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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

TRANSPORTES CP reduz prejuízos para 74 milhões de euros no primeiro semestre

Serviços de longo curso ajudam CP a ganhar mais passageiros no primeiro semestre. 
Empresa transportou mais passageiros, sobretudo nas ligações de longo curso  

O grupo CP – Comboios de Portugal reduziu os prejuízos para 74,18 milhões de euros no primeiro semestre. 

Este resultado compara com os 118,585 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado, refere o relatório e contas divulgado esta segunda-feira junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A entidade liderada por Manuel Queiró assinala que “num cenário de ausência de indemnizações compensatórias, contribuiu essencialmente a melhoria do resultado financeiro, motivada pela redução do passivo financeiro e dos encargos com juros e gastos similares suportados pela empresa, a redução das provisões constituídas e o crescimento dos proveitos de tráfego”. 

A CP refere que estes elementos permitiram compensar o “menos volume de serviços prestados à Medrail (ex-CP Carga), na sequência de transferência de material circulante para aquela empresa.” As vendas e serviços prestados para a Medrail caíram 74% para os 2,596 milhões de euros. A empresa nota ainda o “impacto negativo”, em “2,6 milhões de euros, decorrente da não aprovação da adesão da CP ao regime de ativos por impostos diferidos”. A CP registou um aumento de 665 mil passageiros (+1,2%) no primeiro semestre, dos 55,41 para 56,075 milhões de utentes. Os maiores ganhos registaram-se no serviço de longo curso (Alfa Pendular a Intercidades), com uma subida de 10%, para os 2,85 milhões de clientes. 

Os serviços urbanos de Lisboa e do Porto registaram ganhos mais modestos, de 0,8% e de 2,2%. A empresa apenas perdeu clientes no serviço regional. As viagens de comboio foram mais rentáveis, com um aumento de receita de 4,6% para os 109,83 milhões de euros. Todos os serviços geraram mais vendas, assinala a CP no relatório de contas. Passivo diminui A CP assinala ainda uma redução de 9% no passivo para os 3,555 mil milhões de euros no primeiro semestre face ao final de 2015. Ainda assim, o capital próprio da empresa era negativo em 2,856 mil milhões de euros no final de junho, porque os ativos correspondiam a apenas 698,9 milhões de euros.

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