Momentos da História do PCP
ATENÇÃO ! COMO CONSULTAR !
AS PALAVRAS ESCRITAS NO TOM MAIS ACENTUADO LEVARÃO O LEITOR AO TEMA - VERIFICARÁ ISSO QUANDO POUSAR O RATO E ELE TOMAR UMA FORMA DIFERENTE
www.pcp.pt
01 - Fundação do PCP
A fundação do PCP, a 6 Março de 1921, sob o impulso da Revolução de Outubro, está ligada ao desenvolvimento histórico do movimento operário português e realizou-se num clima marcado por grandes lutas de classe, travadas pelos trabalhadores portugueses. Com a fundação do PCP a classe operária portuguesa encontra a sua firme e segura vanguarda. |
Para aprofundar o Tema:
02 - N.º 1 de "O Comunista"
Em fins de 1921, foi publicada a primeira imprensa comunista, em Portugal: o jornal “O Comunista”, órgão central do Partido Comunista Português e “O Jovem Comunista.
|
Próximo Painel: 03 - O I Congresso do PCP
03 - O I Congresso do PCP
Em 10,11 e 12 de Novembro de 1923, realizou-se, em Lisboa, o I Congresso do Partido, no qual foi aprovado o Programa de Acção do Partido Comunista Português. |
Próximo Painel: 04 - O II Congresso do PCP
04 - O II Congresso do PCP
Realizado a 29 de Maio de 1926, o II Congresso coincide com o golpe militar de 28 de Maio e a instauração da ditadura. Começa a repressão aos comunistas e às organizações e militantes democráticos e sindicais. São presos centenas de dirigentes operários. Em 1927 a Sede do PCP é definitivamente encerrada.
|
Para aprofundar o tema:
- O II Congresso do PCP e o advento do fascismo - Domingos Abrantes
- Poente da II República, Alvorada do Fascismo - Costa Feijão
Próximo Painel: 05 - A reorganização de 1929
05 - A reorganização de 1929
De todos os partidos políticos existentes quando da instauração do fascismo, o PCP foi o único que soube resistir e forjar-se na luta. Em 1929, o Partido começa a organizar-se nas condições de clandestinidade que lhe são impostas, assim confirmando ser um partido diferente dos que são todos iguais. A imagem impressa representa o primeiro símbolo do PCP. |
Para Aprofundar o Tema:
07 - A frente sindical
A frente sindical é uma das mais importantes frentes de luta do Partido após a reorganização de 1929. É criada a Comissão Inter-Sindical que, em pouco tempo, adquire uma influência maioritária, representando 25 mil trabalhadores – enquanto a CGT (anarquista) representa 15 mil e a FAO (socialista) representa 5 mil. |
Próximo Painel: 08 - Primeiro número do "Avante!"
08 - Primeiro número do "Avante!"
A 15 de Fevereiro de 1931, na sequência da reorganização de 1929, foi publicado o primeiro número do "Avante!", órgão central do Partido Comunista Português. Assim se inicia uma gloriosa caminhada que fará do "Avante!" um dos exemplos mais notáveis da imprensa operária clandestina de todo o mundo. |
Para aprofundar o tema:
10 - O Partido resiste
A década de trinta, no decorrer da qual se concretiza a fascização do Estado, foi, simultaneamente, um tempo de acentuada repressão contra o Partido. O crescimento do PCP assustava o regime fascista que concentrou nele a sua força repressiva e fez do anticomunismo a sua bandeira ideológica. O Partido sofre fortes golpes. Apesar disso prossegue a sua actividade. É criado um Comité Central, até aí inexistente. Entre 36 e 38, o "Avante!" publica-se semanalmente e chega a atingir tiragens de 10 mil exemplares. |
Próximo Painel: 11 - O 18 de Janeiro de 1934
11 - O 18 de Janeiro de 1934
Em resposta à entrada em vigor do Estatuto do Trabalho Nacional que, inspirado na Carta del Lavoro de Mussolini, decretava a ilegalização dos sindicatos livres, desenvolve-se uma greve de características insurreccionais. Na Marinha Grande a greve, dirigida por militantes comunistas, atinge proporções assinaláveis. A repressão é violenta. Manuel Vieira Tomé, dirigente sindical e militante do Partido, morreu nas mãos da polícia política. A partir dessa luta, o PCP afirma-se definitivamente como o partido da classe operária e o grande dinamizador da luta antifascista. |
Para aprofundar o Tema:
- 70 anos do 18 de Janeiro de 1934, na Marinha Grande
- Video nos 75 anos da Revolta da Marinha Grande, 1934
- Álvaro Cunhal, no Comício de 1975 na Marinha Grande
- Uma jornada heróica contra a exploração fascista
Próximo Painel: 12 - A Revolta dos Marinheiros
