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terça-feira, 30 de agosto de 2016

Casos Insólitos da História de Portugal! - Com quase 900 anos de existência, Portugal detém um passado rico em História. Mas existem outros tipos de histórias que assombraram ou escandalizaram a história de Portugal: as histórias insólitas. Aqueles episódios caricatos, rocambolescos, novelescos, escandalosos que não são contados nas escolas, nem nos livros de História tradicionais mais preocupados com a conjuntura

 Casos Insólitos da História de Portugal!


Com quase 900 anos de existência, Portugal detém um passado rico em História. Mas existem outros tipos de histórias que assombraram ou escandalizaram a história de Portugal: as histórias insólitas. Aqueles episódios caricatos, rocambolescos, novelescos, escandalosos que não são contados nas escolas, nem nos livros de História tradicionais mais preocupados com a conjuntura, ciclos económicos ou os grandes acontecimentos. Mas a história do nosso país é também feita de pessoas de carne e osso, com defeitos e virtudes, ambições e tristezas.


D. Mécia tornou-se a primeira rainha raptada da História de Portugal, também tivemos reis enfeitiçados pelo amor como D. Pedro IV, o mesmo que batia na mulher D. Leopoldina que terá morrido graças aos maus-tratos do marido. Reis bígamos, impotentes, demasiado castos ou homossexuais. Milagres inventados à pressão para bem da nacionalidade.Confrontos familiares que deram em morte. Assassínios descarados como o de D. Diogo, pelas mãos do seu cunhado, o rei D. João II que o esfaqueou. Atentados mal sucedidos, como o que foi vítima D. João IV, ou mortes misteriosas que criaram comoção na corte da época, como a do marquês de Loulé.Escândalos financeiros, como a criação da Patriarcal de Lisboa, que provocou um rombo nos cofres do Estado. Construções megalómanas, de custo elevado para o erário público, ou os gastos de rainhas em jóias e roupas.D. Sancho I (1185-1211): segundo filho varão de D. Afonso Henrique, 1º rei de Portugal. D. Sancho I chamava-se Martinho (como o santo do dia em que nasceu), mas o nome não era nobre e quando o irmão mais velho, Henrique, morreu, teve de mudar.D. Dinis I (1279-1325): o Milagre das Rosas, atribuído à Rainha Santa Isabel, mulher de D. Dinis, é exactamente igual ao que a sua tia-avó, Rainha Isabel da Hungria, protagonizou anos antes.D. Afonso IV (1325-1357): num combate contra Castela, o rei percebeu que o grito de guerra que tinha combinado com os seus militares era o mesmo do inimigo “Santiago”. Em cima da hora, improvisou gritando “São Jorge”. D. João I, seu neto, proclamou este santo padroeiro de Portugal.D. Fernando I (1367-1383): antes de casar com D. Leonor Teles, comprometeu-se com outras duas Leonores: Leonor de Aragão (depois de fazer uma aliança com o pai dela) e Leonor de Castela (depois de assinar um tratado de paz com o pai dela). Desonrou os dois compromissos.D. João I (1385-1433) e a sua Arvore Genealógica Complicada:D. João, Mestre de Avis (1357-1433), casou com a inglesa D. Filipa de Lencastre. Juntos tiveram 9 filhos: 
- Um deles, João, Infante de Portugal, casou com Isabel de Barcelos, e teve 4 filhos, entre os quais estava Isabel de Portugal. 

- Primeiro facto: Isabel de Portugal era neta legítima do rei D. João I, pela parte do pai.

