Prejuízo da TAP agrava-se para 109,6 milhões
Resultado pior em 45 milhões de euros face ao ano anterior.
Os prejuízos da companhia aérea TAP agravaram-se no primeiro semestre deste ano para 109,6 milhões de euros, que compara com 64,6 milhões de euros no período homólogo, segundo o relatório de gestão a que a Lusa teve acesso.
Entre janeiro e junho, o resultado líquido da TAP SA (o negócio da aviação) cifrou-se em cerca de 109,6 milhões de euros, sendo este resultado pior em 45 milhões de euros (69,6%) face ao ano anterior e em 41,4 milhões de euros (60,6%) face ao orçamentado. "O ano de 2015 está a ser influenciado pelo comportamento do mercado e pelo período conturbado do segundo semestre do ano anterior", lê-se no relatório de junho a que a Lusa teve acesso, que aponta o dedo ao impacto da greve do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), entre 01 e 10 de maio, que levou ao cancelamento de voos e de reservas. Para o agravamento dos prejuízos contribuiu uma quebra nos resultados operacionais, com uma redução das receitas de passagens em 3,6% face ao período homólogo, para 942 milhões de euros, numa altura em que o transporte de carga e de correio cresceu em mais de 9%, para 59 milhões de euros.
Custos com pessoal subiram No primeiro semestre, esteve em destaque pela positiva a manutenção (assistência a terceiros), com a receita quase a duplicar para os 50,6 milhões de euros face aos 26,3 milhões faturados no semestre homólogo. Até junho, os custos com pessoal subiram 3,5% para 231,4 milhões de euros, refletindo "a evolução desfavorável das remunerações fixas, dos encargos sobre remunerações, dos prémios para pensões e outros seguros". O resultado financeiro agravou-se em 23% para 8.711 milhões de euros, quase o dobro do orçamentado para este período, resultado em grande parte das diferenças de câmbio.
O passivo da TAP aumentou em 12%, ultrapassando em junho os 2.100 milhões de euros, que compara com 1.879 milhões de euros no final de 2014.
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