Estado Novo em estado puro
Neste artigo, Nuno Ramos de Almeida denuncia uma espécie de histeria securitária que, no seu entender, se está subtilmente a intensificar. "Com pezinhos de lã, governos e polícias de turno estão a impor a ideia de que é normal a infiltração em organizações políticas, a vigilância de militantes de esquerda, o recurso a provocadores em manifestações e a agressão a jornalistas para garantir o afastamento de testemunhas incómodas nas próximas cargas policiais," diz o autor. "Um dia destes acordamos sem democracia e nem demos por isso," conclui.
Não há pezinhos de lã nenhuns. A tradição do Estado Novo ainda é o que era. A mentalidade pidesca nunca morreu.
Muitos poderão achar isto exagero, coisa do passado, mas factos são factos: aos primeiros sinais de borrasca saltam os velhos métodos, mostrando que estavam apenas escondidos atrás da porta, para o caso...
A verdade é que pouco fizemos, nós todos como sociedade democrática, no sentido de operar a mudança profunda e necessária para acabar de vez com a tradição.
É, pois, assim, sem surpresa, que vamos tomando nota destes e de outros factos. Como o caso que, na mesma edição do jornal i e certamente por coincidência, se denuncia de um organismo de Estado que pede aos seus colaboradores com recibos verdes que "assinem um documento em como não têm 'afinidades partidárias' com outros colaboradores e ex-funcionários desses serviços."
A tradição securitária é filha da corrupção e esta mantém-se entranhada no mais fundo do que é ser português. Para ajudar, temos hoje até um casamento perfeito que dá um jeitão aos nubentes: "crise" e corrupção uniram-se em regime de conveniência.
O Estado Novo continua aí, em estado puro.
É preciso fazer muito mais do que foi feito até agora para mudar. É desta mudança que, hoje como ontem, o securitarismo tem medo...
Não há pezinhos de lã nenhuns. A tradição do Estado Novo ainda é o que era. A mentalidade pidesca nunca morreu.
Muitos poderão achar isto exagero, coisa do passado, mas factos são factos: aos primeiros sinais de borrasca saltam os velhos métodos, mostrando que estavam apenas escondidos atrás da porta, para o caso...
A verdade é que pouco fizemos, nós todos como sociedade democrática, no sentido de operar a mudança profunda e necessária para acabar de vez com a tradição.
É, pois, assim, sem surpresa, que vamos tomando nota destes e de outros factos. Como o caso que, na mesma edição do jornal i e certamente por coincidência, se denuncia de um organismo de Estado que pede aos seus colaboradores com recibos verdes que "assinem um documento em como não têm 'afinidades partidárias' com outros colaboradores e ex-funcionários desses serviços."
A tradição securitária é filha da corrupção e esta mantém-se entranhada no mais fundo do que é ser português. Para ajudar, temos hoje até um casamento perfeito que dá um jeitão aos nubentes: "crise" e corrupção uniram-se em regime de conveniência.
O Estado Novo continua aí, em estado puro.
É preciso fazer muito mais do que foi feito até agora para mudar. É desta mudança que, hoje como ontem, o securitarismo tem medo...
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