O rabino-chefe de Israel, Yitzhak Yosef, gerou polêmica após dizer que os que não são judeus, não deve lhes ser permitido viver em Israel, a menos que sigam as sete leis de Noé.
Segundo o rabino, os que não respeitarem deverão ser expulsos para a Arábia Saudita, informa o The Times of Israel.
Falando em um sermão no sábado, o rabino-chefe disse: "Se nossas mãos forem firmes, se tivermos o poder de governar, então os não judeus não deveriam viver em Israel".
"Se um gentil não está de acordo em assumir as Sete Leis de Noé, devemos enviá-lo para a Arábia Saudita".
As sete leis de Noé, são um código moral básico descrito no Talmud. Elas proíbem ações como a blasfêmia, homicídio, relações sexuais ilícitas, roubo e comer animais vivos.
O rabino Yitzhak Yosef acrescentou que os não judeus que estão de acordo em cumprir as leis, lhes serão permitidos permanecer em Israel, com a finalidade de servi-los.
"Quem, se não os que servem? Quem irão ser nossos ajudantes? Por esta razão, os deixamos em Israel", disse.
Os comentários do rabino Yitzhak Yosef, foram fortemente criticados pela agência dos direitos humanos Anti-Defamation League (ADL), que pediu que o rabino se retrate por suas declarações.
Jonathan Greenblatt, presidente da ADL, e Carole Nuriel, diretora em funções do escritório da ADL Israel, disseram em um comunicado que os comentários eram "chocantes e inaceitáveis".
"É inconcebível que o rabino-chefe, um representante oficial do Estado de Israel, expresse tais opiniões intolerantes e ignorantes sobre a população não judia de Israel, incluindo os milhões de cidadãos não judeus".
"Como líder espiritual, o rabino Yosef deveria usar sua influência para prejudicar a tolerância e a compaixão para com os demais, independentemente de sua fé, e não tentar excluir e degradar a um grande segmento de Israel".
Esta não é a primeira vez que os comentário do rabino Yosef provocaram controvérsia. No começo deste mês, o rabino foi criticado por sugerir que os israelenses devem matar os terroristas armados com facas sem medo da lei.
"Se um terrorista estiver avançando com uma faca, é um mitzvá (mandamento) matá-lo", disse na Sinagoga Yazadim de Jerusalém.
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