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Políticos aconselhados a controlar 'gritos de alma' nas redes sociais
São frequentes as notícias sobre comentários de personalidades do foro político nas redes sociais, designadamente no Twitter e Facebook. Os politólogos consultados pelo Diário de Notícias (DN) aconselham mais calma e ponderação antes de se escrever um ‘post’, mas o deputado socialista José Lello, que recentemente considerou que o primeiro-ministro devia sair do Governo “morto ou vivo”, promete que vai continuar a dizer o que lhe “vai na alma”.
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POLÍTICA
“Cavaco quer cumprir o tratado orçamental mas queixa-se da austeridade generalizada em toda a Europa. É oficial: endoidou”, escreveu o socialista João Galamba, no Twitter, no dia 25 Abril, acrescentando horas depois, “discurso miserável de um Presidente. Que vergonha”. A juntar a este exemplo, o também socialista José Lello twittou, a 21 de Maio, “Pai de Passos diz que ‘filho está morto por se ver livre disto’. Os portugueses estão desesperados por se verem livres dele. Morto ou vivo”. Alguns dias antes, a 19 de Maio quando o FC Porto se sagrou tricampeão nacional, o social-democrata Carlos Abreu Amorim não conteve a emoção e escreveu: “Magrebinos: curvem-se perante a Glória do Grande Dragão”.
Porém, esta linguagem “instantânea” é desaconselhada pelos politólogos a quem desempenha cargos políticos, até porque em alguns casos “a imagem dos partidos sai prejudicada”, considera António Costa Pinto em relação, por exemplo, ao que twittou Carlos Abreu Amorim, acrescentando que a linguagem utilizada “não é compatível” com a dimensão das democracias europeias.
Já Adelino Maltez não se espanta com este fenómeno, que entende serem “gritos de alma”. Particularizando os casos anteriormente referidos, o politólogo e professor universitário comenta que Abreu Amorim segue a “linha iniciada no blogue Mata-Mouros”. O mesmo sucede com José Lello, da parte de quem são habituais “este tipo de bocas”. Além disso, salienta ao DN Adelino Maltez, ambos “são criativos em termos vocabulares, faz parte da sua natureza”.
Na opinião de André Freire, os actores políticos devem primeiro “pensar” e depois escrever no Facebook ou Twitter, até porque não raras vezes são obrigados “a pedir desculpa” ou a “desdizer” o que postaram, devido aos “efeitos indesejáveis” que provocaram.
Ainda assim, o deputado socialista José Lello diz não estar “em liberdade condicional” ou “no tempo da PIDE”, garantido por isso que vai continuar a dizer o que lhe “vai na alma (…) com direito ao humor” e até “a algum cinismo”.
Porém, esta linguagem “instantânea” é desaconselhada pelos politólogos a quem desempenha cargos políticos, até porque em alguns casos “a imagem dos partidos sai prejudicada”, considera António Costa Pinto em relação, por exemplo, ao que twittou Carlos Abreu Amorim, acrescentando que a linguagem utilizada “não é compatível” com a dimensão das democracias europeias.
Já Adelino Maltez não se espanta com este fenómeno, que entende serem “gritos de alma”. Particularizando os casos anteriormente referidos, o politólogo e professor universitário comenta que Abreu Amorim segue a “linha iniciada no blogue Mata-Mouros”. O mesmo sucede com José Lello, da parte de quem são habituais “este tipo de bocas”. Além disso, salienta ao DN Adelino Maltez, ambos “são criativos em termos vocabulares, faz parte da sua natureza”.
Na opinião de André Freire, os actores políticos devem primeiro “pensar” e depois escrever no Facebook ou Twitter, até porque não raras vezes são obrigados “a pedir desculpa” ou a “desdizer” o que postaram, devido aos “efeitos indesejáveis” que provocaram.
Ainda assim, o deputado socialista José Lello diz não estar “em liberdade condicional” ou “no tempo da PIDE”, garantido por isso que vai continuar a dizer o que lhe “vai na alma (…) com direito ao humor” e até “a algum cinismo”.
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