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quarta-feira, 29 de maio de 2013



Relvas recebeu 14 mil euros de reforma


O ministro Adjunto já está reformado. Miguel Relvas, de 51 anos, optou por suspender a sua pensão quando aceitou integrar o Governo liderado por Passos Coelho, dando cumprimento à lei que impede a acumulação de salários com pensões aos titulares de cargos políticos.
A subvenção vitalícia de Relvas é de 2800 euros por mês. No ano passado, a Caixa Geral de Aposentações pagou mais de 14 mil euros ao ministro Adjunto a título de pensão vitalícia, um pagamento que foi suspenso quando tomou posse no actual Governo.
Miguel Relvas junta-se assim a Dias Loureiro, Armando Vara, António Vitorino e Zita Seabra no grupo de políticos que pediram a pensão vitalícia, uma regalia que terminou em Outubro de 2005.
Entretanto, o procurador-geral da República disse ontem que, caso haja ilícitos criminais ou documentos falsos no processo de licenciatura do ministro Adjunto, o Ministério Público terá de actuar. "Se houver ilícitos criminais, se houver documentos falsos, teremos de actuar. O resto, sobre a qualidade do ensino, é da responsabilidade do ministro da Educação" disse Pinto Monteiro, que confirmou que neste momento estão a ser analisados os documentos revelados pela Lusófona, e que a comunicação social tem divulgado, sobre o processo de licenciatura de Miguel Relvas em Ciência Política e Relações Internacionais.
Já o Ministério da Educação adiantou ontem que "em breve" será realizada uma auditoria à Universidade Lusófona, pela Inspecção-Geral da Educação (IGE). Em 2009, a Lusófona já tinha sido alvo de auditoria, no âmbito do plano de fiscalização da IGE.


GRUPO FINERTEC AINDA PAGOU 62 MIL EUROS DE SALÁRIO
Miguel Relvas foi administrador de várias empresas do grupo Finertec, presidido por José Braz da Silva. Ainda em 2011, Relvas era vogal na Finertec - Serviços C. P. F. SA, cargo que assumiu em 2008. Era também administrador da Finertec Ambiente SGPS e da Finertec Infraestruturas SGPS. Por todos estes cargos, recebeu um total de cerca de 62 mil euros.
O ministro suspendeu todos os seus cargos no grupo antes de tomar posse.
PASSOS QUER MAIS EXIGÊNCIA NOS CURSOS
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, recusou ontem comentar o caso da licenciatura de Miguel Relvas, mas disse concordar com a necessidade de alterações para "aumentar a exigência" na atribuição de créditos e equivalências nos cursos universitários. Segundo as palavras de Passos Coelho, "o ministro da Educação já disse que o Governo está a preparar alterações nesses regulamentos e nesses critérios de modo a poder aumentar a exigência".

CM


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