A França é o primeiro país do mundo a aplicar uma lei que proíbe a venda de pratos, talheres e copos de plástico.
Desde 2015 que a França leva a cabo o projeto "Transição Energética para o Crescimento Verde". O primeiro passo já foi dado em julho, com a proibição da venda e distribuição de sacos de plástico.
Na semana passada, foi aprovada mais uma medida: é proibido vender copos, pratos e talheres de plástico. No entanto, os utensílios descartáveis não vão deixar de existir. As empresas que fabricam os produtos de plástico estão a ser desafiadas a fazer algumas mudanças.
Com o propósito de atenuar o efeito do aquecimento global, os produtos devem ser 50% constituídos por materiais de origem vegetal e devem ser biodegradáveis.
A nova lei vai ser implementada até 2020, dando tempo aos fabricantes e aos estabelecimentos comerciais para se adaptarem à nova realidade.
No entanto, a Pack2Go Europe, organização de fabricantes de embalagens, já protestou contra a nova medida.
Mike Turner, presidente da instituição, até ameaçou levar o caso a tribunal. "A França está a ir contra a regra de livre circulação de bens da União Europeia e esta ação é totalmente fora de proporção dado o risco ambiental que os utensílios de plásticos descartáveis representam, na realidade", declarou.
As estatísticas apontam que em 2015 os franceses descartaram 4,7 mil milhões de utensílios de plástico e que foram utilizados 17 mil milhões de sacos nos supermercados.
Segundo os dados da Associação de Saúde Ambiental da França, são deitados ao lixo 150 copos de plástico por segundo. Apenas 1% dos produtos são reciclados.
Os números alarmantes levaram a atual ministra da Ecologia, Desenvolvimento Sustentável e Energia, Ségolène Royal, a tomar medidas. O objetivo é reduzir os aterros sanitários para metade em 2025, assim como diminuir a emissão de gases que contribuem para o efeito de estufa em 40% até 2030.
http://www.jn.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário