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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Líder da Câmara de Comércio luso-saudita envolvido em desvio de fundos


O tribunal aceitou uma providência cautelar que acusa Rodrigo Ryder da Costa de ter esvaziado a conta bancária da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Saudita, desviando 70 mil euros para gastos pessoais. O empresário acompanhou Paulo Portas em duas visitas oficiais a países árabes e foi delegado no recente congresso do CDS.

Rodrigo Ryder trouxe um empresário saudita à Azambuja e foi notícia no site da Câmara. 
A sentença da Instância Central Cível de Lisboa, citada pela agência Lusa, diz que ficou “suficientemente indiciado” que no ano passado o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Saudita (CCLS) “ficou na posse” de 45.500 euros, levantados em maio (30.500 euros) e julho (15.000 euros) de 2015 da conta da instituição para supostamente pagar faturas. Além destas verbas, terá levantado 15.700 euros em notas e fez pagamentos de cerca de 4.700 euros em estabelecimentos comerciais com o cartão da associação.
O tribunal acrescenta que também a sua esposa terá usado o cartão da CCLS para levantar 1.600 euros entre novembro e dezembro de 2015, com o conhecimento do marido. E conclui que a ação do responsável pela associação levou a conta bancária “a um ponto de não ter fundos suficientes para fazer face ao pagamento dos encargos/despesas com a sua atividade e ao pagamento de faturas pendentes”.
Rodrigo Ryder da Costa dirige a associação fundada no fim de 2014 e criada para facilitar negócios entre empresários portugueses e sauditas. A troco de uma quota anual que segundo o “Correio da Manhã” varia entre 1650 e 40 mil euros, os 22 associados que a CCLS angariou beneficiam de serviços de lóbi e representação que facilitam negócios na Arábia Saudita e em Portugal.
O líder da CCLS foi presença assídua nas visitas de Paulo Portas à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos, junto com dezenas de empresários. Na primeira visita, em abril de 2013, Portas era ministro dos Negócios Estrangeiros e Rodrigo Ryder apresentava-se na brochura do AICEP como gestor de vendas da Engiprumo, empresa do ramo imobiliário. 

Na segunda visita, o líder do CDS já era vice-primeiro-ministro e Rodrigo Ryder surge como diretor comercial da empresa de rações Agrolex. 
Rodrigo Ryder da Costa foi eleito como único delegado pela Azambuja ao congresso do CDS que elegeu Assunção Cristas para suceder a Paulo Portas.
Para já, Rodrigo Ryder da Costa viu cancelado o cartão de débito da CCLS e está proibido de movimentar qualquer conta da associação, depois do saldo bancário se ter reduzido a 6.15 euros em novembro passado. A providência cautelar foi apresentada nessa altura pela vice-presidente da CCLS, Ana Ribeiro, que entregou também queixa para o Ministério Público. O advogado de Rodrigo Ryder da Costa afirmou que vai recorrer da sentença.

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