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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Paraquedista

Como quando o Cristiano Ronaldo é candidato a um qualquer prémio internacional, o país sustem a respiração até ao anúncio da vitória. Há como uma partilha, uma redistribuição do mérito e do prestígio conquistado. Na política também. Foi assim quando Diogo Freitas do Amaral foi nomeado Presidente da assembleia geral das Nações Unidas. 
Depois lá percebemos que a nós pouco beneficiou tal cargo. Mal seria. Esta ideia peregrina que os compatriotas em cargos internacionais nos vão favorecer é absurda. 
Quanto muito não nos prejudicariam deliberadamente, mas nem a primeira nem a segunda fazem sentido. Apenas a isenção é desejável. 
O favorecimento de alguns será sempre em prejuízo de outros, logo tudo o que devemos esperar é a equidistância. O percurso do anterior Presidente da comissão europeia deveria ter-nos ensinado qualquer coisa…
A nomeação que se segue é a de secretário-geral das Nações Unidas. Haverá organização internacional mais importante? Certamente que não. E nós, como estamos nesse campeonato? Estamos bem, temos candidato. Não é muito forte em aritmética, mas já venceu 5 das votações preliminares. Tudo corria bem para as nossas cores, mas eis senão quando a organização que procurava ser mais transparente e credível vê o processo de eleição tomado de assalto por uma (já há muito preparada) candidatura: Apoiada pela matriarca alemã, a búlgara Kristalina Georgieva entra na corrida a meio. Deixa a vice-presidência da união europeia e salta destemida para o centro da contenda. Entre nós há algum desconforto contido, entre dentes diz-se que há batota, chamam-lhe até paraquedista…
paraquedista-georgieva
aoleme.com

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