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quarta-feira, 13 de abril de 2016

Governo nega ter pedido ou sugerido demissão do chefe do exército



O ministro da Defesa, Azeredo Lopes

É falso que o ministro tenha alguma vez desautorizado Chefe do Estado-Maior do Exército, garante o secretário de Estado da Defesa, na sequência da alegada discriminação no Colégio Militar

O Governo negou hoje que o ministro da Defesa tenha pedido ou sugerido sequer a demissão do general Carlos Jerónimo da chefia do exército na sequência do caso da alegada discriminação de alunos homossexuais no Colégio Militar.

"É falso que o ministro tenha alguma vez desautorizado o Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME)", acentuou hoje o secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, na abertura do Fórum TSF dedicado ao tema.

Marcos Perestrello considerou que a demissão do CEME na sequência de uma entrevista do subdiretor do Colégio Militar, tenente-coronel António Grilo, sobre discriminação de alunos face a situações de afetos, alegadamente homossexuais, foi "uma decisão do próprio".

"Não é uma situação que tenha sido sequer sugerida", assegurou o membro do governo, para quem este caso traduz "uma tempestade num copo de água" e "uma sucessão de mal-entendidos".

O que o ministro fez "foi pedir informação ao CEME sobre o que tencionava fazer relativamente a uma situação que foi pública", sustentou.

O secretário de Estado alegou que o caso da demissão do CEME tem sido tratado pelos media com "alguma falta de rigor na descrição dos factos", desde logo porque o ministro da Defesa "nunca fez declarações públicas" sobre a situação no Colégio Militar.

Os dois equívocos essenciais da polémica sobre o Colégio Militar
"O ministro da Defesa nunca exigiu demissão nenhuma a ninguém... Aquilo que o gabinete fez foi dar conta de uma carta" ou de uma "conversa" entre a tutela e o general Carlos Jerónimo sobre as notícias de situações de alegada discriminação de alunos homossexuais no Colégio Militar.

Segundo Marcos Perestrello, face às notícias vindas a público, "é normal que o ministro pergunte ao responsável do colégio o que tenciona fazer".

O secretário de Estado reforçou mesmo que o ministro não só não interferiu na atividade do Colégio Militar como "muito menos fez exigências públicas ao Exército".

Questionado sobre se este caso fragiliza o Governo, Marcos Perestrello respondeu: "Aquilo que eu vos posso dizer é que 'aquilo que não nos mata, torna-nos mais fortes".

Numa reportagem publicada pelo jornal 'online' Observador, o subdiretor do Colégio Militar, tenente-coronel António Grilo, afirmou: "Nas situações de afetos [homossexuais], obviamente não podemos fazer transferência de escola. Falamos com o encarregado de educação para que perceba que o filho acabou de perder espaço de convivência interna e a partir daí vai ter grandes dificuldades de relacionamento com os pares. Porque é o que se verifica. São excluídos".



Ouvido pelo DN, na sequência destas afirmações, o Ministério da Defesa fez saber que pediu explicações ao CEME e considerou "absolutamente inaceitável qualquer situação de discriminação, seja por questões de orientação sexual ou quaisquer outras, conforme determinam a Constituição e a Lei".

Na semana passada, o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, anunciou que tinha iniciado os procedimentos adequados visando a substituição do general Carlos Jerónimo, que pediu a exoneração do cargo de Chefe do Estado-Maior do Exército.

www.dn.pt

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