Défice sobe ao ritmo de um milhão por hora "Buraco" nas contas atingiu o ano passado 7,2% do PIB.
O Novo Banco veio agravar as contas do ano passado elevando o défice de 4,5% para 7,2%. Mas os gastos do primeiro semestre deste ano também estão muito acima do previsto, penalizando o défice em mais de quatro mil milhões de euros.
Com um valor de 4,7%, muito acima dos 2,7% previstos pelo Governo no Orçamento, o défice agrava-se ao ritmo de um milhão de euros por hora.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou esta quarta-feira os dados do défice de 2014, com uma revisão em alta devido à "inclusão de 4,9 mil milhões de euros relativos à capitalização do Novo Banco". Ou seja, as contas foram refeitas, revelando um buraco superior a 12,4 mil milhões nas contas públicas. A informação foi enviada para Bruxelas, no âmbito do Procedimento dos Défices Excessivos (a segunda notificação deste ano). No documento, seguiram os dados relativos a este ano, que também dão conta de um défice superior ao esperado pelo Governo.
Segundo o previsto, o défice de 2015 deveria fixar-se em 2,7 % do PIB, mas encontra-se já em 4,7%,– mais de 4 mil milhões de euros – um valor em linha com a análise feita pela Unidade Técnica de Acompanhamento do Orçamento (UTAO), que alertou para a derrapagem no princípio deste mês.
Os dados do défice de 2014 ainda não são, no entanto, definitivos. Segundo o INE, a informação divulgada esta quarta-feira "não inclui ainda qualquer impacto decorrente da capitalização do Novo Banco por parte do Fundo de Resolução", uma vez que o Novo Banco ainda não foi vendido. O prazo dado para a venda do banco foi de um ano, findo o qual a capitalização teria de ser considerada.
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