AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

sexta-feira, 28 de março de 2014

O que fazer com os judeus de Israel? Tradicionalistas treinando o seu tubarão de estimação com um boneco trajado de rabino. Reparei que uma das questões mais levantadas por todos aqueles que defendem o sionismo é relativa ao destino a dar aos judeus instalados no Estado de Israel. Ao ser confrontado com tal pergunta, já sei que estou diante de alguém mal intencionado ou que não sabe o que é sionismo pois confunde um instrumento, o Estado de Israel, com o fim, que é a formação de um governo global com capital em Jerusalém, que por sua vez também será uma capital religiosa ecuménica.

O que fazer com os judeus de Israel?



Tradicionalistas treinando o seu tubarão de estimação com um boneco trajado de rabino.



Reparei que uma das questões mais levantadas por todos aqueles que defendem o sionismo é relativa ao destino a dar aos judeus instalados no Estado de Israel. Ao ser confrontado com tal pergunta, já sei que estou diante de alguém mal intencionado ou que não sabe o que é sionismo pois confunde um instrumento, o Estado de Israel, com o fim, que é a formação de um governo global com capital em Jerusalém, que por sua vez também será uma capital religiosa ecuménica.

Para os sionistas, o Estado de Israel é sacrificável em nome do projecto final, como foram e são todos os estados por eles dominados, portanto, não é essa a questão a ser primariamente debatida quando falamos de sionismo. Ainda assim, sinto que é chegado o momento de falar claramente a respeito da questão israelita. Em primeiro lugar, sou contra o reconhecimento formal do Estado de Israel, pelo menos enquanto a questão palestina não for resolvida e o Estado de Israel desvinculado do sionismo. Porém, o dano já foi feito e aqui não há nada a fazer a não ser lidar com o facto.

Devemos ser imparciais em relação aos problemas criados e enfrentados pelo Estado de Israel, cujos serviços de inteligência desde sempre manipularam as facções palestinas de modo a manterem a coesão dos judeus para lá deslocados e justificarem o estado policial israelita, que exerce um controlo vigoroso, mas discreto, sobre a população. Nada como o terrorismo para justificar os abusos contra os indivíduos, e nisso Israel está longe de ser um caso especial.

A melhor atitude é tomar a protecção dos cristãos de todo o Médio Oriente e a formação de qualquer império agressivo como os nossos únicos objectivos, deixando todas as outras considerações de lado,  fazendo a guerra a quem fizer a guerra aos cristãos e deixando os todos os outros sujeitos em paz. Como cristãos, podemos e devemos oferecer protecção a quem nos pedir, o que pode incluir os judeus de Israel no caso do Estado Israelita ser destruído numa guerra contra estados vizinhos, e pouco mais.

Porém, não podemos esquecer que toda essa discussão é hipotética pois se baseia no pressuposto de que os povos cristãos do Ocidente estão no comando das suas nações, o que está longe de ser verdadeiro. Se fosse o caso, tendo em conta o papel desempenhado por Israel e pelos seus aliados por debaixo do pano, os principados do Golfo, a Arábia Saudita e a Turquia (que muito barulho fazem em torno da questão palestina, instrumentalizada por Israel como já afirmado, justificando assim, tendo em conta o poderio militar da Arábia Saudita e da Turquia, o investimento israelita nas forças armadas, enquanto nas questões que contam estão sempre ao lado de Israel), na Primavera Árabe e na ingerência na Síria, estaríamos teríamos um casus belli contra Israel.

Mas, tal e qual em relação ao caso USS Liberty, estamos diante de algo que mais um vez expõe a seguinte realidade: os senhores que controlam a política israelita são os mesmos que controlam a política dos estados ocidentais, e essas políticas nada têm ver com o interesse dos povos ou da civilização ocidental, não passando de políticas que servem apenas aos interesses de umas poucas famílias poderosas que desde há mais de um século estão por detrás de quase todas as guerras, apensar de ainda não terem produzido um herói, ou melhor, nem sequer um soldado ou ferido em combate. 

Num hipotético conflicto entre uma nação do Ocidente - ou de nações do Ocidente - contra Israel, que é a situação mais extrema que podemos imaginar, e creio que diante de uma ameaça desse tipo a população israelita se revoltaria contra o domínio sionista de Israel, ficaria a questão: e o que fazer com os judeus depois do conflicto? É fácil responder: o mesmo que faríamos com os muçulmanos e cristãos que vivem ali: submetê-los a um governo cristão, que administre a região até que os povos locais dêem garantias de que podem se auto-governar. 

Considerando uma outra hipótese, que á a da resolução da questão palestina num quadro de manutenção do Estado de Israel, isso será possível caso o Estado de Israel seja desvinculado do sionismo pois ao sionismo interessa que a tal questão não tenha solução.  Nesse caso, admitindo a realidade presente de ódio entre judeus e não judeus e a inviabilidade de um Estado de Israel sem fronteiras minimamente defensáveis, que impeçam que a sua população civil viva sob medo constante de bombardeamentos, o que é o quadro actual, será preciso transferir os palestinos cristãos e muçulmanos para outras nações, dando-lhes casas e indemnizando-os pelas perdas materiais, de modo que possam reconstruir as suas vidas ao invés de continuarem a viver no limbo em que estão há algumas gerações para justificarem políticas que beneficiam uns senhores que vivem muito bem em Londres, Paris e Nova Iorque.

O resto é conversa de bar e serve para dar vazão aos mesmos intintos primários excitados pelo futebol.

libertoprometheo.blogspot.pt

2 comentários:

José Gonçalves Cravinho disse...

Eu,filho de pobres trabalhadores do campo e um simples operário emigrante na Holanda onde resido desde 1964 e já velhote,quase 90 anos,digo simplesmente que concordo com Karl Marx que era descendente de judeus,e que afirmou que a Religião é o ópio do Povo e seguindo esta lógica de ateu,direi que a criação do Estado de Israel dominado pelo Sionismo,roubando o território aos palestinos,foi um dos maiores fiascos do século XX.Pois se não fôra a maldita Religião a Palestina poderia ser uma Rèpública como por exemplo,a Suíça com dois Cantões,um israelita e outro árabe e sem Exército mas simplesmente Polícia e fazer de Jerusalém uma Cidade Internacional e Sede da ONU.Mas com a condição de que os Dirigentes religiosos não deveriam intrometer-se na Política e limitar-se às suas Sinagogas,Mesquitas e Igrejas.Eu sei que esta ideia é impraticável,dado que o Sionismo é não só uma religião como também obedece a um princípio racista,pois considera que o Povo Judeu é um Povo Eleito de Deus e que a Palestina é a Terra Prometida pelo Deus judaico Javé que é afinal o Padre Eterno dos bíblico-judaico-cristãos.E o perigo maior está em que Israel tem bombas atómicas que os fanáticos religiosos num acto de desespêro,podem destruir a humanidade.

Garrochinho disse...

obrigado pelo seu comentário José ! concordo no pleno com o seu raciocínio ! um abraço