12 - A Revolta dos Marinheiros
Na sequência do corte de relações do regime fascista com a República Espanhola e do seu apoio à sublevação fascista de Franco, revoltam-se, em Setembro de 1936, organizados pela ORA (Organização Revolucionária da Armada), os marinheiros dos navios de guerra Dão, Bartolomeu Dias e Afonso de Albuquerque. Dez marinheiros foram mortos, 60 foram condenados a penas que somaram 600 anos de prisão e deportados para o Tarrafal. |
Para aprofundar o Tema:
- no 70.º aniversário da Revolta dos Marinheiros
- Revolta dos Marinheiros - Um marco na luta contra o fascismo
- 1936 – Ano da «Revolta dos Marinheiros»
Próximo Painel: 13 - Tarrafal, o Campo da Morte Lenta
13 - Tarrafal, o Campo da Morte Lenta
Com o avanço do fascismo na Europa e na decorrência do processo de fascização do Estado promovido por Salazar, o regime fascista português cria, em 23 de Abril de 1936, a «Colónia Penal» do Tarrafal. O objectivo é assassinar os democratas mais combativos e aterrorizar todo o povo. Os 340 antifascistas que estiveram presos no Tarrafal somaram aí um total de dois mil anos, onze meses e cinco dias de prisão. 32 deles, entre os quais Bento Gonçalves e Alfredo Caldeira, foram ali assassinados friamente. Tarrafal foi o espelho do regime fascista. |
Para aprofundar o tema:
Próximo Painel: 14 - A clandestinidade
14 - A clandestinidade
A clandestinidade não se destinava a esconder do povo a actividade do PCP, mas sim a defender os militantes da repressão. A par das estruturas de ligação às massas, existiam as estruturas totalmente clandestinas, o aparelho clandestino do Partido, assente num reduzido mas sólido quadro de funcionários inteiramente dedicados à luta revolucionária. O aparelho e a organização clandestina do Partido foram a espinha dorsal e o principal motor da luta antifascista. As casas clandestinas constituíam uma peça importante dessa defesa. A tipografia clandestina era, exteriormente, uma casa como outra qualquer, mas no seu interior os tipógrafos recebiam os textos, imprimiam e entregavam-nos ao aparelho de distribuição. |
Próximo Painel: 15 - A «reorganização de 40-41»
15 - A «reorganização de 40-41»
Em 1940, na sequência da libertação de um grande número de militantes – entre eles Álvaro Cunhal, Militão Ribeiro, Sérgio Vilarigues, Joaquim Pires Jorge, José Gregório, Pedro Soares, Manuel Guedes, Júlio Fogaça – inicia-se a «reorganização de 40-41». Momento fundamental da história do PCP, no qual Álvaro Cunhal teve um papel decisivo, a «reorganização» permitiu que o Partido desse rapidamente grandes passos em frente na sua actividade e influência, transformando-se num grande partido nacional, organizador da luta popular e impulsionador da luta antifascista. |
Para aprofundar o tema:
- A reorganização de 1940/41, Um momento decisivo na história do Partido
- Álvaro Cunhal e a reorganização de 1940-41
- A transformação do PCP num grande partido nacional
- Princípio do fim do regime fascista
Próximo Painel: 16 - 1.º "Avante!" da última série, iniciada em 1941
16 - 1.º "Avante!" da última série, iniciada em 1941
Em 1938, a tipografia do "Avante!" caíra nas mãos da PIDE e a publicação do "Avante!" fora interrompida. A partir de Agosto de 1941, o órgão central do PCP é publicado ininterruptamente até ao 25 de Abril de 1974. |
Próximo Painel: 17 - PCP, vanguarda da classe operária
17 - PCP, vanguarda da classe operária
No período que se segue à «reorganização de 40-41», a classe operária surge em força na cena política nacional e toma a vanguarda da luta. À sua frente, mobilizando, dirigindo, projectando a luta sempre para a frente, sempre para objectivos mais vastos, está o PCP. |
Próximo Painel: 18 - PCP, partido da unidade antifascista
18 - PCP, partido da unidade antifascista
Em Maio de 1942 pode ler-se no "Avante!": «O problema fundamental do momento é a unificação da classe operária em volta do seu partido de classe e o da união de todas as forças antifascistas com a classe operária e com o seu partido». Em Março de 1943, o PCP lança um «Manifesto à Nação», onde apresenta «9 Pontos como programa para a unidade nacional». Em Janeiro de 1944, é publicamente anunciada a criação do Conselho Nacional de Unidade Antifascista – MUNAF – em que colaboram comunistas, socialistas, republicanos, católicos, monárquicos, liberais e outros antifascistas de várias tendências. |
