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terça-feira, 14 de maio de 2013


HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

 Dívida às Águas de Portugal 
aumentou 27% 

A dívida dos municípios à ‘holding’ estatal Águas de Portugal ultrapassou os 555 milhões de euros no final do ano passado, mais 27% do que em 2011. 

O aumento em quase 55% dos acordos de pagamento com os municípios não foi suficiente para travar o aumento das dívidas dos clientes da AdP, cujo impacto na tesouraria das empresas do grupo resultou num acréscimo do endividamento bancário de curto prazo. As contas anuais hoje aprovadas em assembleia de acionistas revelam que, em 2012, se registou igualmente um agravamento dos défices tarifários dos sistemas de abastecimento de água e saneamento que aumentaram para 508 milhões de euros. 
Mesmo assim, os resultados líquidos da AdP melhoraram 4,2% face a 2011, passando de 89,6 para 93,8 milhões de euros. “Esta subida decorre, sobretudo, da melhoria do resultado operacional em cerca de 8,2 milhões de euros, deduzido o efeito dos desvios tarifários, e da melhoria dos resultados financeiros, em 14,3 milhões de euros”, explica a AdP. O volume de negócios baixou 5%, para 791,4 milhões de euros (834,2 milhões em 2011), por efeito da redução do montante dos desvios tarifários, resultante da menor afetação de ganhos de produtividade nos resultados consolidados de 2012, e da redução do indexante de remuneração acionista de 10,24% para 7,46%. 


Deduzido o efeito dos desvios tarifários (65,2 milhões de euros face aos 112,3 milhões de euros registados em 2011), o volume de negócios aumentou 4,2 milhões de euros, contribuindo, tal como a diminuição de gastos com o pessoal, para um crescimento de 3,4% no EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortizações), que atingiu os 35,2 milhões de euros. O endividamento total do grupo fixou-se nos 3,09 mil milhões de euros (mais 3,97% do que no ano anterior), enquanto o investimento totalizou 229 milhões de euros, o que significa um decréscimo de 53% face a 2011. 


 O “programa de contenção do investimento” já tinha sido iniciado em 2011, atendendo às limitações ao endividamento impostas às empresas do setor empresarial do Estado e ao aumento do prazo médio de recebimento dos créditos municipais, e envolve a recalendarização dos investimentos contratuais e a execução apenas dos investimentos considerados “indispensáveis à manutenção da qualidade dos serviços”. A AdP iniciou, no ano passado, um processo de reestruturação que visa a agregação de sistemas, promoção do equilíbrio tarifário e gestão verticalizada dos sistemas municipais. 

O grupo, que opera nas áreas de abastecimento de água, saneamento de esgotos e tratamento de resíduos, é constituído por 41 empresas.

* A dívida dos municípios é terrível mas parte deve ser levada em conta como custo social.
O Grupo Águas de Portugal é outra jóia da coroa que este governo quer entregar aos privados.



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