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sexta-feira, 24 de maio de 2013


Homem morto por polícia sueca era imigrante português


O imigrante que esteve na origem dos distúrbios na periferia de Estocolmo, na Suécia, e que foi morto pela polícia é um português de 68 anos, chamado Lenine Relvas Martins. Vivia naquele país há mais de 30 anos e era casado com uma finlandesa.
 
foto JONATHAN NACKSTRAND/AFP PHOTO
Homem morto por polícia sueca era imigrante português
Tumultos em Husby
 
Os agentes da polícia alegaram que haviam sido chamados por populares para conter uma discussão familiar num bloco de apartamentos em Husby, uma localidade próxima de Estocolmo. Segundo afirmam, ao chegarem ao local foram ameaçados com um machado empunhado pelo português e dispararam em defesa própria.
Contudo, segundo declarações de um cunhado de Lenine Martins, Risto Kajanto, o português teria ido jantar com a mulher a um restaurante e, à saída, o casal teria sido importunado por um grupo de jovens. Já em casa, Lenine Martins ouviu a campainha de casa a tocar e, julgando tratar-se novamente dos jovens, pegou numa faca e veio à varanda.
Os polícias foram alvo de críticas por parte dos vizinhos, que afirmaram aos meios de comunicação social locais terem sofrido insultos racistas por parte dos agentes.
Os agentes foram sujeitos à abertura de uma investigação interna da polícia de Estocolmo.
Entretanto, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, disse à agência Lusa que a polícia sueca ainda não confirnou se o imigrante morto é o português Lenine Relvas Martins.
"Tudo leva a crer, pelo que apurámos e pelo que circula por lá, nomeadamente pelos jornais suecos, que seja efetivamente este senhor, Lenine Relvas Martins, que já está na Suécia desde 1975, que imigrou como torneiro mecânico - não temos a certeza o que fazia neste momento -, e que terá sido morto. Era casado com uma senhora sueca, mas nascida na Finlândia", precisou o secretário de Estado.
No entanto, e de acordo com José Cesário, as autoridades policiais suecas ainda não confirmaram o incidente.
"Contactámos com Helsínquia e Estocolmo, a embaixada em Estocolmo está a acompanhar a situação, já tem falado com a polícia, só que a polícia diz que apenas a partir de segunda-feira poderão falar sobre o caso. E não confirmam", revelou.
Distúrbios acalmam
A polícia deteve, esta sexta-feira, 13 pessoas que provocaram distúrbios, pela quinta noite consecutiva, na periferia de Estocolmo , com o ateamento de fogo em carros e lojas e por confrontos com os agentes.
Segundo a agência de notícias espanhola Efe, os incidentes foram de menor gravidade do que nos dos dias anteriores e, pelas 4 horas da madrugada desta sexta-feira, a situação estava calma nos bairros do sul e do oeste de Estocolmo , onde ocorreram os distúrbios.
Em Älvsjö, oito pessoas foram detidas por vandalismo, ao tentarem incendiar uma esquadra de polícia.
O caso também teve contornos graves em cidades como Tensta, Kista, Rinkeby e Jordbro, igualmente localizadas nos subúrbios de Estocolmo .
Em Husby, local de origem dos primeiros incidentes de há cinco dias, a situação foi mais controlada.
Os locais afetados têm em comum a elevada concentração de população imigrante, com vários problemas sociais, que se agravaram com a política de austeridade implementada há sete anos pelo Governo sueco, chefiado pelo conservador Fredrik Reinfeldt.

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