- Segundo facto: Isabel de Portugal também era bisneta bastarda do mesmo rei.
D. João I teve várias amantes e filhos ilegítimos:
- Da relação com Inês Pires Esteves nasceu um rapaz e uma rapariga. O rapaz foi baptizado de Afonso e teve uma filha: Isabel de Barcelos. A mesma Isabel de Barcelos que casou com D. João I, Infante de Portugal, e deu à luz Isabel de Portugal. 
Isabel, neta e bisneta de D. João I, casou-se com D. João II de Leão e Castela, e tornou-se rainha de Espanha.A rainha D. Filipa de Lencastre instituiu hábitos requintados na corte: comer à mesa usando apenas três dedos, ter oficiais régios para provar a comida antes dos reis e levar água e uma toalhita aos convidados para eles lavarem as mãos.D. Duarte (1433-1438): teve uma depressão que descreveu como “doença do humor melancólico”.D. Manuel I (1495-1521): recebeu um rinoceronte da India. Organizou uma luta entre o rinoceronte e o elefante, porque tinha lido histórias romanas antigas, que falavam do ódio mortal entre as espécies. O elefante morreu.D. João III (1521-1557): teve 9 filhos ilegítimos e todos morreram antes dele. Também teve um bastardo que reconheceu em 1543. Depois de ser apresentado na corte, este morreu de um ataque de bexigas.D. Filipe III (1621-1640): ficou noivo quando tinha 7 anos de idade, e teve mais de 30 filhos, entre legítimos e bastardos.D. Pedro II (1656-1683): casou com a mulher do irmão, D. Francisca de Sabóia, que foi rainha duas vezes.D. José I (1750-1777): a mulher, D. Mariana Vitória de Bourbon, era tão ciumenta que todas as peças que estrearam na casa de espectáculos Ópera do Tejo (que ruiu completamente no terramoto de 1755) só contaram com actores masculinos, mesmo nos papéis de mulheres.D. Maria I (1777-1816): anualmente enviava 40.000 cruzados (uma fortuna para a época, equivalente a 320 milhões de euros nos dias de hoje), para a conservação dos Lugares Santos em Jerusalém.D. Maria II (1826-1853): ficou conhecida como a Educadora, mas dava erros ortográficos. O pai escreveu-lhe numa carta: “Se em lugar de passares na cama as segundas-feiras tu estudasses, então a tua carta não traria erro algum”.












Outras Curiosidades:

A Rainha Isabel de Castela fechou a sua Aia no Baú!


Durante o seu reinado, a rainha de Castela, D. Isabel de Portugal, estava farta de ver todos os homens deslumbrados com a sua aia Beatriz da Silva. Já não bastava ter condes e duques espanhóis a querer casar com ela, também o seu marido, D. João II de Leão e Castela, parecia gostar da aia. De acordo com alguns biógrafos, um dia a rainha ciumenta não aguentou mais a humilhação e mandou trancar a camareira dentro de um baú. Três dias depois, foi obrigada a voltar atrás: D. João de Menezes, tio da Beatriz, apareceu para uma visita. Quando abriu o baú, a rainha ficou surpreendida: a aia não estava morta, nem apresentava sinais de fraqueza. Pelo contrário, parecia mais bonita do que nunca. E tinha uma história para contar: a aparição da Virgem Maria, a quem prometeu fundar uma ordem religiosa dedicada à Imaculada Conceição. Nesse mesmo ano, Beatriz retirou-se para um mosteiro, onde viveu durante 30 anos com a cara coberta por um véu, para que a sua beleza não causasse mais ódio. Com a ajuda da filha da rainha que a tentou matar, fundou o Mosteiro da Imaculada Conceição e a ordem com o mesmo nome. Foi canonizada pelo Papa Paulo VI em 1976, tornando-se assim a primeira santa portuguesa.


A Infanta que passou por Frade!


O príncipe D. João Manuel, herdeiro do trono de Portugal, de D. João III, não resistiu à diabetes juvenil e morreu com 17 anos.Na época, os médicos atribuíram a morte a outra causa: o casamento prematuro com D. Joana quando era apenas um adolescente de 15 anos. O casal teria uma actividade sexual excessiva: “Demasiada comunicação e amor”, lê-se na certidão de óbito do infante.A princesa estava grávida quando o marido morreu e teve um rapaz, 18 dias depois da tragédia. Abandonou-o passados 4 meses, partindo para Espanha, e entregando-se à Igreja. Usou o pseudónimo masculino e roupa de homem e conseguiu entrar para a Ordem dos Jesuítas. De acordo com o que Sérgio Luís Carvalho conta no livro “O Rei Embevedado de Amor”, o próprio Santo Inácio de Loyola intercedeu para que fosse clandestinamente ordenada frade jesuíta. D. Joana nunca mais viu o filho, D. Sebastião “O Desejado”.O

Ermita que se disfarçou de D. Sebastião!


Na Ericeira, era conhecido como o Ermitão. Depois de abandonar o Convento de Santa Cruz, Mateus Álvares refugiou-se numa gruta em São Julião, onde viveu durante anos. Era magro, ruivo e parecido com D. Sebastião. Tão parecido que a população começou a espalhar o boato: talvez ele fosse o rei regressado em segredo, numa noite de nevoeiro, de Álcacer-Quibir.O homem alinhou na história e reclamou o trono. Casou com Ana Susana, filha de um lavrador, e coroou-a com a tiara roubada de uma imagem religiosa. Exigia que lhe beijassem a sua mão e gostava de ser tratado como rei. Reuniu um exército pequeno, desorganizado e mal armado.A ambição levou-o à morte: apesar de os seus militares amadores terem ganho pequenas batalhas contra o ocupante espanhol, o inimigo acabou por capturar Mateus Álvares e entrega-lo ao rei Filipe II. O falso D. Sebastião disse antes de ser decapitado e esquartejado, para os seus membros ficarem expostos em local onde os portugueses pudessem ver.

Rei que queria ser Papa!


Subiu ao trono com 66 anos de idade. Apesar de ser filho, irmão e tio-avô de reis, D. Henrique não queria a coroa. Restava-lhe pouco tempo de vida e tinha outras ambições.Revelou vocação religiosa cedo:- Aos 10 anos de idade já era Prior de Santa Cruz;- Aos 11 anos, Abade de São Cristóvão de Lafões e Prior de São Jorge;- Aos 21 anos, Administrador do Arcebispo de Braga;- Aos 27 anos, Arcebispo e Inquisidor-Mor.Faltava-lhe conquistar o Vaticano. Ainda foi candidato a Papa, tendo conseguido no conclave de 1549, um total de 15 votos. Perdeu para um romano.Quando D. Sebastião, seu sobrinho-neto, morreu, D. Henrique foi aclamado rei de Portugal e começou a preocupar-se com a sucessão. Decidiu que tinha de casar e ter filhos. Mas antes precisava de obter uma dispensa papal de celibato.O livro “Histórias Secretas de Reis Portugueses” de Alexandre Borges, conta em detalhe a intervenção nesta história de Monsenhor António Maria Sauli, enviado especial do Papa Gregório XIII, a Lisboa. Sauli falou com o rei português e partiu para Roma com o pedido de D. Henrique para casar. 
A viagem foi sucessivamente atrasada pelos espanhóis, que viam no impasse a oportunidade para ficarem com a coroa portuguesa: 
- Problemas protocolares prenderam-no durante dias em Madrid; - Em Barcelona esteve um mês à espera de transporte para Itália; - Em Génova recebeu autorização de um Cardeal para ficar a descansar da viagem.Quando chegou a Roma, a mensagem de Sauli já não tinha significado para o Papa: D. Henrique tinha morrido. Padre sem mulher e sem sucessores directos.


O Rei que morreu de Piolhos!






























D. Filipe II de Espanha e I de Portugal, tinha a alcunha de El Rey de los Papeles, tal era a obsessão pela organização. Era um burocrata que passava horas fechado no gabinete: escrevia tudo, anotava cada detalhe dos negócios do império, acumulava resmas de papel. Só a gota o impedia de tomar mais apontamentos: a doença causava-lhe tantas dores que ficava com as mãos imobilizadas. Também sofria de febres terçãs (picos de febre a cada três dias, típica da malária) e um edema prendia-o à cama durante dias: diz-se que até foi preciso abrir um buraco no colchão para que os seus fluidos corporais saíssem. O espanhol não tinha uma saúde forte, mas não foi de nenhuma doença grave que acabou por morrer; foi de piolhos. Na madrugada de 13 de Setembro de 1598, um ataque de pitiríase causado por uma invasão de parasitas matou o rei mais poderoso do planeta.


O Rei Arruaceiro e Homossexual!

















No restaurante imundo no centro de Lisboa, um grupo de homens dá nas vistas: falam alto, gritam obscenidades aos empregados e clientes, comem peixes fritos com as mãos e entornam jarros de vinho. Quando saem, dirigem-se a um bordel e só voltam a ser vistos de manhã, ainda mais bêbedos do que antes. A festa continua: a caminho do Paço Real, param para apedrejar janelas, assediar senhoras, meter-se com vagabundos e pontapear os que dormem na rua. Uma das vítimas não aceita o desaforo e lança-se ao rebelde com aspecto mais frágil: um jovem coxo, de olhos claros – era o rei D. Afonso VI. O vagabundo dá-lhe murros e pontapés enquanto os outros assistem a rir-se. O rapaz já a deitar sangue, só encontra uma forma de se libertar: grita que é o Rei de Portugal.D. Afonso VI tinha fama de ser um desordeiro. Apesar da paralisia parcial do lado direito do corpo, do excesso de peso e da bulimia, gostava de sair à noite com um grupo de amigos de reputação duvidosa. Muitas vezes acabavam na esquadra, mas nunca sofriam represálias.Um dos seus companheiros era o comerciante genovês de cintos, meias e adornos femininos, António Conti, que rapidamente passou a frequentar o Paço, com acesso directo ao quarto real. Levava prostitutas e rapazes e embebedava-se, mas conseguiu uma comenda, um título de fidalguia e o hábito da Ordem de Cristo.Farta do comportamento inadequado do filho e do amigo, D. Luísa de Gusmão mandou deportar Conti para o Brasil. O rei passou a levar um estilo de vida mais discreto, mas nunca deixou de receber rapazes. De acordo com o livro “Reis que Amaram como Mulheres”, coleccionou amantes do sexo masculino.D.

