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terça-feira, 21 de maio de 2013

Nau Portugal. Construída nos estaleiros de Mestre Manuel Maria Bolais Mónica, na Gafanha da Nazaré, para fazer parte da Exposição do Mundo Português de 1940











VÍDEO



Nau Portugal. Construída nos estaleiros de Mestre Manuel Maria Bolais Mónica, na Gafanha da Nazaré, para fazer parte da Exposição do Mundo Português de 1940 

A ideia da Nau "Portugal" partiu do dramaturgo, cenógrafo e jornalista Leitão de Barros, que foi o Secretário-Geral da Exposição do Mundo Colonial Português. 


Construída nos estaleiros de Mestre Manuel Maria Bolais Mónica, na Gafanha da Nazaré, para figurar, em 1940, na Exposição do Mundo Português. Terceiro centenário da Restauração e oitavo da Independência de Portugal. Foi lançada à água, depois de pronta, a 7 de Junho de 1940.

Milhares de pessoas assistiram ao "bota-a-baixo" quase com a certeza que iria virar, como infelizmente sucedeu, perante a tristeza daquela enorme multidão, que não escondia as lágrimas que corriam pelo rosto.

Iria tombar tal como Mestre Manuel Maria pensara. Sempre pusera em dúvida que ao entrar na água se pudesse estabilizar. Dizia ele desde o princípio que o projecto -- elaborado por um oficial da Armada com base num estudo profundo em desenhos antigos -- não lhe oferecia a garantia necessária para a sua navegabilidade.

E tanta certeza tinha no que dizia que impediu que o Bispo de Aveiro, D. João Evangelista de Lima Vidal, que a benzeu e visitou interiormente, se mantivesse na Nau durante a sua descida pela carreira da água.

Chegou a estar presente na referida Exposição do Mundo Português; mas, para lá chegar, houve que utilizar métodos pouco próprios para a sua navegação.

Teve um fim diferente daquele para que fora concebida, pois acabou os dias como simples barcaça.

Bela e ricamente decorada, destinava-se a servir para exposição dos nossos melhores produtos, viajando pelos diversos países, em especial o Brasil. 

Chegou a estar presente na referida Exposição do Mundo Português de 1940. Mas, para lá chegar, tiveram que ser utilizados métodos pouco próprios e ortodoxos para a sua navegação.

Teve um fim diferente daquele para que fora concebida, - exposição dos nossos melhores produtos, viajando pelos diversos países, em especial para o Brasil - pois acabou os dias como simples barcaça de seu nome: "Nazaré". Depois de vendida à Companhia Colonial de Navegação que a converteu em 1942 no batelão costeiro "Nazaré" para transportes ao longo da costa continental e aparentemente a reconstrução foi da responsabilidade do construtor naval Manuel Maria Bolais Mónica, da Gafanha da Nazaré.

Passados cerca de 10 anos, em 1952, foi novamente vendido e desmantelado em Xabregas.



nota:


Leitão de Barros foi tambem responsável pela organização da ''Feira Popular'' de Lisboa (1943). Foi director da Sociedade Nacional de Belas-Artes e foi o principal animador da construção dos estúdios da Tobis Portuguesa, concluídos em 1933. Já agora de referir que Leitão de Barros realizou o filme " A Severa " (1931), o primeiro filme sonoro português entre outros.

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