Próximo Painel: 19 - III Congresso (I ilegal)
19 - III Congresso (I ilegal)
Em Novembro de 1943 - num momento em que os exércitos nazis ainda dominavam a Europa e a ditadura salazarista sufocava o País com métodos extremos de privação de liberdade – o PCP realiza o seu III Congresso que marca a grande viragem na história do Partido. A partir daí - apesar das ferozes arremetidas da repressão e dos duros golpes sofridos - o PCP conseguiu garantir a estabilidade e a continuidade do seu trabalho de direcção, o que constituiu uma das fontes dos seus êxitos, da sua capacidade e experiência política, da sua actuação e orientação. Neste Congresso o PCP afirmou o princípio, desde então rigorosamente cumprido, de garantir o máximo respeito pelos métodos democráticos na vida interna do Partido. O III Congresso – I Congresso ilegal – realizou-se de 10 a 13 de Novembro de 1943, na vivenda “Vila Arriaga”, no Estoril. |
Para Aprofundar o Tema:
Próximo Painel: 20 - A luta continua
20 - A luta continua
Em 1941, greves na Covilhã e importantes lutas estudantis; em 1942 rebentam lutas camponesas contra o envio de géneros para a Alemanha, e uma vaga de greves em Lisboa e arredores; em 1943 o movimento grevista atinge grandes proporções. Com o impulso da acção do Partido participam no movimento 50 mil trabalhadores, a quase totalidade dos operários industriais de Lisboa e Margem Sul do Tejo; em 1944, o PCP apela às massas para que desencadeiem greves e manifestações pelo pão e por outros géneros de primeira necessidade. A classe operária responde com grandes lutas na região de Lisboa e Baixo Ribatejo. |
Próximo Painel: 21 - O fim da guerra
21 - O fim da guerra
Em finais de Abril de 1945, o Exército Vermelho desencadeia a sua última grande ofensiva e, em 2 de Maio, entra em Berlim. Em 8 de Maio, centenas de milhares de pessoas, muitas empunhando bandeiras nacionais e dos países aliados, comemoram a vitória inundando as ruas, em Lisboa, margem sul, Porto, por todo o país e exigindo “Eleições livres!”, “Libertação dos presos políticos!”, “Extinção do Tarrafal!”. Impedidos pela repressão de arvorar bandeiras da URSS, muitos manifestantes erguem apenas os paus das bandeiras. |
Para aprofundar o tema:
Próximo Painel: 22 - A luta política
22 - A luta política
"Avante!", Maio de 45, sobre as comemorações da vitória: «Nesta grande jornada patriótica, orientada no fundamental pelo nosso Partido, o povo português entrou abertamente no caminho da luta política. Nestes 19 anos de tirania, o fascismo salazarista tudo fez para roubar ao povo o sentimento nacional. Mas o povo português arrancou aos traidores salazaristas a bandeira e o hino nacional» |
Próximo Painel: 23 - Assassinato de Alfredo Diniz (Alex)
23 - Assassinato de Alfredo Diniz (Alex)
A 4 de Julho de 1945, o dirigente comunista Alfredo Diniz, circulava, na sua bicicleta, pela estrada de Bucelas, a caminho de um encontro. Escondido atrás de uma furgoneta, o bando de assassinos da PIDE, chefiado por José Gonçalves, esperava-o. Um dos criminosos saltou de surpresa e com um empurrão fê-lo cair na berma da estrada. Os outros cercaram-no. Um tiro matou-o. ALGUNS DADOS BIOGRÁFICOS DO CAMARADA ALFREDO DINIS – "ALEX" Operário metalúrgico. Em 1936, com 19 anos aderiu às Juventudes Comunistas. Ainda nesse ano tornou-se membro do Socorro Vermelho. Em 1938 (Agosto) foi preso tendo sido condenado a 19 meses de prisão. Foi responsável (1941) pela Célula da Parry & Son e pelo Comité Local de Almada do Partido. Em 1942 sendo responsável pela organização local, foi um dos impulsionadores das greves que tiveram lugar na região de Lisboa. Em 1943 é membro do Comité Regional de Lisboa, tendo sido um dos impulsionadores das grandes greves desse ano. Nesse mesmo ano, no III Congresso, é eleito para o Comité Central. Em 1944 foi igualmente um grande impulsionador das Grandes Greves de 8 e 9 de Maio, tendo feito parte do Comité Organizador das greves. Em 1945 pouco antes de ser assassinado, foi eleito para a Comissão Política. |
Para aprofundar o tema:
- Há 60 anos a PIDE assassinou Alfredo Dinis (Alex)
- Sobre o 60.º Aniversário do Assassinato de Alfredo Dinis, «Alex»
