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sábado, 31 de março de 2012


Em Lisboa

Mais de 30 mil na manifestação das freguesia, juntas pagaram autocarros

31.03.2012 - Por Cláudia Sobral

Os manifestantes descem a Avenida da Liberdade organizados por distritoOs manifestantes descem a Avenida da Liberdade organizados por distrito (Miguel Manso)
 A manifestação contra a fusão de freguesias, neste sábado à tarde, em Lisboa, está a ser um desfile de diversidade, com ranchos folclóricos, associações culturais, recreativas e desportivas de todo o país. A contabilidade de participantes ainda está por fazer. Boa parte dos 600 autocarros que levaram os manifestantes até Lisboa foram pagos pelas próprias freguesias.

O presidente da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), Armando Vieira, disse que houve juntas a pagar a viagem dos manifestantes até à capital, enquanto as restantes conseguiram negociar uma alternativa ao pagamento dos autocarros.

Inicialmente, estava prevista a utilização de 600 autocarros para o protesto, organizado pela Anafre. Mas Armando Vieira informou que foram “bem mais” os que, desde manhã, levaram manifestantes de todo o país até ao Marquês de Pombal, de onde saiu o desfile. E – lembra – há ainda a contabilizar as pessoas que se deslocaram de carro, mais os manifestantes que vivem na capital.

Fazendo as contas apenas aos 600 autocarros, estão a desfilar na Avenida da Liberdade, mais de 30 mil pessoas (cerca de 50 por autocarro). Armando Vieira diz que só fará essas contas no final, embora confesse, ainda no início do protesto, estar “satisfeito” com a participação. “Estão muitas mais pessoas do que as que estávamos à espera.” Só de Braga, por exemplo, terão partido 100 autocarros rumo à capital.

O desfile está a ser feito por distritos – os que saíram primeiro foram os de Viana do Castelo, Beja e Braga. “Não estão todas as freguesias, mas estão muitas e de todos os distritos”, sublinhou Armando Vieira. O resultado é a anunciada “grande afirmação da cultura e da etnografia”, demonstrativa das raízes, da riqueza e da representatividade das freguesias. Apesar de existirem algumas faixas e cartazes – “Não à extinção das freguesias!” –, não há palavras de ordem.

“Isto é uma ajuda para o Governo e para a Assembleia da República, para pensarem melhor a reforma”, acrescentou Armando Vieira. O autarca saudou a maior abertura do primeiro-ministro para discutir a reforma autárquica, ainda que “longe” do que é reivindicado pela Anafre: “É uma atitude de aproximação que registo com agrado. É uma atitude inteligente, embora longe das nossas posições sobre esta matéria.” “A reforma tem de ser feita com os eleitos e com cidadãos – e não contra eles”, sublinhou.

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