As autoridades garantem que o homem não tem ligações conhecidas ao terrorismo
Um cidadão de nacionalidade argelina conseguiu furar a segurança no aeroporto de Lisboa e entrar no país, encontrando-se agora em parte incerta. O homem terá conseguido fazer aquilo que os quatro argelinos que foram apanhados em julho no Aeroporto Humberto Delgado não conseguiram: ludibriar a segurança para conseguir entrar de forma ilegal no país. É procurado pelas autoridades.
O caso, avançado pelo Jornal de Notícias, aconteceu na terça-feira, segundo confirmam em comunicado o Ministério da Administração Interna (MAI) e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). O homem vinha da capital, Argel, com destino a Casablanca, em Marrocos, e aproveitou a escala de 11 horas para desaparecer.
"O MAI confirma a saída do Aeroporto de Lisboa de um cidadão estrangeiro que estava em trânsito, provindo da Argélia e com destino a Casablanca. Trata-se de uma situação de tentativa de imigração ilegal, tendo sido acionados os necessários mecanismos para estas situações", é referido no comunicado.
As autoridades garantem, no entanto, que o homem não tem ligações conhecidas ao terrorismo. Ou seja, um caso semelhante aos do quatro que ao tentar escapar do aeroporto acabaram por invadir a pista e que já foram condenados a quatro anos de prisão com pena suspensa.
Segundo o JN, fontes ligadas ao caso acreditam que o homem pode ter tido apoio no próprio aeroporto, bem como em Lisboa, dada a rapidez com que desapareceu.
Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, o Sindicato dos Funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SINSEF) considerou "um pouco precipitada a explicação de que a fuga no aeroporto de Lisboa (mais uma) de um cidadão, e que, entretanto, já havia sido 'barrado'" tenha sido protagonizada por um imigrante ilegal.
"Como se pode afirmar tal, se o individuo em questão ainda não foi capturado e, como tal, interrogado? Mas mesmo que tal aconteça, o caso é seriamente grave. Se é tão fácil a um qualquer cidadão, sem apoio exterior, ludibriar a polícia de fronteira, o que não dizer dos que, eventualmente, tenham outro tipo de intenções e que, como tal, possuam redes de apoio bem montadas", questionou o sindicato no comunicado.
O SINSEF considerou tratar-se, efetivamente, de uma questão de segurança.
"E o que é paradoxal é que, aparentemente, pretende-se tornar o SEF numa simples polícia de imigração, ignorando os 50% dos seus funcionários que asseguram metade da missão confiada ao serviço, essenciais para que as medidas de segurança se afigurem eficazes", é referido.
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