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sábado, 18 de maio de 2013


Siderurgia Nacional pode despedir 750 trabalhadores

Siderurgia Nacional pode despedir 750 trabalhadores
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Reuters

A Siderurgia Nacional, o maior consumidor de energia elétrica em Portugal, admite deslocalizar a sua produção para Espanha e despedir os 750 trabalhadores devido à elevada fatura paga pela empresa nas unidades do Seixal e da Maia.

Álvaro Alvarez, administrador do grupo de capitais espanhóis, garantiu ao Diário Económico que “se não forem obtidos custos de energia elétrica em Portugal similares aos dos nossos concorrentes, a empresa irá sair de Portugal, onde detém duas unidades fabris que empregam cerca de 750 pessoas: 440 no Seixal e 330 na Maia”.

O gestor garante que “não está equacionado” o futuro dos 750 trabalhadores integraram as empresas em Espanha.

Segundo Álvaro Alvarez, “em 2012, os custos só com a componente elétrica ascenderam a cerca de 60 milhões de euros. Mas o valor atinge perto dos 80 milhões de euros se incluirmos outras energias como o gás natural. As previsões de 2013, se for viável mantermos a produção até final do ano, estão em linha com os valores de 2012”.

“No ano passado o volume de produção ascendeu a dois milhões de toneladas, enquanto o volume de vendas atingiu cerca de mil milhões de euros”, afirmou.

Em relação às previsões para este ano, Álvaro Alvarez afirma que “dependem da resolução do custo de eletricidade”.

“O volume de vendas depende da nossa capacidade competitiva na exportação. Não é possível fazer uma previsão pois esta competitividade está condicionada ao que vier a ser estabelecido em termos dos custos elétricos”, esclareceu o administrador.

“Em 2013, o volume de exportação ascendeu a 750 milhões de euros, o que representa 80 por cento da produção, tendo como principais mercados o norte de África (Argélia e Marrocos), Europa Ocidental e África Ocidental”, acrescentou Álvaro Alvarez.

O grupo Siderurgia Nacional, agora de capitais espanhóis, tem duas unidades fabris em Portugal, uma na Maia e outra no Seixal e é responsável por 750 postos de trabalho diretos e por cerca de dois mil indiretos. A unidade do Seixal foi, em 2012, a nona exportadora do país. Em Espanha, onde a energia elétrica é mais barata entre 35 a 50 por cento, o grupo detém uma fábrica na Galiza.

O grupo, que integra o projeto Atlansider (Siderurgia do Atlântico), é um dos principais grupos ibéricos, responsável por cerca de 30 por cento desse mercado nos aços para construção. 

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