalístico recentemente recebeu um prêmio no 49º Wildlife Photographer of the Year, na categoria Wildlife Photojournalist (veja aqui outros vencedores do concurso). Brent e Bryan percorreram países da África e da Ásia para retratar o comércio ilegal, os abatimentos, colecionadores de marfim e religiosos que ostentam os objetos como ícones sagrados. A reportagem foi veiculada em outubro de 2012, no site da National Geographic.
Para combater este mercado negro e proteger os elefantes, há o Kenya Wildlife Service (KWS), mas pouquíssimos recursos são destinados ao serviço, o que torna impossível diminuir o ritmo dos caçadores. A população de elefantes africanos está em torno de 500 a 700 mil e os abatimentos ultrapassam o número de 25 mil ao ano. Já a população de elefantes asiáticos não passam de 50 mil.
Abaixo algumas das fotos feitas por Brent Stirton. O trabalho do fotógrafo pode ser melhor apreciado em seu site oficial: brentstirton.com.
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O maior crucifixo de marfim das Filipinas, pendurado em um museu em Manila. A escultura, com 30 centímetros de comprimento, foi esculpida a partir de uma única presa. A peça data do início dos anos 1600, quando galeões espanhóis começaram a trazer artesanato de marfim da Ásia para a Espanha e para o Novo Mundo.
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“Eu não vejo um elefante, eu vejo o Senhor”, diz um filipino colecionador de ícones religiosos de marfim.
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Um dos maiores ataques da história. Mais de 300 elefantes foram mortos com granadas e tiros de AK-47. A carnificina aconteceu no Bouba Ndjidah National Park, em Camarões.
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Trabalhadora na maior fábrica de esculturas de Marfim, na China. Em 2008, o país comprou 73 toneladas de marfim da África.
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A Tailândia é suspeita de ser o principal caminho de tráfico de marfim entre a África e a China. São objetos sagrados e utilizados por budistas.
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Marcial Bernales faz esculturas de marfim há 45 anos nas Filipinas. Já esculpiu centenas de objetos, todos de cunho religioso.
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Elefantes em Tsavo, Quênia.
Uma única presa pode ser vendida no mercado negro por até 6 mil dólares. O suficiente para sustentar um queniano durante 10 anos.
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Uma apreensão de contrabando de Marfim, no Quênia. Presas pequenas significam que elefantes jovens foram mortos.
OCIOSO

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