Pequena ilha próxima da Austrália, cuja economia assenta na exploração de excrementos de aves fossilizados, tinha-se candidatado em 2014.
A minúscula ilha de Nauru, com 10 mil habitantes e 21 quilómetros quadrados no Pacífico (é 35 vezes mais pequena do que a ilha da Madeira), é o mais recente membro do Fundo Monetário Internacional, que eleva assim para 189 o número de países que participam no fundo.“Estou muito contente por dar as boas-vindas a Nauru como membro do FMI”, afirmou a directora-geral, Christine Lagarde, num comunicado. “Numa altura em que Nauru enfrenta vários desafios que são comuns às economias das pequenas ilhas, incluindo a localização geográfica e as alterações climáticas, a ilha vai beneficiar de participar inteiramente na cooperação económica do nosso grupo global. O FMI está pronto para ajudar o governo e o povo de Nauru a atingir os seus objectivos de desenvolvimento em cooperação com outros parceiros na comunidade internacional”, disse Lagarde. Nauru tinha-se candidatado ao fundo em 2014.
Nauru importa praticamente tudo. A única exportação e fonte de receitas da ilha – que usa o dólar australiano como divisa – é a extracção e venda de fosfato. No final do século passado, a indústria mineira de Nauru, que assentava na exploração do minério resultante de milhares de anos de excrementos de aves fossilizados, estava em decadência, mas foi revitalizada alguns anos mais tarde. O Governo de Nauru estima que as reservas de fosfato durem mais três décadas.
Recentemente, Nauru esteve nas notícias por um campo de detenção para centenas de refugiados que a Austrália não quer acolher e envia para as ilhas vizinhas. No final do ano passado, o governo de Nauru decidiu deixar os refugiados circular livremente pela ilha.
Todos os países no FMI têm uma quota no fundo. No caso de Nauru, rondará os 2,5 milhões de euros, cerca de mil vezes menos do que Portugal.
www.publico.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário