Polícia prepara combate a motins
Em tempos de forte conturbação social, a polícia está atenta a todos os focos de instabilidade. E o Comando da PSP de Setúbal quer estar preparado para qualquer situação – até porque, recorda ao CM o comandante, superintendente Bastos Leitão, dos últimos seis motins no País, desde 2009, um foi em Lisboa e cinco na área do Comando de Setúbal. Como tal, agentes das Equipas de Intervenção Rápida e oficiais participaram, desde Janeiro, num curso antimotim.
Foi sob uma vista magnífica para Tróia, a partir de instalações militares abandonadas na serra da Arrábida, que cerca de 150 agentes efectuaram os mais variados treinos de preparação, com a técnica, trabalho de equipa e exigência física a sobressaírem, conforme o nosso jornal testemunhou na quinta-feira.
Em tão pacata paisagem, até à passada sexta-feira houve polícias aos gritos, latas de fumo e arremessos de pneus. Os cenários de violência criados foram os mais variados e, numa altura em que a arbitragem no futebol está debaixo de fogo, a PSP idealizou mesmo a retirada de um árbitro encurralado num estádio, sob ameaça dos adeptos.
"Sentimos a necessidade de profissionalizar cada vez mais os nossos homens, dando-lhes outras valências para fazerem face aos problemas que poderão enfrentar. Daí a importância deste curso, em que são aperfeiçoadas técnicas de reposição da ordem pública", segundo o superintendente da PSP Bastos Leitão.
"VÃO SAIR TODOS DAQUI MAIS PREPARADOS"
"A componente física é essencial e por isso quisemos fazer um curso com dureza. E aqui eles não têm o peso de todo o equipamento em cima. Por isso, tudo isto só os ajuda a estarem aptos fisicamente", disse ao CM o subintendente Gonçalves, comandante da Divisão de Setúbal e um dos formadores do curso. "Sei que todos estes homens e mulheres vão sair daqui mais bem preparados, e isso é bom para eles, para a polícia e para toda a população em geral".
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