NUNCA DIGAS NUNCA
Se Portugal não fosse um país ocupado por imbecis e desgovernado por alienados, poderia almejar a que o seu povo pudesse ir concretizando fases de felicidade, onde níveis médios de solidariedade se fossem consolidando entre si. Se a profunda ignorância deste povo vetusto e o seu medo incontrolado de dar dois passos em frente (mesmo que não conheça o caminho), não fosse do tamanho do céu, estes pinocas rasteiros e incompetentes do laranjismo sentiriam no corpo a reacção justa de quem exige o que lhe é devido: trabalho, justiça, saúde, educação, grande consideração social pelos ex-produtores, hoje num descanso merecido, etc.
Há cerca de 10 minutos vi, casualmente, o homem público mais degradado do meu país, “o homem sem qualidades” na catalogação rigorosa de uma conhecida historiadora cá do burgo, em campanha eleitoral, e houve povo que o foi vitoriar, velhos que o foram cumprimentar educadamente. Uma mulher simples afagou-lhe a face, sem entender que festejava o seu algoz.
Embora inflamada, a luta de classes em Portugal precisa de mais calor humano dos “de baixo”. Essa tomada de consciência dos trabalhadores, sem a qual nada feito, é travada pelas históricas barreiras do compromisso com o P”S” e a UGT, que mantém atrelada gente sem esperança, nem horizonte. Gente com o cérebro ocupado de ar e o coração em local inapropriado. Gente manipulada que não vê as correntes que lhe cobrem os corpos.
Em caso de nova vitória da extrema-direita o mundo dramático dos portugueses aumentará significativamente. Só pelas 19 horas do próximo dia 4 de Outubro, devem todos os comunistas e os seus amigos parar de fazer campanha política pela CDU.
Guilherme Antunes (facebook)
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