De acordo com as autoridades, não restam dúvidas sobre ter-se tratado de um crime. Maria D., assim identificada, foi sujeita a uma violência extrema: o seu tronco foi encontrado sob a ponte Landauer na passada quinta-feira por um transeunte e os membros localizados apenas nos dias seguintes pela Polícia. Só esta terça-feira, porém, foi revelada a identidade da vítima, na sequência da autópsia, uma vez que junto ao corpo não havia quaisquer documentos de identificação. Está ainda por determinar, de acordo com um porta-voz da polícia local, a causa da morte.
Ao que o JN apurou, os indícios apontam poder ter-se tratado de um crime de natureza passional, hipótese que está, agora, a ser explorada pelas autoridades alemãs. Os canais diplomáticos foram entretanto ativados mas, até ao momento, nenhum serviço tinha sido contactado pelos familiares da mulher.
As primeiras testemunhas poderão, assim, ser determinantes para ajudar a desvendar este mistério. Da mulher pouco se sabe: apenas que vivia há alguns anos na Alemanha e que não tinha residência fixa. Por essa razão, as autoridades policiais lançaram um apelo público, acompanhado de uma foto da vítima, no sentido de obter mais informações.
Segundo o jornal "Bild", Maria terá emigrado para a Alemanha há cinco anos, em busca de melhores condições de vida, com o companheiro Toni M., um português de 43 anos, de quem se terá separado recentemente. A última vez que este a viu foi a 9 de abril, portanto, cerca de três semanas antes de ter sido encontrado o corpo. Toni não encontra explicações para a inusitada violência e descreve Maria como uma "pessoa alegre e sociável". "Quem fez isto à Maria? Quem foi capaz de cometer algo tão cruel?", interroga. Quando Maria desapareceu, o ex-companheiro não estranhou, dado que não era a primeira vez que ela se ausentava por um dia ou dois. O ex-casal não tinha residência fixa há algum tempo e vivia em casa de um amigo. Aliás, a polícia desconfia que Maria até estaria a usar uma casa destinada a sem-abrigo.
PORTUGAL EM CONTACTO COM FAMILIAR DA PORTUGUESA MORTA
Os pais da portuguesa vivem em Lisboa, de acordo com o já referido jornal alemão. O secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, contactado pelo JN, não dispunha de mais informações sobre o caso na noite de terça-feira.
Esta quarta-feira, fonte oficial indicou à agência Lusa que Portugal está em contacto com um familiar da cidadã portuguesa.
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