João V e os seus Amores Ilícitos! 
























D. João V teve os cognomes de “O Magnânimo” e “O Rei-Sol Português”, e alguns historiadores recordam-no também como “O Freirático”. “O Magnânimo”, dada a generosidade com que abriu mão de enormes fortunas, tanto para engrandecer a coroa como para satisfazer os seus caprichos pessoais. Além de monumentos como o Convento de Mafra e o Aqueduto das Águas Livres, que ainda hoje recordam o seu nome, gastou os proventos do Império na Guerra da Sucessão de Espanha, na batalha do Cabo Matapan contra os turcos, e na obtenção do Patriarcado para Lisboa, que incluiu a célebre embaixada ao papa Clemente XI, em 1716.D. João V era tão esbanjador que um dia mandou fazer uma banheira em Inglaterra para oferecer a uma das suas amantes. A banheira pesava 100 kg, era dourada, tinha pés em forma de golfinhos e sereias, e um enorme Neptuno com um tridente na mão à cabeceira. Custou 3500 guinéus (equivalente a 4200 euros actuais). O rei português mandava vir roupas de França, mas o ouro e os diamantes que chegavam do Brasil não davam para tudo.Um dia, em 1731, a sua mulher rainha Maria Ana teve de regressar a pé de um passeio porque os cocheiros recusaram-se a transportá-la. O motivo: o rei não lhes pagava o ordenado há cinco anos.Senhor de uma vasta cultura, bebida na infância com os padres Francisco da Cruz, João Seco e Luís Gonzaga, todos da Companhia de Jesus. Falava línguas, conhecia os autores clássicos e modernos, tinha boa cultura literária e científica e amava a música. Para a sua educação teria contribuído a própria mãe, que o educou e aos irmãos nas práticas religiosas e no pendor literário.Mas D. João V tinha outra faceta: perdia a cabeça por todas as mulheres, mas a sua verdadeira paixão estava em Odivelas, no ninho da madre Paula.A verdade é que nesse tempo a vocação era uma das últimas razões para as mulheres irem para freiras e as visitas aos conventos faziam parte da etiqueta social:- O convívio proporcionava intimidade;- Os relacionamentos amorosos eram conhecidos e desde que praticados com discrição, aceites. - Era frequente, um nobre ter a sua freira, com quem se correspondia, a quem visitava no convento onde se trocavam presentes. As celas transformavam em alcovas ou bordeis. A troca de presentes que era muitas vezes poemas por doces conventuais deu origem à Marmelada de Odivelas e o Pudim da Madre Paula que ainda hoje têm má fama.O exagero dessa prática, denunciada, com objectivos opostos, por moralistas e libertinos, tomou-se escandaloso. Odivelas era um local assiduamente frequentado pela nobreza da corte na época em que Paula se tornou freira, e não faltariam, portanto, oportunidades para D. João V e os titulares que o rodeavam se deslocarem ao local. Terá sido por esta altura que começaram os encontros entre o rei e Paula Teresa da Silva. Sobre a forma como se conheceram, existem versões sem grande credibilidade. Da relação com a madre Paula, o rei D. João V investiu uma enorme riqueza para transformar uma modesta cela conventual em aposentos dignos de uma rainha.O Palácio Pimenta, no Campo Grande, onde hoje está instalado o Museu da Cidade de Lisboa, foi mandado construir por D. João V para a mesma amante. Os relatos que corriam na corte sobre o luxo da madre Paula, as suas mobílias preciosas, as roupas e as jóias impressionaram o viajante suíço César de Saussure, que referiu a ligação do rei e da freira no livro sobre a sua visita a Portugal, em 1730.Mas D. João V teve filhos ilegítimos:- D. António, filho de uma francesa de nome desconhecido, mas que, segundo outros historiadores, seria filho de D. Luísa Inês Antónia Machado Monteiro. Doutorou-se em Teologia e veio a ser Cavaleiro da Ordem de Cristo.- D. Gaspar, filho de uma religiosa, D. Madalena Máxima de Miranda (Madalena Máxima da Silva Miranda Henriques). Veio a ser Arcebispo Primaz de Braga.Este dois filhos ilegítimos, juntamente com D. José, filho da religiosa madre Paula de Odivelas (Paula Teresa da Silva), e que exerceu o cargo de Inquisidor-mor, ficaram conhecidos pelos “Meninos de Palhavã”.A expressão deriva do facto de terem habitado no palácio do marquês de Louriçal, na zona de Palhavã, na altura arredores de Lisboa mas que hoje se situa em plena cidade (o edifício denominado Palácio da Azambuja, é hoje a Embaixada de Espanha em Lisboa, ou "Palácio dos Meninos de Palhavã"). Receberam educação em Santa Cruz de Coimbra sob o preceptorado de Frei Gaspar da Encarnação para se fazerem religiososSemiclandestinos, semiescandalosos, os amores ilícitos de D. João V produziram, além dos "Meninos de Palhavã", D. Maria Rita, que não foi reconhecida, e acabou por ir para freira. Era filha de D. Luísa Clara de Portugal, que passou à história com o cognome da sua casa. A Madre Paula sobreviveu 35 anos ao amante, sempre tratada com a maior consideração. No século XX, o convento de Odivelas foi transformado em colégio feminino, para as filhas de oficiais das Forças Armadas.A obsessão de D. João V pelo sexo levou-o ao uso descontrolado de afrodisíacos, designadamente cantáridas, que lhe minaram a saúde e apressaram a morte. O Rei faleceu em 31 de Julho de 1750 após quase meio século de governo. Jaz no Panteão dos Braganças, ao lado da esposa, no Mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.

