No norte da Síria, a ofensiva apoiada pela Turquia começou a provocar críticas da parte dos Estados Unidos, aliado de Ancara na NATO.
O exército turco lançou, na semana passada, a operação “Escudo do Eufrates”, que tem por alvo o autoproclamado Estado Islâmico, mas também os curdos das Unidades de Proteção do Povo (YPG), que são apoiados por Washington no combate aos jihadistas.
O Pentágono considera “inaceitáveis” e “fonte de profunda preocupação” os relatos de combates a sul de Jarablus entre “forças armadas turcas, grupos da oposição e unidades ligadas às SDF (Forças Sírias Democráticas)”, lideradas pelos curdos.
Ancara assumiu pela voz do vice-primeiro ministro, Numan Kurtulmus, que a operação em curso visa também impedir a formação de um corredor controlado pelos curdos, a oeste do Rio Eufrates, ao longo da fronteira da Síria com a Turquia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Cavusoglu, acusa mesmo as milícias curdas YPG de estarem a levar a cabo na zona uma “limpeza étnica, incluindo de curdos que não pensam como eles”.
Jarablus foi conquistada ao Daesh na semana passada e desde essa altura a ofensiva apoiada por Ancara tem visado essencialmente áreas controladas pelas chamadas Forças Sírias Democráticas. A Turquia considera as milícias curdas que lideram esta aliança como uma organização terrorista.
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