- Painel Evocativo dos 60 anos do Assassinato de Alfredo Dinis
Próximo Painel: 24 - O Movimento de Unidade Democrática
24 - O Movimento de Unidade Democrática
Nas novas condições criadas pela derrota do nazi-fascismo – e apesar do imediato apoio público e explícito dos EUA e da Grã-Bretanha ao regime salazarista – o fascismo é obrigado a recuar. Os trabalhadores, os estudantes, os democratas saem à rua exigindo eleições livres nos sindicatos, a reabertura das associações de estudantes, a democratização. É criado o MUD – Movimento de Unidade Democrática – primeiro movimento legal de oposição democrática à ditadura fascista, cuja acção constituiu um poderoso cimento de unidade das forças democráticas. |
Para aprofundar o tema:
Próximo Painel: 25 - O MUD Juvenil
25 - O MUD Juvenil
Em 1946, fruto de uma ampla movimentação democrática da juventude, foi criado o MUD Juvenil – Movimento de Unidade Democrática Juvenil – que, ao fim de poucos meses de actividade, tem 20 mil aderentes e, até 1957, une e mobiliza, a nível nacional, os sectores mais combativos da juventude portuguesa nos quais os jovens comunistas assumiram um papel de vanguarda. |
Para Aprofundar o Tema:
Próximo Painel: 26 - IV Congresso do PCP
26 - IV Congresso do PCP
Realiza-se em Julho de 1946 – num momento de grande ascenso das lutas da classe operária e de grandes progressos no desenvolvimento das organizações e lutas unitárias e constitui um momento marcante da história do PCP. Define as linhas fundamentais da via para o derrubamento do fascismo. Aponta o levantamento contra a ditadura fascista como o caminho a seguir. Reafirma a política do Partido para a unidade nacional antifascista. O IV Congresso define os princípios orgânicos do centralismo democrático que orientam a organização do Partido e estão na base dos seus Estatutos. |
Para aprofundar o tema:
Próximo Painel: 27 - Eleições sindicais
27 - Eleições sindicais
Forçado pela pressão das massas trabalhadoras, o governo fascista é obrigado a permitir eleições para as direcções dos sindicatos. Sob a palavra de ordem «colocar nos sindicatos direcções da confiança dos trabalhadores», o PCP apela à participação dos trabalhadores nessas eleições. As listas unitárias antifascistas vencem em dezenas de sindicatos. |
Próximo Painel: 28 - Bento de Jesus Caraça
28 - Bento de Jesus Caraça
Foi uma figura maior da cultura e da ciência, economista e matemático ilustre, criador do notável projecto cultural que foi a Biblioteca Cosmos, fundador e dirigente da Universidade Popular, militante comunista, exemplo ímpar de dedicação à causa da liberdade e da dignidade humanas durante toda a sua vida. O seu funeral, em 1 de Julho de 1948, constituiu uma impressionante manifestação antifascista. Bento de Jesus Caraça é apenas um dos muitos intelectuais que aderiram e contribuíram para a luta do PCP. O Partido esteve sempre com os intelectuais reconhecendo o seu papel destacado no desenvolvimento das artes, da ciência e do país. |
Para aprofundar o tema:
- Bento de Jesus Caraça, como militante político
- Bento de Jesus Caraça, o matemático e lutador
- Bento de Jesus Caraça, um intelectual militante
- Bento Jesus Caraça - Notas Biográficas
- Bento de Jesus Caraça - O testemunho de Dias Lourenço
- Bento Jesus Caraça - Testemunho de Alvaro Cunhal
- Excerto da obra "A Cultura Integral do Indivíduo"
- Edição em PDF da versão integral de "A Cultura Integral do Indivíduo"
Próximo Painel: 29 - As «eleições» de 1949
29 - As «eleições» de 1949
Pretendendo dar um aspecto democrático ao seu regime de terror, o fascismo organizou a farsa eleitoral de 1949. A Oposição, unida em torno da candidatura do general Norton de Matos, aproveitou para desenvolver a luta antifascista e, ao mesmo tempo, desmascarar a manobra salazarista. Reivindicando, como condições para ir às urnas, liberdade de propaganda, recenseamento honesto e fiscalização do voto, centenas de milhares de portugueses, protagonizaram uma grande luta política nacional. O PCP desempenhou um papel de primeiro plano em toda a campanha eleitoral de Norton de Matos. Foi o inspirador da unidade e o seu mais consequente defensor. Foi o motor da mobilização popular. |
Sem comentários:
Enviar um comentário