A Amante que lançou um feitiço ao Rei! 



D. Pedro II (1683-1706), envolveu-se com aristocratas, meretrizes, mulheres negras e até uma criada do Paço. Teve 2 casamentos, 8 filhos legítimos, 3 bastardos e um número desconhecido de amantes. Começou cedo, quando era apenas um infante de 15 anos e apaixonou-se por Francisca Botelha, uma cortesã que viva perto do Terreiro do Paço. Mas ela estava determinada a ter privilégios na relação, e recorreu a uma feiticeira chamada Francisca de Sá. Mas como a feitiçaria era um crime, a feiticeira Francisca de Sá foi condenada à morte pela Inquisição.A Rainha que morreu Virgem! Em Abril de 1858, o rei D. Pedro V e a rainha D. Estefânia casaram-se por Procuração, mas só se conheceram um mês depois. Voltaram a casar no dia 18 de Maio. Mas a noite de núpcias foi difícil para o rei que não demonstrou interesse. D. Pedro V era um puritano e queixava-se da futilidade das raparigas da corte. No entanto, depois de conhecer D. Estefânia tudo mudou: o casal parecia apaixonado, passeavam de mãos dadas pelos jardins de Sintra e Benfica. Mas falta a rainha engravidar. Um ano depois do casamento, a rainha sentiu-se mal e foi internada. O marido ficou à cabeceira da sua cama, sem dormir, durante dois dias inteiros. D. Estefânia que tinha acabado de completar 22 anos de idade, não resistiu a uma angina diftérica.Os médicos da casa real fizeram uma autópsia, mas o seu resultado só foi tornado público 50 anos mais tarde num artigo do famoso médico Ricardo Jorge: a rainha morreu virgem!




Monarca de Dia/Dr. Tavares à Noite!




O rei D. Luís I era bem diferente do seu irmão e antecessor, D. Pedro V: apreciava clubes nocturnos, mulheres, tabaco e boa comida. Mesmo depois de subir ao trono, manteve uma vida dupla: de dia era Rei, marido de D. Maria Pia de Sabóia e pai de Carlos e Afonso; à noite, Dr. Tavares.O rei preferia não ser reconhecido, e acompanhado do seu amigo, Dr. Magalhães Coutinho, que era médico, adoptava o pseudónimo Dr. Tavares para percorrer a noite de Lisboa. A primeira amante terá sido a actriz Rosa Damasceno.D. Maria sabia das traições do marido, mas não fazia escândalo. Vingava-se de outras formas:- O marido apreciava a pontualidade, e ela atrasava-se para tudo: jantar, ir à ópera, sair para um passeio ou visita oficial.- O marido fumava e gostava de acompanhar as refeições com pão com manteiga, ela queixava-se do fumo e da falta de cuidado com a dieta no palácio.A maior desforra reflectia-se nos gastos: Maria Pia adorava jóias e roupas caras, demorava dias a desembalar as compras que fazia em Paris. Quando a criticavam, respondia: “Querem rainhas? Paguem-nas!”.





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