Uma palhaçada em Belém
Em entrevista ao Jornal de Negócios, Miguel Sousa Tavares chamou “palhaço” a Cavaco Silva, o que levou o Presidente da República a pedir à Procuradora-Geral da República (PGR) uma avaliação sobre as declarações com incidência sobre um eventual atropelo do artigo do Código Penal que pune qualquer tipo de “ofensa à honra” do chefe de Estado. A PGR vai assim verificar se as declarações de Miguel Sousa Tavares constituem um atropelo àquele artigo. E de acordo com o Código Penal, “quem injuriar ou difamar o Presidente da República (…) é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa”.
Não que eu seja um admirador do Sousa Tavares, mas a realidade é que, neste caso, quem diz a verdade não merece castigo. Parece-me por isso que todos nós, e peço desde já desculpa aos verdadeiros Palhaços que não merecem de forma nenhuma ser associados a tal personagem, por todos os meios que possamos chamemos palhaço ao Sr. Silva. Por voz, escrita ou imagem vamos todos incorrer no tal crime e esperar que o dito palhaço nos acuse de o injuriarmos e difamarmos. Ele que processe o país todo que isso não vai fazer com que deixe de ser aquilo que é.
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